Achatina fulica. Foto por © Luiz R. Fontes

    Achatina fulica (Moluscos)
         praga agrícola e ameaça à saúde pública no Brasil


    Página lançada a 10 maio 1999 e atualizada a 25 abr. 2004


      Celso do Lago Paiva, editor.
      Engenheiro agrônomo.
      Pesquisador de invasões biológicas em ambientes naturais e agrícolas.

      Analista Ambiental, Parque Nacional da Serra do Cipó, Minas Gerais (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA)

      http://www.oocities.org/lagopaiva/foto.htm

      Celso.Lago@ibama.gov.br



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      Palavras-chave

        Acatina
        Achatina
        Achatinidae
        Angiostrongilíase
        Angiostrongilíase abdominal
        Angiostrongilíase meningoencefálica
        Angiostrongilose
        Caracol-gigante-africano
        Caramujo-gigante-africano
        EIA
        Endemia
        Escargot
        Helicicultura
        Helix
        Invasão biológica
        Megalobulimidae
        Megalobulimus
        Meningoencefalite
        Meningoencefalite eosinofilica
        Mollusca
        Moluscos
        Nematelmintose
        Parasitose
        Praga
        Praga agrícola
        Quarentena
        Responsabilidade profissional
        RIMA
        Saúde pública
        Strophocheilus
        Strophocheilidae
        Verminose
        Vigilância sanitária
        Zoonose



        Sumário
              Resumo
          A. Intróito
          B. Praga agrícola
          C. Presença no Brasil
          D. Introdução no Brasil
          E. Achatina e saúde pública
          F. Impacto sobre ambientes naturais
          G. Responsabilidade do Estado

          Novo
          H. Como controlar a praga

          Ampliada
          I. Bibliografia impressa

          J. Bibliografia digital
          K. Campanha pelo banimento de Achatina fulica
          L. Agradecimentos



        Resumo

          O caramujo-gigante-africano Achatina fulica, grande molusco terrestre nativo no leste-nordeste da África, foi introduzido recentemente no Brasil como sucedâneo do “escargot” (Helix spp.).
              Os animais dessa espécie se alastraram por quase todo o Brasil, estabelecendo populações em vida livre e se tornando séria praga agrícola, especialmente no litoral. Atacam e destroem plantações, com danos maiores em plantas de subsistência de pequenos agricultores (mandioca e feijão) e plantas comerciais da pequena agricultura (mandioca, batata-doce, carás, feijão, amendoim, abóbora, mamão, tomate, verduras diversas e rami).
              Achatina fulica pode hospedar ainda o verme Angiostrongylus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença grave com centenas de casos já reportados no Brasil. Esta doença pode resultar em óbito por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal.
              O descaso dos governos municipais, estaduais e federal pela situação e o incentivo desses governos à criação do molusco contribuem ativamente para o agravamento da invasão, dos danos agrícolas e da possibilidade da angiostrongilíase abdominal se tornar endemia rural e urbana. Os governos atuam, assim, contra os interesses da população.



        A. Intróito

          Achatina fulica é espécie de molusco terrestre tropical, nativa no leste-nordeste da África, cuja classificação é a seguinte (Simone, 1999):
            Filo
            Classe
            Subclasse
            Ordem
            Subordem
            Superfamília
            Família
            Espécie

              Mollusca
              Gastropoda
              Pulmonata
              Stylommatophora
              Sigmurethra
              Achatinoidea
              Achatinidae
              Achatina fulica Bowdich, 1822
          conhecida como caramujo-gigante-africano (ver outros nomes).
              Adultos dessa espécie atingem 15 cm de comprimento de concha e mais de 200 gramas de peso total. No Sudeste do Brasil (São Paulo) os valores máximos são ao redor de 10 cm e 100 gramas.
          Trata-se de espécie:
            – parcialmente arborícola (pode se alimentar sobre árvores e escalar edificações e muros);
            – extremamente prolífica (produz muitos ovos por ano: 50 a 400 ovos por postura e cerca de 500 ovos por ano, segundo a D.ra Norma Campos Salgado);
            ativa no inverno (em regiões de inverno úmido e pouco frio);
            herbívora generalista (polífaga, ou seja, come folhas, flores e frutos de muitas espécies);
            resistente à seca;
            resistente ao frio hibernal;
            canibal (devora ovos e caramujos jovens da mesma espécie), aparentemente para sobreviver temporariamente em ambientes pobres em cálcio (necessário para a concha: animais parcialmente calcífilos);
            sobrevivente em muitos meios naturais e antrópicos (florestas e capoeiras, bordas de florestas, caatingas, brejos e outras áreas de vegetação nativa, áreas de cultura – especialmente hortas e pomares, plantações abandonadas, terrenos baldios urbanos, quintais e jardins).



