Título: CRÍTICA DA SEPARAÇÃO
Autor: Guy Debord
Data: 1961
Descrição:
Tradução para o português do manuscrito e trilha sonora do terceiro filme de Guy Debord
Palavras-chave: França, Maio de 68, Situationistas
Linguagem: Português
Material Relacionado: Manuscrito do filme traduzido da versão inglesa de Ken Knabb disponível em http://bopsecrets.org

Crítica da Separação

(manuscrito do filme)


Não sabemos o que dizer. Seqüências de palavras são repetidas; gestos são reconhecidos. Fora de nós. Claro que alguns métodos são controlados, alguns resultados são verificados. Muitas vezes é divertido. Mas muita coisa que queremos não é atingida, ou é apenas parcialmente e não como imaginamos. Que comunicação desejamos, a experimental, ou apenas um simulacro? Que real projeto perdemos?
 
Tomada de um grupo de pessoas no terraço de um bar. A câmera, como numa reportagem, fixa-se em Debord que conversa com uma garota de cabelos negros.

Flagrante de duas pessoas conversando. Garota loira.


Quadrinho onde aparece jovem loira. Legenda: «Ela falhou. O jipe atolou fundo na lama do pântano...»

O espetáculo cinematográfico tem suas regras, seus métodos seguros para produzir produtos satisfatórios. Mas a realidade que deve ser tomada como ponto de partida é o descontentamento. A função do cinema, seja dramático ou documental, é apresentar uma falsa e isolada coerência como substituto de uma comunicação e atividade que estão ausentes. Para desmistificar o cinema documental é necessario dissolver seu «assunto».
 


Couperin: «Marcha do Regimento de Champagne».
Tomada em 360 gráus do centro do Plateau Saint-Merri. SUBTÍTULOS: No meio do caminho da viagem da vida... acabei numa floresta escura... onde perdi o caminho certo.

 



Música termina.


Uma regra bem estabelecida é que qualquer declaração em um filme que não seja ilustrada através de imagens deve ser repetida ou então os espectadores a perderão. Isso pode ser verdade. Mas este mesmo tipo de comunicação errada acontece constantemente nos encontros cotidianos. Algo deve ser especificado mas não há tempo suficiente, e você não está seguro se foi compreendido. Antes que você diga ou faça o que era necessário, a outra pessoa já fez. Pela rua. No além mar. É tarde demais para qualquer retificação.
 


Quadrinho: um mergulhador no fundo do mar pensa: «Sem ar nem salva-vida não vou durar muito. Se pelo menos eu pudesse me livrar destes pesos...». Tomada de um bar. Um casal entra, fecha a porta, e continua caminhando.

Ainda de um filme: Um radiotelégrafo da Marinha Estadunidense; atrás dele um oficial e a heroína. SUBTÍTULO: Você me entendeu? Faça sua leitura... Responda-me, responda-me... Câmbio!


Afinal de contas o tempo livre, todos os momentos perdidos, permanecem eternamente engasgados nas paisagens dos cartões postais; aquela distância constituída entre cada um e todo mundo. Infância? Não importa aqui, por que? Se nunca saímos dela.
 
Praça la Concorde vista de um helicóptero.

Rio Sena, no centro de Paris.

Nossa era acumula poder e se imagina racional. Mas ninguém reconhece este poder como seu próprio. Em parte alguma houve qualquer introdução à maturidade. A única coisa que acontece é que às vezes esta longa inquietude evolui para um sono rotineiro. Porque ninguém cessa de ser mantido sob tutela. A questão não é reconhecer que algumas pessoas vivem mais ou menos pobremente que outras, mas que todos nós vivemos de modos que estão fora de nosso controle.
 
Detalhe de um lançamento de foguete.

Visão distante de um lançamento de foguete.

Um piloto equipado para a estratosfera. Um oficial em punhando uma espada.

Capa de livro de ficção científica.




