QUEM É TUA COBERTURA? (CAPÍTULO 5c)
UMA ABORDAGEM AO CONCEITO DE LIDERANÇA, AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE NA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Traduzido para o Português
por Railton de Sousa Guedes
Copyrights 2005 (Present Testimony Ministry)
1. Prólogo, Prefácio, Introdução, Modelos de Liderança
5. Autoridade Apostólica I, II, III
6. Resumo,
Conclusão e Bibliografia
A Fonte da Autoridade de Paulo
A autoridade que Paulo estava unida
à sua capacidade de falar a palavra do Senhor às comunidades que fundava; era
uma autoridade dada "para edificação e não para destruição" (2 Cor. 10:8;
13:10). Portanto, sempre exercia
autoridade com o único propósito para a qual lhe foi dada -- para edificar aos
santos. Nunca abusou dela para obter um
lugar proeminente, poder terrenal ou vantagem material.
Paulo reconhecia que a fonte de sua
autoridade era o próprio Cristo, tal e como está encarnado no evangelho. Isto explica por que firmemente convidava
aos santos a que julgassem o que dizia (1 Cor. 10:15; 11:13; 1 Tes. 5:21) e
lhes instava a recusar sua mensagem se não estivesse de acordo com o
evangelho (Gál. 1:8-9).
Da mesma maneira, todos os autores do NT
exortam firmemente às igrejas a que obedeçam a verdade viva do Evangelho tal e
qual se encontra em Jesus Cristo. Não devemos obedecer cegamente as palavras
de simples homens (Rom. 6:17; 10:16; Gál. 3:1; 5:7; Tito 1:14).
Paulo esperava que as igrejas lhe
escutassem na medida em que suas palavras refletissem o evangelho de Cristo
(Gál. 1:9) e estivessem em harmonia com o Espírito (1 Cor. 7:40). Sem dúvida,
Paulo se viu obrigado a censurar às igrejas de vez em quando. Mas sempre achava difícil tomar esta
decisão.
Sua reticência em advertí-los aparece
em sua correspondência aos Coríntios.
Ali descobrimos que preferia ir a eles com um espírito aprazível do que com
uma palavra de repreensão (1 Cor. 4:21b). No entanto, quando tinha que se
dirigir severamente a eles, fazia-o com muita angústia de coração (2 Cor. 2:4).
(A propósito, a "vara" de Paulo em 1 Cor. 4:21 é uma metáfora de reprovação e não
um sinal de subordinação forçada ou de autoridade unilateral -2 Cor. 10:3-6).
O amor que Paulo tinha pelos Coríntios
transbordava em tal compaixão paternal que depois de escrever-lhes, temia que
suas palavras fossem demasiado fortes para serem suportadas (2 Cor. 7:8). A
forte motivação que levava
Paulo a trabalhar incansavelmente e a sofrer pelas igrejas era o amor
incomparável que tinha por suas almas (2 Cor. 12:15; Fil. 2:17-21; Col. 1:24;
1 Tes. 2:8).
Já que Paulo falava constantemente a
palavra do Senhor, podia dizer que os que recusavam suas palavras não lhe
recusavam a ele, senão a Cristo (1 Tes. 4:8), porque para o apóstolo, "Deus
vos dá seu Espírito Santo" (1 Tes. 4:8b).
No entanto, ainda naqueles dias em que a palavra do Senhor estava em sua
boca, desejava que os crentes reconhecessem que o que lhes comunicava era o
pensamento do Senhor e não o seu próprio (1 Cor. 14:37-38).
Não cabe a menor dúvida de que Paulo apontava
seu serviço fiel como base para a confiança dos santos (1 Cor. 4:1-5;
7:25; 15:10; 2 Cor. 1:12; 4:1-2). Mesmo
assim , Paulo parecia estar mais interessado em fazer com que seus conversos
imitassem seu caminhar do que obedecessem suas palavras (1 Cor. 4:16;
Gál. 4:12; Fil. 3:17; 4:9; 2 Tes. 3:7). A razão pela qual podia apresentar-se
como modelo para que os demais o seguissem era que sua vida era um reflexo da
de seu Senhor (Atos 20:34-35; 1 Cor. 11:1).