          Ovos depositados por Achatina no inverno de 1999 em laboratório, Campinas SP (5-6 mm de comprimento por 4-5 mm de largura)


          Outros nomes populares pelos quais Achatina fulica (pronuncia-se acatina fúlica) é conhecida no Brasil são: acatina, caracol-africano, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano e rainha-da-África.
              Importante: Os nomes caracol-chinês, caramujo-chinês e gigante-chinês são incorretos, pois a espécie não é oriunda da China.

            Importante

              A denominação “escargot” aplicada por criadores e comerciantes  
              de Achatina fulica é imprópria por razões técnicas e científicas;  
              deve restringir-se ao uso como nome popular e comercial de diversas  
              espécies de Helix conhecidas na França e nos meios gastronômicos  
              por esse nome, como Helix aspersa e Helix pomatia.  

              A utilização do nome “escargot” para comercializar a  
              carne de Achatina fulica caracteriza fraude e má-fé
            .  

              Achatina  não é “escargot”  



              Helix pomatia - um dos legítimos  
              “escargots” (concha quase redonda)  



        B. Praga agrícola

          Nos inúmeros países em que foi introduzida pelo homem, Achatina fulica tornou-se praga de culturas, ou foi constatada se alimentando de folhas, flores, frutos ou casca caulinar das espécies listadas a seguir (as culturas atacadas com maior intensidade, ou sempre consumidas quando oferecidas em laboratório, estão marcadas com asterisco *).

        Plantas de cultura:
          * abóboras – Cucurbita spp., Cucurbitaceae (folhas) (lab.)
          acelga – Beta vulgaris, Chenopodiaceae (folhas) (com.)
          * acerola – Malpighia coccigera, Malpighiaceae (frutos) (lab.)
          * alface – Lactuca sativa, Asteraceae (folhas) (lab.) (com., lab.)
          * almeirão – Chicorium intybus, Asteraceae (folhas) (com., lab.)
          amendoim – Arachis hipogaea, Papilionaceae (folhas) (lit.)
          arruda – Ruta graveolens, Rutaceae (folhas) (com.)
          bananas – Musa spp., Musaceae (folhas) (lab., lit.)
          bardana – Arctium lappa, Asteraceae (folhas) (lit.)
          * batata-doce – Ipomoea batatas, Convolvulaceae (folhas) (com.)
          beringela – Solanum melongena, Solanaceae (folhas) (com.)
          * bertalha – Basella rubra, Basellaceae (folhas) (com.)
          beterraba – Beta vulgaris, Chenopodiaceae (folhas) (com.)
          * brócolos – Brassica oleracea var. italica, Cruciferae) (folhas) (lab., com.)
          cacau – Theobroma cacao, Sterculiaceae (folhas) (lit.)
          café – Coffea arabica, Rubiaceae (folhas) (lab., lit.)
          * carás – Dioscorea spp., Dioscoreaceae (folhas) (lab.)
          cenoura – Daucus carota, Umbelliferae (folhas) (com.)
          chá – Camellia sinensis, Theaceae (folhas) (lit.)
          chuchu – Sechium edule spp., Cucurbitaceae (folhas novas e secas, frutos) (com.)
          citros – Citrus spp., Rutaceae (folhas) (lit.)
          confrei – Simphytum officinale, Borraginaceae (folhas) (com.)
          coqueiro-da-bahia – Cocos nucifera, Arecaceae) (folhas e flores) (lit.)
          * couve – Brassica oleracea var. acephala, Cruciferae) (folhas) (lab., com.)
          escarola – Chicorium endivia, Asteraceae (folhas) (com.)
          * feijão e feijão-vagem – Phaseolus vulgaris, Papilionaceae) (folhas) (lab., lit.)
          * guaraná – Paulinia cupana, Sapindaceae (folhas) (com.)
          hortelã – Mentha repens, Lamiaceae (lab.)
          * jambu – Spilanthes acmella, Compositae (folhas) (lab.)
          * mamão – Carica papaya, Caricaceae (folhas) (lit., lab.)
          * mandioca – Manihot esculenta, Euphorbiaceae (casca dos ramos) (com., lab.)
          milho – Zea mays, Poaceae (folhas) (com., lit.)
          * morango – Fragaria x ananassa, Rosaceae (folhas, frutos) (com.)
          mostarda – Sinapis arvensis, Cruciferae (lab.)
          pepino – Cucumis sativus, Cucurbitaceae (folhas, frutos) (com., lab.)
          pimenta-do-reino – Piper nigrum, Piperaceae (lit.)
          * pimentão, pimentas – Capsicum spp., Solanaceae (folhas) (com.)
          * rabanete – Raphanus sativus, Cruciferae (folhas) (com., lab.)
          * rami – Boehmeria nivea, Urticaceae (folhas) (lab.)
          * repolho – Brassica oleracea var. capitata, Cruciferae (com., lab.)
          rúcula, Cruciferae (com.)
          seringueira – Hevea brasiliensis, Euphorbiaceae (lit.)
          * taioba – Xanthosoma maffafa, Araceae (lab.)
          * tomate – Lycopersicum esculentum, Solanaceae (frutos) (com., lab.)