Ao mesmo tempo, é um mundo que nos ensinou como mudar as coisas. Nada fica o mesmo. O mundo a cada dia muda cada vez mais rápido; e eu não tenho nenhuma dúvida de que aqueles que o fazem diariamente para seu malefício podem se apropriar dele para seu próprio benefício.
 
Bola em movimento em fliperama.

A única aventura, como já dissemos, é a competição total, que é o centro deste modo de vida, onde podemos testar nossa força mas nunca podemos usá-la. Nenhuma aventura é criada diretamente por nós. As aventuras que nos são apresentadas fazem parte da massa de lendas transmitidas pelo cinema ou por outros meios; fazem parte da fraude espetacular total da história.
 
Bodin de Boismortier: Allegro da Quinta Parte do Concerto em Mi Maior (Opus 37). Outro filme: Um rei e cavaleiros da Távola Redonda. SUBTÍTULO: Dar a cada pessoa o espaço social essencial para uma vida plena.

Dois situacionistas.


Um cavaleiro desafia outro em estilo hollywoodiano.
Situacionista bebe um copo de vinho.
 
Visão panorâmica de um grupo sentado ao redor de uma mesa em um bar de Montagne-Saint-Geneviève. SUBTÍTULOS: Se o homem é moldado pelas circunstâncias, é necessário criar circunstâncias humanas...
Camaradas: O urbanismo unitário é dinâmico, é diretamente relacionado com modos de comportamento.

Até que o meio ambiente seja dominado coletivamente, não haverá nenhum indivíduo real — apenas espectros assombrando objetos anarquicamente apresentados a eles por outros. Em situações eventuais conhecemos pessoas separadas movendo-se ao acaso. Suas emoções divergentes se neutralizam mutuamente e reforçam a solidez enfadonha de seu ambiente. Na medida em que não podemos fazer nossa própria história, criar livremente situações, nosso esforço pela unidade dará origem a outras separações. A busca de uma atividade unificada conduz à formação de novas especializações.
 
Outros situacionistas.
SUBTÍTULOS: As paixões já foram suficientemente interpretadas. A questão agora é descobrir novas paixões... A nova maravilha será a maravilha das situações.

Modelo desfila em passarela.

Vista aérea do centro de Paris.

E apenas alguns encontros foram como sinais emanados de uma vida mais intensa, uma vida que realmente não foi encontrada.
 
Os cavaleiros se degladiam. Volume da música diminui. A mesma jovem.

O que não pode ser esquecido reaparece em sonhos. Ao término deste tipo de sonho, meio adormecido, os eventos ainda são por um breve momento tidos como reais. Então as reações que eles provocam tornam as coisas mais claras, mais distintas, mais razoáveis; como muitas madrugadas recordando o que você bebeu na noite anterior. Então vem a consciência de que é tudo falso, que «foi apenas um sonho», que as novas realidades foram ilusórias e que você não pode alcançá-las novamente. Não há nada em que você possa segurar. Estes sonhos são centelhas do passado não resolvido, centelhas que iluminam momentos previamente vividos em confusão e dúvida. Eles provêem uma revelação cega de nossas necessidades não satisfeitas.
 

Imagem do rosto de uma jovem é seguida por cena onde aparece à distância um caça atirando em direção a uma área coberta de neve.

Aqui vemos a luz do dia, e as perspectivas de agora já não tem mais nenhum significado. Os setores de uma cidade são até certo ponto decifráveis. Mas o significado particular de cada um deles não representa nada para nós, é como o segredo da vida privada em geral, quando tudo que possuímos são desprezíveis documentos.
 
Novamente o Allegro de Bodin de Boismortier:
Detalhe do Dique d'Orléans. Detalhe do mesmo dique. Vista de árvores derrubadas por tornado. Foto aérea de Allée des Cygnes em Paris.



Volume da música diminui.