Todos estes fatos nos permitem afirmar
que a fonte da autoridade espiritual é Cristo. O meio da
autoridade espiritual é a palavra de Deus. O exercício da autoridade
espiritual é a humildade e o serviço, e a meta da autoridade espiritual
é a edificação espiritual.
Na mente de Deus, a autoridade e o
espírito da cruz andam de mãos dadas, e este princípio é evidente em todo o
ministério apostólico de Paulo.
Deve entender-se que os documentos
canônicos (bíblicos) que Paulo e os demais apóstolos escreveram são inspirados e plenos de autoridade por direito próprio. Estes encarnam a voz de
Deus na Santa Escritura. No entanto,
neste capítulo, examinamos seus escritos focando a
relação que há entre obreiro e igreja. Quando consideramos as cartas de Paulo
através destas lentes, descobrimos que ele não foi autoritário.
Os Demais Apóstolos Também Não Foram
Autoritários
Consideremos agora como outros apóstolos
do século primeiro viram a autoridade espiritual. Timóteo, como Paulo,
não foi autoritário. Paulo nunca autorizou a seu jovem colaborador Timóteo para
que exercesse poder formal sobre os santos. Mais bem o animou a
"exortar" aos santos com mansidão. Também o instruiu para que cultivasse
relações de tipo familiar com a igreja (1 Tim 5:1-2; 2 Tim.2:24-25; 4:2).
Em certo lugar, Paulo o adestra com estas
palavras: "Estas coisas tens que mandar (paraggello) e ensinar" (1 Tim.
4:11 VP). Mas as coisas que Paulo exorta a Timóteo a que "mande" são as
palavras do Espírito (4:1) que fazem parte da sã doutrina (4:6). Como
Paulo, Timóteo trabalhou com as pessoas, não sobre elas.
O conselho que Paulo dá a Tito é
similar. Em Tito 2:15 a recomendação de
Paulo para que "ensinasse, exortasse e
instasse estas coisas com toda autoridade (epitagí)" deve
entender-se no pano de fundo de seu mandato anterior. Esse mandato era: "Mas tu
fala o que convêm à sã doutrina" (Tito 2:1).
Em outras palavras, Tito era
livre de falar com autoridade, repreender e exortar com respeito àquelas
coisas que refletem o são ensino de Jesus Cristo. (Porque a autoridade está
investida deste último).
As cartas de João respiram o mesmo ar não
autoritário. Do mesmo modo que Paulo,
João não se intrometeu nos assuntos da igreja, nem reclamou qualquer direito para
governar aos santos. Quando Diótrefes
usurpou a autoridade numa igreja, João não o obrigou a sair dela. Antes, animou os santos a não seguir
os que praticam o mau (3 Jn. 9-11).
João reconhece que não tem mandamento
novo para dar (1 Jn. 2:7; 2 Jn. 5-6). Pelo
contrário, assinala o novo mandamento de Cristo - que é o amor. Em tudo isto
vemos que a perspectiva de João a respeito da autoridade é bem Paulina.
Uma vez mais, a inevitável conclusão de
tudo isto é que os obreiros apostólicos não têm autoridade oficial sobre as
igrejas. Não assumem posse formal das igrejas, nem as convertem em franquias
(ou denominações virtuais) de seus próprios ministérios especiais.
Os obreiros apostólicos, se
autênticos, utilizam seus ministérios para servir às igrejas. Não usam as
igrejas para construir seus ministérios!
O ministério do apóstolo do primeiro século,
então, era um serviço e não uma expressão de domínio. É por esta razão que
Paulo se refere às igrejas que plantava em termos explicitamente não
hierárquicos. Chamava-lhes "irmãos" e " partícipes" no ministério (2
Cor.5:20-6:1; 7:3; Fil. 1:5,7; 2:17). Quando se dirigia a eles, não lhes falava
como se estivesse acima deles -- mas como a um igual. (1 Cor. 5:2-3; Col.
2:5).
