Presume-se que a humanidade tenha entrado num
segundo estágio de sua evo1ução cultural entre 10000 a.C. e 6000 a.C., com a
descoberta da agricultura, que passa a ser a principal fonte de subsistência. A
agricultura leva ao sedentarismo e, simultaneamente, as primeiras tentativas de
domesticação de animais (supõe-se que com cabras, porcos e carneiros, em
regiões da Ásia).
Os utensílios
multiplicam-se. Já não se trata de simples “machados de mão” ou clavas, mas sim
de vasos, estatuetas, fusos, contas, pilões. Surge uma das peculiaridades do
Neolítico: a cerâmica, possivelmente criada a partir do revestimento de betume
que se colocava no interior de cestas de fibra para torna-las impermeáveis e
próprias para o transporte de líquido. A resistência do betume, permanecendo
após o desgaste das fibras, explicaria a tese.
O sedentarismo teria permitido também o aumento da
densidade populacional e o surgimento de organizações sociais mais complexas,
inclusive ocorrendo uma divisão social do trabalho e uma especialização de
funções. Estudiosos admitem a existência de um poder organizado, com
autoridades temporais e/ou religiosas.
A
etapa posterior é conhecida como Idade dos Metais, com o domínio de técnicas
de manipulação do bronze e do ferro por parte do homem quando ocorre o
surgimento de cidades, processo que Gordon Childe chama de Revolução urbana,
e, por fim, da escrita, o que colocaria um “ponto-final” à Pré-História.