Tipos de grupos palinomorfos e grupos micropaleontológicos

 

Acritarcas

O termo acritarca foi introduzido por Evitt (1963) para reunir os palinomorfos que não fossem esporomorfos e sem afinidade biológica conhecida. Por isso o sistema de classificação usado para eles é tido como artificial, baseado apenas em suas características morfológicas. Distribuem-se desde o proterozóico médio, com maior expressão no Paleozóico, especialmente do Ordoviciano ao Devoniano. Em termos paleoambientais, são predominantemente marinhos, comuns em folhelhos e argilitos. Aumentam em quantidade em  mares profundos, distante da linha de costa. Em ambientes

transicionais ocorrem com baixa abundância.

dinoflagelados

 

Dinoflagelados são organismos unicelulares aquáticos. Constituem a classe Dinophyceae, dentro da divisão Pyrrophyta (algas). Quando se proliferam nas águas, causam o fenômeno das marés vermelhas. Constituem o segundo maior elemento na cadeia alimentar marinha, atrás apenas das diatomáceas (crisófitas).

Possuem distribuição notável desde o Triássico, sendo associados ao ambiente marinho. Somente a partir do Mioceno, é que aparecem formas de águas doces.

Quitinozoários

Constituem um grupo extinto de microfósseis cujos corpos possuem paredes orgânicas, pseudoquitinosas ou quitinosas, altamente resistentes à oxidação e às alterações físicas. Em função da progressiva alteração termal, as “testas” ou carapaças dos quitinozoários mudam de translúcidas para âmbar, marrom e pretas (opacas).

Possuem distribuição estratigráfica restrita ao Paleozóico, com uma ótima distribuição no Ordoviciano ao Devoniano. A grande maioria dos trabalhos deste grupo refere-se apenas a este intervalo de tempo.

Sendo exclusivamente marinhos, são bons elementos para reconstruções paleoambientais e paleogeográficas.

Foraminíferos

Os foraminíferos são organismos unicelulares que vivem no fundo do mar ou como parte do plâncton marinho, ou ainda em água doce ou salobra. O protoplasma da célula dos foraminíferos é em grande parte envolvida por uma carapaça ou testa composta de matéria orgânica secretada (tectina), minerais secretados (calcita, aragonita ou sílica) ou de partículas aglutinadas (grãos de areia, mica). Desse modo, testas de foraminíferos podem se fossilizar­, frequentemente, com preservação da composição e estruturas originais. A testa pode ser constituída de uma única câmara (unilocular) ou várias (plurilocular) interconectadas por um forâme (abertura).

Radiolárias

As radiolárias são protistas que apresentam como principal característica o corpo dividido em duas partes, isto é, entre endoplasma e ectoplasma estende uma membrana perfurada através do qual comunica o endoplasma com o ectoplasma. O protoplasma não possui núcleo, sendo este contido na cápsula central. São marinhos e pelágicos. Medem poucos décimos de milímetro, mas alguns chegam a 5 milímetros

Diatomáceas

algas unicelulares crisófitas, é o maior elemento da cadeia alimentar do fitoplâncton marinho  que se caracterizam por uma membrana formada por duas valvas de sílica. As membranas silicosas são muito resistentes e duráveis e chegam a formar no oceano grandes bancos de sedimentos. A Farinha de Trípoli é composta principalmente de diatomáceas mortas

silicoflagelados

crustáceos ostracodes

     Ostracodes (palavra derivada do gr. Ostrakon, que significa Concha) são pequenos crustáceos dotados de uma carapaça calcária (concha) composta por duas valvas. Estas valvas articulam-se através de uma estrutura denominada charneira, localizada na região dorsal do animal.

     Classicamente, o estudo dos Ostracodes não-marinhos aplica-se à bioestratigrafia e à paleoecologia, áreas de interesse da indústria petrolífera. Mais recentemente, este grupo de microfósseis vem sendo utilizado em Ciências Ambientais e, Ostracodes marinhos utilizados em estudos de Paleoceanografia.

     Com base na classificação e na ecologia de espécies de ostracodes marinhos atuais da margem continental Brasileira, pôde-se identificar e caracterizar as ocorrências de Callistocythere litoralensis, entre outros ostracodes, como sendo restritas a regiões com influência de águas temperadas e profundidades de plataforma continental. Assim, com base no estudo destas espécies Atuais, pode-se inferir para as suas ocorrências em rochas sedimentares de 25 milhões atrás as mesmas condições paleoecológicas. Dessa maneira, ou seja por analogia ou homologia, os micropaleontólogos têm podido avaliar as condições paleoecológicas dos oceanos no passado.

     ****** fonte dos ostracodes; universidade de Brasília******