As notícias oficiais estão em toda parte. A sociedade noticia para si mesma a própria imagem de sua própria história, uma história reduzida ao superficial e estático concurso de seus governantes — pessoas que encarnam a aparente inevitabilidade de tudo que acontece. O mundo dos governantes é o mundo do espetáculo. O cinema se encaixa perfeitamente nesse mundo. Indiferente ao tema, o cinema apresenta exemplos de heróis e condutas modeladas no mesmo velho padrão dos governantes.
 
Conselho de Segurança das Nações Unidas. Khrushchev em uma sala com De Gaulle a seu lado.


Eisenhower dá boas vindas a De Gaulle.

Cerimônia patriótica no Arco do Triunfo; De Gaulle e Khrushchev prestam atenção.

Eisenhower fala com o Papa.

Eisenhower abraçado com Franco.

Este equilíbrio dominante vêm à tona sempre que pessoas que não conhecemos tentam viver diferentemente. Mas isso acontece bem longe de nós. Nós ouvimos falar delas pelos jornais e noticiários. Permanecemos fora do evento, como acontece com qualquer outro espetáculo. Estamos separados delas pela nossa própria não-intervenção. Tudo isso nos trás bastante desapontamento. Em que momento adiamos a escolha? Quando foi que perdemos nossa chance? Não encontramos aqueles braços que precisamos. Deixamos as coisas escapulir.
 
Um levante no Congo; soldados dispersam multidão e a espanca com as coronhas de seus rifles.

Foto de Djamila Bouhired na delegacia de polícia.

Campo de visão mostra mãos do paraquedista e jornalista Laterguy. Detalhe do rosto de prisioneiro.


Deixei o tempo escapar. Perdi o que deveria ter defendido.
 
 
Novamente a «Marcha do Regimento de Champagne»
de Couperin. Jovem aparece novamente e dá um sorriso.

Esta crítica geral de separação obviamente contém, e esconde, algumas recordações particulares. Uma dor menos reconhecida, um sentimento menos explicável de vergonha. Mas o que é separação? Como vivemos depressa! É a questão de nossa história acidental que estamos abordando novamente.
 









A música é interrompida.

Tudo se envolve na esfera da perda — quer dizer, o que eu perdi de mim mesmo, o tempo que se foi; desapareceu, voou; a dissipação geral de coisas, e até mesmo aquilo que predomina e que no sentido tempo social mais vulgar é chamado tempo perdido — tudo isso se encaixa naquele velho, estranho e tendencioso termo militar, criança rebelde, e sua interseção na esfera de descoberta, da exploração de terrenos desconhecidos, com todas as formas de indagação, aventura, vanguarda. Esta é a encruzilhada onde encontramos nós mesmos e perdemos nosso caminho.
 
Em uma tomada câmera passa rapidamente diante da fachada da estação de trem de Saint-Lazare, depois mostra a Rua du Havre com numerosos carros se aproximando.




Um esquadrão da Guarda Republicana passa a distância.
SUBTÍTULO: Na esfera do possível, agora tudo tende rapidamente em direção ao mesmo ponto, nosso único amigo, nosso implacável inimigo.

Deve ser admitido que nada disto está muito claro. É um monólogo bêbado completamente típico, com suas insinuações incompreensíveis e cansativas elocuções. Com suas frases vãs que não esperam resposta e suas explanações arrogantes. E seus silêncios.
 
Parada de cadetes de West Point com seus antiquados uniformes.

A pobreza dos meios tende a revelar a escandalosa pobreza do tema abordado.
 
Uma esquadra em manobras.

Os eventos que acontecem em nossa existência individual, a maneira como são agora organizados, os eventos que realmente nos interessam e requerem nossa participação, geralmente não recebem mais do que nossa indiferença como espectadores distantes e entediados. Em contraste, as situações relativas a trabalhos artísticos são freqüentemente atraentes, são situações que provocam uma participação ativa. Este é um paradoxo a ser invertido, e reposto em cima de seus pés. Isto precisa ser colocado em prática. Quanto a este espetáculo idiota do passado, filtrado e fragmentado, cheio de som e fúria, o que importa agora não é transformá-lo ou «adaptá-lo» em outra ordenação espetacular que bancaria o jogo esmerado de uma participação e compreensão ordenada. Não. Uma expressão artística coerente não expressa nada mais que coerência do passado, nada mais que passividade.
 


