Publicado no #1 da Internacional Situacionista, de 01-06-1958.
Traduzido para o espanhol por Julio Gonzales del Rio Raims e incluído na coletânea
A Criação Aberta e seus Inimigos - editora La Piqueta (Madri, 1977).
Momento da vida, construído concreta e intencionalmente para a organização coletiva de um ambiente unitário e de um jogo de acontecimentos.
Que ou quem se relaciona com a teoria e/ou a prática da construção de situações. Quem se dedica a construir situações. Membro da Internacional Situacionista.
Vocábulo carente de sentido, derivação abusiva do vocábulo situacionista. Não existe situacionismo, pretensa doutrina de interpretação dos feitos existentes. A noção de situacionismo foi concebida pelos anti-situacionistas.
Estuda os efeitos do meio geográfico, ordenado conscientemente ou não, e suas influências sobre o comportamento afetivo dos indivíduos.
Relativo à psicogeografia. Estudo e transmissão das realidades psicogeográficas.
Modo de comportamento experimental, ligado às condições da sociedade urbana; técnica que consiste em passar apressado, por ambientes diversos. Designa, também e mais particularmente, a duração de um exercício contínuo dessa experiência.
Teoria do emprego conjunto das artes e técnicas para a construção integral de um meio, em união dinâmica com experiências de comportamento.
Abreviação da fórmula: tergiversação (desvio) de elementos estéticos pré-fabricados. Integração de produções atuais ou passadas da arte, numa construção superior à média. Ou seja: não há pintura nem música situacionista, mas um uso situacionista desses meios. Num sentido mais primitivo, a tergiversação (desvio) no interior das antigas esferas culturais é um ato de propaganda que testemunha a mesquinhez e a perda de importância dessas esferas.
Reflexo e prefiguração, em cada momento histórico, das possibilidades de organização da vida cotidiana. Complexo estatístico de sentimentos e costumes, mediante o qual uma coletividade se relaciona com a sobrevivência que lhe é fornecida objetivamente pela economia. (Definimos este termo somente na perspectiva da criação de valores, e não de sua doutrina).
Processo
de autodestruição das formas culturais tradicionais, em conseqüência do aparecimento
de técnicas superiores de dominação da natureza, que permitem e exigem instituições
culturais superiores. Distinguem-se: uma fase ativa de decomposição, demolição
efetiva das velhas estruturas, que acabou em 1930; uma fase de repetição que
domina desde então. O atraso na passagem da decomposição às instituições novas
decorre do atraso na liquidação revolucionária do capitalismo.
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