Deste modo, os apóstolos do NT não
controlavam às igrejas, nem as igrejas controlavam aos apóstolos. As palavras de Paulo em Gálatas 4:12 captam o espírito de sua mentalidade
cooperativa e relacional: "Fazei-vos como eu, pois eu também me fiz como
vocês" (BA).
A Confiança de Paulo nas Igrejas
Diferentemente do clero moderno, Paulo tinha
grande confiança nas igrejas que plantava.
Estava seguro de que as comunidades crentes obedeceriam a Deus. Também
tinha confiança em que funcionariam adequadamente em sua ausência. Considere os
seguintes textos:
Eu
tenho CONFIANÇA COM RESPEITO A VOCÊS NO SENHOR de que não optareis por outro
ponto de vista. (Gál. 5:10, BA)
CONFIAMOS NO SENHOR A RESPEITO DE VOCÊS, de que fazeis e fareis o que
mandamos. (2 Tes. 3:4)
CONFIADO EM TODOS
VOCÊS de que meu regozijo é o de todos vocês. (2 Cor. 2:3)
Me
regozijo DE QUE EM TUDO POSSO CONFIAR EM VOCÊS. (2 Cor. 7:16)
E
enviamos com eles nosso irmão, ao qual muitas vezes provamos em muitas
coisas, que é diligente; mas agora bem mais diligente que nunca, PELA MUITA
CONFIANÇA EM VOCÊS. (2 Cor. 8:22)
Mas,
irmãos meus, EU MESMO FUI PERSUADIDO A RESPEITO DE VOCÊS, DE QUE TAMBÉM
VÓS estais cheios de bondade, cheios de todo conhecimento, sendo
também capazes de admoestar-vos uns aos outros. (Rom. 15:14)
PERSUADIDO
DE TUA OBEDIÊNCIA te escrevi, sabendo que também farás mais do que digo. (Filme. 21)
ESTANDO
PERSUADIDO DISTO o que começou em vocês a boa obra, a levará a cabo até o dia
de Cristo Jesus. (Fil. 1:6)
Mas
QUANTO A VOCÊS, amados, ainda que falemos assim, FOMOS PERSUADIDOS DE COISAS
MELHORES, e que têm salvação. (Heb. 6:9)
Ainda no
meio das reuniões caóticas em Corinto, Paulo nem uma só vez tratou de
estrangular as reuniões abertas e participativas da igreja, nem proibiu os
irmãos de exercitarem seus dons. Pelo
contrário, deu-lhes amplas diretrizes para facilitar a ordem em suas reuniões,
e confiava que eles as implementariam (1 Cor. 14:1ss.).
Diferentemente dos modernos líderes
clericais que crêem que não podem "permitir" que os irmãos (em suas
congregações) funcionem livremente na medida de seus dons para que não "se saiam de controle", o
pensamento de Paulo segue numa direção radicalmente diferente.
Primeiro, Paulo não vê a si mesmo com
o direito de "proibir" ou "permitir" que o povo de Deus funcione na igreja.
Nenhum homem tem este direito!
Segundo, Paulo tinha uma confiança total
em seu ministério. Tão grande que confiava em que as igrejas podiam ter
reuniões participativas abertas sem nenhuma atividade humana de caráter
oficial, incluindo a sua! Paulo edificou bem. Trabalhou equipando aos santos
para que funcionassem em sua ausência.
Em marcante contraste, quando os modernos
líderes clericais expressam sua falta de confiança no povo de Deus para
ministrar eficazmente numa reunião aberta da igreja, estão reprovando seus
próprios ministérios! Porque nada pode
provar melhor a qualidade do equipamento dos santos, que quando têm que
ministrar-se uns aos outros numa reunião participativa aberta.
Quando vemos o panorama Cristão desde
esta perspectiva, pode-se dizer que os crentes jamais poderão estar
verdadeiramente equipados pregando-lhes sermões de 45 minutos cada
Domingo! Escutar sermões enquanto se
congela nos bancos, longe de gerar desenvolvimento espiritual, dá lugar
a um sacerdócio apagado e silente.
(Para maiores detalhes a respeito da reunião de uma igreja no primeiro
século, veja Repensando os Odres).