Bola de fliperama continua sua trajetória. SUBTÍTULO: Quem desejaria ter como amigo um homem que fala dessa maneira? Quem o escolheria entre os outros para... discutir suas questões? Quem ficará a seu lado em tempos de tribulação? A que propósito util ele serve na vida?

Prisioneiros amotinados são reprimidos no pátio de uma prisão estadunidense. Bola de fliperama desaparece. Visão panorâmica de um estacionamento de automóveis. SUBTÍTULOS: Rompa o falso diálogo que existe em toda parte... e que se alastrou para lugares tão distantes como a Índia ou a China.

Casal se beija em uma rua. Adolescentes ao redor da mesa de um bar. Duas «crianças rebeldes» do Saint Germain-des-Prés. SUBTÍTULOS: Uma pobre rebelião, sem palavra mas não sem uma causa. O programa tomará sua própria forma... Partidários do poder do esquecimento.

Guarda prisional em torre de vigia.


É necessário destruir a memória na arte. Arruinar as convenções de sua comunicação. Desmoralizar seus fãs. Que tarefa! Como em uma vaga visão bêbada, a memória e a linguagem do filme desaparecem gradual e simultaneamente. A extrema, miserável subjetividade é revertida em um certo tipo de objetividade: uma documentação das condições da não comunicação.
 
A TELA FICA ESCURA.
SUBTÍTULO: Além disso, é menos uma questão de formas do que de vestígios de formas, impressões, recordações.



SUBTÍTULO: Estamos diante de um mundo inexoravelmente despedaçado e decadente.
   
TELA FICA ESCURA, SEM QUALQUER SUBTÍTULO OU COMENTÁRIO.

Por exemplo, eu não falo sobre ela. Falsa face. Falsa relação. Uma pessoa real está desligada do intérprete daquela pessoa. Se considerarmos apenas o intervalo de tempo entre o evento e sua evocação, essa distância aumenta continuamente, essa distância aumenta neste exato momento. São como que expressões residuais cristalizadas, alheias àqueles que as ouvem, abstratas, sem qualquer poder sobre elas.
 


Mulher mostrada anteriormente aparece mais uma vez.

SUBTÍTULO: A verdade sobre a falsa sociedade. Detalhe de fragmentos de sentenças: «A produção também mostra as marcas da juventude»... «Barulho terrível, magnífica e desesperada desordem»... «Isso tem todos os elementos de uma novela policial estadunidense -- violência, sexo, crueldade -- mas o cenário...»


O espetáculo como um todo em nada difere desta era, uma era que certos jovens conhecem por si mesmos. O espetáculo estabelece um vácuo entre a imagem e suas conseqüências; um vácuo entre visões, gostos, recusas, projetos, coisas que dão um caráter prévio a esta mocidade e ao caminho escolhido para a melhora na vida ordinária.
 


Banhistas filmados debaixo dágua.

Fotos de alguns situacionistas.

Novamente a «Marcha do Regimento de Champagne» de Couperin.

Não inventamos nada. Nos adaptamos, com algumas variações, na rede de possíveis itinerários. Nos acostumamos a isto, parece.
 
Grupo em balcão de bar.
   
Quadrinho: Homem segurando copo pensa: «A sorte foi lançada. Agora ela tem que me dizer sim, breve, muito breve... ». SUBTÍTULO: Quantas garrafas desde então? Quantas garrafas? Atrás de quantas garrafas ele esconde sua própria solidão?

Ninguém volta de um empreendimento com o mesmo ardor que teve ao partir. Bons companheiros, a aventura está morta.
 