        Plantas ornamentais:
          camarão-vermelho – * Jacobinia coccinea, Acanthaceae (com.)
          gazânia – * Gazania rigens, Asteraceae (com.)
          * Hemigraphis colorata, Acanthaceae (com.)
          hibiscos – * Hibiscus cv.s, Malvaceae (híbridos) (com.)
          jibóia – * Epipremnum aureum, Araceae (com., obs.)
          * orquídeas (flores) (lit., lab.)
          tornélia – Monstera deliciosa, Araceae (com.)

        Florestas implantadas (lit.)

        Plantas ruderais:
          jambu – Spilanthes acmella, Asteraceae (lab.)
          Tridax argentea, Asteraceae (lab.)
          picão-branco – Galinsoga parviflora, Asteraceae (lab.)

        Plantas nativas:
          mandacaru – Cereus hildmannianus, Cactaceae (flores) (lab.)
          acantáceas, piperáceas, zingiberáceas (lab.)

          Abreviaturas das fontes:
          com.: comunicação pessoal de colaborador;
          lab.: constatação no laboratório do autor;
          lit.: literatura impressa e digital; obs.: observação pelo autor no campo (áreas agrícolas e naturais).


          Importante
          Como se pode constatar pela lista acima, as espécies agrícolas atacadas com maior intensidade são justamente aquelas utilizadas pelos pequenos agricultores (minifundiários, sitiantes, chacareiros), tanto como fonte de renda (abóboras, alface, almeirão, batata-doce, carás, couve, feijão-vagem, jambu, milho, orquídeas, pepino, pimentão, rami, repolho, taioba) como culturas de subsistência (abóboras, carás, feijão, mandioca, milho).

          Os pequenos agricultores já são geralmente não-cooperados, e sistematicamente desprezados pelos governos municipais, estaduais e federal em suas necessidades logísticas, agrícolas, educacionais e sanitárias; agora assistem em várias regiões do país à invasão de suas culturas por mais esta praga, de populações e danos crescentes.

          Isso poderá contribuir para acentuar sua marcada precariedade econômica e a miséria do campo.

          As conseqüência de todas essas pressões sobre os pequenos produtores rurais são a crescente concentração da terra (formação de latifúndios), o êxodo para cidades já hipertrofiadas, a redução na oferta de alimentos, a importação de alimentos o aumento dos preços dos alimentos.