A Relação de Paulo Com Seus
Colaboradores
Passemos agora a considerar a relação que
Paulo tinha com seus colaboradores. Como tratava Paulo aos irmãos que eram
parte de sua equipe apostólica?
A autoridade Divina se expressava dentro
da esfera da obra apostólica e Paulo era indubitavelmente o centro de seu
grupo. (Note que Paulo e os outros obreiros não andavam cada um por sua
conta. Sempre se moviam em associação
com um círculo de colaboradores. Isto
jamais ocorre com os "apóstolos" auto designados de nossos dias).
É evidente que Paulo assumiu a responsabilidade da direção da
obra e não tinha problemas para administrar os movimentos de seus colaboradores
(Atos 16:1-4, 9-10; 17:15; 19:21-22; 20:3-5,13-15; 1 Cor. 4:17; 2 Cor.
8:18-23; Fil. 2:19,23,25,28; Éfe. 6:21-22; Fil. 2:19,23,25,28; Col. 4:8-9; 2
Tim. 4:9-13, 20-22; Tito 1:5; 3:12-13).
No entanto, entre seus colegas
não operava um sistema hierárquico fixo. Paulo não era presidente nem diretor em chefe da obra!
Por esta razão, nunca vemos a Paulo
exigir obediência cega de seus colaboradores. Como ocorria com as igrejas,
procurava o consentimento voluntário de seus colegas sempre que solicitava algo
deles (1 Cor. 16:10-12; 2 Cor. 8:6,16-18; 9:5; 12:18; Fil.
2:22-23).
As vezes, o próprio Paulo se sujeitava aos
desejos de seus colegas obreiros (1 Cor. 16:12), e lhes permitia dissentir dele
(Atos 15:36-41). O envio de Tito que se
menciona em 2 Coríntios 8:17 sublinha a relação participativa que Paulo tinha
com seus colaboradores: "De fato, quando acedeu [Tito] a nossa petição de ir
vê-los, fê-lo com muito entusiasmo e por sua própria vontade".
Paulo tomou a direção na esfera de sua
obra apostólica não porque tinha uma posição mais alta na pirâmide
eclesiástica, senão pela sinples razão de que era espiritualmente mais maduro
do que seus colaboradores. Não foi
autoritarismo, mas cooperação o que caracterizou o trato de Paulo com
eles.
Já que Paulo exercia autoridade
espiritual na obra, a sujeição em seu círculo era voluntária e pessoal, nunca
formal ou oficial. É surpreendente que
Paulo não considerava que os doze apóstolos originais tinham qualquer tipo de
autoridade hierárquica sobre ele. Também não mostrou qualquer deferência para o
status "apostólico" (Gál. 2:6-9).
Recordemos que numa ocasião repreendeu em público a um dos apóstolos mais
proeminentes quando uma verdade essencial estava em jogo (Gál. 2:11-21).
Os Apóstolos Dependiam do Corpo
A noção que sustenta que os obreiros
apostólicos tinham autoridade de governo sobre as igrejas locais é
inadmissível. O mesmo ocorre com a idéia de que alguns obreiros tinham
autoridade oficial sobre outros obreiros.
Estas idéias são uma invenção da mente natural e estão em desacordo com
a prática concreta de Paulo.
Os obreiros apostólicos, bem como os
outros ministérios no Corpo de Cristo, dependem do Corpo para que
recebam a plenitude de Cristo. Isto é
evidente a partir das palavras de abertura da carta aos Romanos. Paulo afirma
ali que estava desejoso não apenas de abençoar-lhes por meio dos dons que tinha
(1:11), como também de receber ajuda deles através dos dons que possuíam (1:12;
15:32).
Faremos bem em recordar que Deus sempre
condenou a independência e o individualismo.
A dependência em Deus não nos faz independentes a uns de outros O Senhor nunca permitiu a Seu povo que
"cada um faça o que melhor lhe parece" (Deut. 12:8), porque "o que vive
apartado procura seu capricho; enfada-se por qualquer conselho" (Prov.
18:1 BJ).