Capa de uma novela policial entitulada: Impostura; mulher de perfil; um pouco atrás, um homem segura um copo.

Uma jovem loira.

Árvores durante um tornado.

Explosão de napalm.

Estrada devastada por tornado.

A mesma jovem loira.

Música termina.

Detalhe de fragmento de sentença: «A videira da vida está bêbada; nesta boate pretensiosa permanece apenas o refugo».


Quem resistirá? É necessário ir além desta derrota parcial. Claro. E como fazer isto?
 
Continuação do levante do Congo.
 
Duas fotografias já vistas de situationistas, alternadas com um único subtítulo que representa a conversação que estão desenvolvendo. SUBTÍTULO: É de se esperar que um filme sobre a vida privada consista integralmente de piadas privadas.

Este é um filme que se interrompe e não se acaba.
 
A jovem loira. SUBTÍTULO: Não entendi nada.

Todas as conclusões continuam sendo esboçadas; tudo tem que ser recalculado.
 
Asger Jorn. SUBTÍTULO: Alguém poderia fazer uma série de documentários como este, um tipo de «seriado» de três horas de duração.

O problema continua sendo analisado — em condições continuamente mais complicadas. Temos que recorrer a outras medidas.
 
Debord: SUBTÍTULO: Os «Mistérios de Nova Iorque» da alienação.

Da mesma maneira que não houve nenhuma razão profunda para começar esta mensagem informe, também não há nenhum para conclui-la.
 
Asger Jorn. SUBTÍTULO: Sim, isso seria melhor: mais enfadonho, mais significativo.

Apenas comecei a faze-lo compreender que não pretendo jogar o jogo.
 


Debord; a câmera move-se para longe dele. SUBTÍTULO: Mais convincente.

SUBTÍTULO: (O filme continua)

 



Nova tradução da descrição da trilha sonora do terceiro filme de Guy Debord, Crítica da Separação (1961). O manuscrito completo deste filme, com ilustrações, descrições detalhadas das imagens, e extensas anotações, tudo isso pode ser encontrado no livro Complete Cinematic Works de Debord (AK Press, 2003). Para mais informações, veja Guy Debord’s Films.

(O material acima é livre para o uso pessoal ou não comercial)

 

 

 


Obra Cinematográfica Completa de Guy Debord

INTRODUÇÃO

SCRIPTS
Uivos para Sade (1952)
No Caminho de Algumas Pessoas por um Curto Período de Tempo (1959)
Crítica da Separação
(1961)
A Sociedade do Espetáculo filme (1973)
Refutação de Todos os Julgamentos, Pró ou Contra, Sobre o Filme A Sociedade do Espetáculo (1975)
In girum imus nocte et consumimur igni (1978)


DOCUMENTOS
Deturnação: Guia para Usuários
Notas Técnicas dos Primeiros Três Filmes
Carta sobre Passagem
Por um Julgamento Revolucionário da Arte
Na Sociedade do Espetáculo (resposta a uma crítica do livro)
Cinema e Revolução
Na Sociedade do Espetáculo (lançamento do filme)
O Uso de Filmes Roubados
Temas de In girum
Instruções para o Engenheiro de Som de In girum
Introdução à Obra Cinematográfica Completa de Guy Debord

 

O texto acima foi traduzido por Railton Sousa Guedes
Fonte consultada: http://www.bopsecrets.org/  


OUTROS ESCRITOS DE DEBORD (versões retiradas de http://www.terravista.pt/IlhadoMel/1540 e adaptadas)

A Sociedade do Espetáculo
Panegírico


Dossiê e textos de Debord publicados pela Biblioteca Virtual Revolucionária

Dossiê Internacional Situacionista

Perspectivas da transformação consciente da vida quotidiana


Teses sobre a revolução cultural

Introdução a uma crítica da geografia urbana


Texto de Phil Baker

Cidade Secreta: Psicogeografia e Devastação de Londres -- Um Ensaio de Phil Baker


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railtong@g.com