        C. Presença no Brasil

          A espécie está presente com populações livres nos seguintes Estados brasileiros:

            1. Amazonas (inf. Luiz Otavio Guimarães);

            2. Bahia BA (inf. Jaime Machado Filho, Maria Luiza Dutra da Fonseca, Monica Mendes);

            3. Espírito Santo ES (inf. Luiz Márcio Lemos Couto);

            4. Goiás GO (inf. Pedro Pacheco, Sonia Barbosa dos Santos, William do Amaral).

            5. Maranhão MA (inf. William do Amaral).

            6. Minas Gerais MG (inf. Cláudia Tartaglia Reis, Emilio Carlos Coutinho, Ronaldo Fiuza Horta e Thiago Paiva Flores).

            7. Pará PA (inf. Edilson Matos e Osmar Domaneschi).

            8. Paraíba PB (inf. Sérgio Luiz Gomes Covan).

            9. Paraná PN (inf. Theresinha M. Absher, William do Amaral).

            10. Pernambuco PE (inf. Celso do Lago Paiva, José Carlos Nascimento de Barros, Maurício Lima, Norma Salgado).

            11. Piauí PI (inf. Edilson Matos, Ivete Mendonça, Jaerth Coutinho, Luciano Lucena, Maria Christina Muratori e Maria Nasaré Araripe).

            12. Rio de Janeiro RJ (inf. Carlos Eduardo dos Santos Diniz, Enedy Bolina, Paulo Araújo, Rita Redaelli, Sonia Barbosa dos Santos, Walcyr Teixeira Júnior, William do Amaral).

            13. Rondônia RO (inf. Pedro Pacheco).

            14. Santa Catarina SC (inf. Ana Mitidiero, Aimê Rachel, José Carlos Tarasconi).

            15. São Paulo SP (todo o litoral, de Cananéia a Ubatuba, incluindo a Ilhabela, faixa onde já é séria praga de hortas;
            Americana, Atibaia, Botucatu, Jarinu, Jundiaí, Lençóis Paulista, Limeira, Nazaré Paulista, Paulínia, Piracicaba, Ribeirão Preto e Sumaré, no planalto;
            informações de Adriana Carla Betioli, Álvaro Silveira, Ana Cláudia Pavani, Antonio Celso Guimarães Prado, Antonio Mattar, Fabiana Patucci, Denise M. E. Formaggia, Emília Itakawa, Frederico Faé, Horácio M. S. Teles, Luiz Roberto Fontes, José Coltro Jr., José Luiz Fernandes da Motta, Maria Aparecida Alves da Silva, Maria Martha Argel-de-Oliveira, Mauricio Dainese, Osmar Domaneschi, Pedro Pacheco, Roberto Alegria, Roberto S. Kekeny, Rodrigo Ortega, Ronaldo Pfaff, Wagner Avelar e William do Amaral);

          Achatina fulica já atacou muitas áreas de cultura olerícola (hortas) no Estado de São Paulo, especialmente no litoral médio do Estado.

          Segundo o pesquisador Luiz Ricardo L. Simone, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, um fazendeiro da cidade de Simões Filho, Bahia, teve em 1999 sua propriedade infestada de Achatina trazida por um vizinho que desistiu de criá-la. Ele informou que perdeu toda a produção de hortaliças e que mesmo a lavoura de mandioca foi atacada, consumindo as acatinas a casca dos ramos.

          O fato de a acatina consumir plantas ruderais (invasoras de culturas) permite seu estabelecimento em áreas agrícolas, mesmo que sem culturas estabelecidas.

          Em alguns países a praga exigiu esforços concentrados e custosos para seu controle, geralmente sem sucesso. Em diversos países asiáticos a espécie continua sua obra de devastação.



        D. Introdução no Brasil

          Produtores brasileiros de “escargots” (caracóis europeus do gênero Helix) importaram Achatina fulica para criação como sucedâneo dessas espécies, sem nenhuma preocupação com os possíveis danos à agricultura, às florestas e à saúde pública que caramujos escapados de suas criações pudessem causar.

          Achatina fulica tem sido também impensadamente criada como isca para pesca em pesqueiros comerciais (“pesque-pagues”), ao longo dos cursos-d’água.

          Importante
          Indivíduos de Achatina tem escapado desses criadouros para a vida livre em diversos Estados brasileiros, e muitas vezes soltos por criadores que desistiram da criação (ao verificar o insucesso comercial da iniciativa).

          Importante
          Caminho inverso realizam alguns criadores que coletam indivíduos ferais (asselvajados, em vida livre) de Achatina para levá-los aos criadouros experimentais e comerciais.

          Importante
          Uma vez estabelecidos em dada região, os caramujos são dispersos involuntariamente por veículos (especialmente trens e caminhões) e em meio à carga.