Deus, portanto, não tem confinado a
nenhum de nós, incluindo aos obreiros, no pequeno cubículo de nossa própria
existência onde podemos escolher nosso próprio caminho. Os que imaginam que sua relação com o Senhor
é completamente vertical ("eu e Jesus e mais ninguém") estão enganados e cumprem as
palavras da Escritura: "O caminho do néscio é direito em sua opinião; mas o
que obedece ao conselho é sábio" (Prov. 12:15 RVR-1960).
Não importa quão espiritual seja um
crente, ele não está isento da necessidade do fornecimento de seus irmãos e irmãs
em Cristo. Até mesmo o poderoso Moisés
precisou da ajuda de Arão e de Hur para fortalecer seus braços nos maus dias
(Êxo. 17:10-13).
Tudo o que dissemos aqui não equivale a
negar o fato de que os obreiros apostólicos possuem autoridade espiritual,
porque a têm. Mas uma vez mais, a
autoridade espiritual é algo muito diferente da autoridade
posicional/hierárquica.
No Senhor há autoridade, mas esta está
vinculada à função, e não ao ofício. Há
uma tremenda diferença entre reagir à função e reagir ao ofício. O ofício separa aos irmãos mas a função conferida
pelo Espírito, os edifica e une.
Como vimos, as cartas de Paulo mostram
uma mentalidade não autoritária, e estão saturadas de um tom cooperativo. Tristemente, muitos Cristãos modernos
abordam o NT com a idéia preconcebida de que os apóstolos têm uma tremenda
autoridade delegada, e ignoram o sentido não autoritário que flui
livremente da pena de Paulo. Por esta
razão, a noção popular de nossos dias a respeito da autoridade apostólica, indiscutivelmente
não é Paulina.
O Ministério Apostólico Hoje
Não escasseiam os "apóstolos"
auto denominados e auto proclamados pós-paulinos que correm de um lado para outro na
igreja de hoje. Estes promulgam decretos autoritários, reclamam seguidores e
constroem impérios Cristãos. Como
resultado, muitos Cristãos perspicazes
concluíram que os apóstolos já não existem mais.
É notório, no entanto, que Deus levantou
genuínos obreiros apostólicos neste século. Estes são os que caminharam -- e estão
caminhando -- no espírito de Paulo.
Como sucede com Paulo, estes obreiros não estão interessados em
construir impérios Cristãos nem em iniciar movimentos. Também não ambicionam atingir um status de
celebridade (1 Cor. 1:13; 3:7,21).
Ao que se parece, pois, um obreiro
apostólico contemporâneo? Se tu fazes
parte da cena da igreja institucional,
provavelmente nunca viste um. Sim, sem
dúvida, viste os que afirmam ser apóstolos. Pelo menos, ouviste homens que enfeitam outros com a palavra
"apóstolo". No entanto, estes com
freqüência carecem das atribuições de um verdadeiro obreiro.
Os verdadeiros
obreiros são os que se ocultam a si mesmos e não os que procuram aparecer
. Sua obra em grande
parte não se vê. Seu serviço passa freqüentemente despercebido. Os obreiros verdadeiros não edificam
denominações, programas, missões, edifícios ou organizações para-eclesiásticas!
Eles edificam exclusivamente a ekklesia de Jesus Cristo! (Note que Deus usa ao humilde de coração
para construir Sua casa -Isa. 66:1-2).
E além disso não andam anunciando que
são apóstolos! De fato, é muito provável que nem sequer lhes agrade este
termo. E já que não fazem parte do
espetáculo espiritual, não os encontrarás figurando em alguma igreja
organizada ou movimento. Também não os
verás (normalmente) nos tablóides Cristãos.
Sendo menores em número do
que os extravagantes e atraentes "super apóstolos" de nosso tempo, os
verdadeiros obreiros penetram cada
vez mais profundamente no eterno propósito de Deus em Cristo. Isto se deve ao fato de
que estão edificando Sua igreja à Sua maneira.
Tudo isto se traduz na seguinte fórmula
simples: Os Cristãos modernos devem ser
sabedores de sua necessidade do ministério apostólico, generosos
no sustento dos obreiros apostólicos e, no entanto, cautelosos com
respeito aos que reclamam possuir status apostólico.