          Deve-se lembrar que em muitos países os próprios “escargots” (Helix spp.) tiveram a criação e importação proibida pela possibilidade de se tornarem importante praga agrícola, especialmente em hortas (Canadá e Estados Unidos, por exemplo).

          Nas regiões sub-tropicais do Brasil (Estados do sul) o “escargotHelix aspersa já é praga de hortas, sendo a intensidade de ataque maior nos últimos anos.


          Criadores do falso “escargot” (Achatina fulica) alegam que a produção atende a interesse social, por ser nova opção de fonte de proteínas para a população. A alegação é, além de falsa, tendenciosa:
              1. a fonte de alimento é restrita, pois a densidade de criação é muito baixa por unidade de área, se comparada a alimentos protéicos vegetais (feijão, amendoim, soja, folha de mandioca, sementes de babaçu e de macaúba e outros);
              2. os custos de produção são grandes (muito maiores que o da carne de frango, de bovinos e de peixes), gerando produto de valor elevado, acessível apenas para consumidores que podem comprar produtos finos, como “escargot” (Helix), ostra, mariscos, salmão, atum, camarão-da-malásia, faisão, codorna, bobby-white, javali, coelho, capivara, jacaré e outras iguarias; a carne de acatina será sempre artigo de luxo, disponível apenas para a elite econômica.

          Interessa-nos mais a sobrevivência física da base da pirâmide social, continuamente órfã de governos e submetida aos processos atuais globalizantes, causadores e mantenedores de miséria e de desigualdades sociais.

          Incluem-se nesse processo os pequenos proprietários rurais, eternamente em desvantagem em relação às forças produtivas globais, cartéis e monopólios efetivos
          .



        E. Achatina e saúde pública

          O encontro de A. fulica em vida livre no Brasil também é importante por se tratar de espécie envolvida na transmissão do verme Angiostrongylus cantonensis (= Parastrongylus cantonensis, nematóide ainda não assinalado no Brasil, mas presente em Cuba) causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana (ou angiostrongilose meningoencefálica ou meningite eosinofílica) (Teles e Fontes, 1998).

          Achatina fulica pode hospedar ainda o verme Angiostrongylus costaricensis, agente da angiostrongilíase abdominal (ou angiostrongilose abdominal), doença grave com centenas de casos já reportados no Brasil. Esta doença pode resultar em óbito por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal.


          A infectologista Silvana Carvalho Thiengo
          (Fundação Oswaldo Cruz) constatou infestação de indivíduos de “escargotHelix pomatia por Angiostrongylus costaricensis (com. pes., 20 jul. 2001).


          A identificação do verme em amostras de tecidos (de necrópsias ou biópsias) é difícil ovos do verme não aparecem nas fezes dos pacientes e a própria zoonose é desconhecida da maioria dos médicos sanitaristas e patologistas. Os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças.


            Importante
            Sintomas da angiostrongilíase abdominal

            1. Dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos.

            2. Exames físicos revelam a presença de massa intra-abdominal que pode ser confundida com tumores ou abscessos.

            3. Exames de laboratório acusam leucocitose e eosinofilia.

            4. Ocorrem dificuldade de preenchimento e irritação intestinais.

            5. Lesões patológicas são encontradas no apêndice e intestino adjacente e em nódulos linfáticos.

            Fonte: (Rosen, 1975).



          Importante
          Os hospedeiros intermediários de ambas as espécies de parasitos são moluscos (incluindo lesmas e caracóis comuns em hortas), e os hospedeiros definitivos, roedores.

          Esses roedores incluem as três espécies de ratos ligadas ao homem:
              ratazana ou rato-de-esgoto – Rattus norvegicus;
              rato ou rato-de-telhado – Rattus rattus; e
              camundongoMus musculus, todos da família Muridae e com populações enormes em muitos ambientes humanos, onde são vetores diretos e indiretos de outras doenças humanas.

          Desconhece-se se roedores silvestres possam ser reservatórios dessas verminoses.

          Importante
            Foram concluídas recentemente experimentos sobre a susceptibilidade de Achatina fulica ao nematóide Angiostrongylus costaricensis, verme causador da angiostrongiloidíase abdominal.
                Nessas pesquisas Achatina fulica mostrou-se suscetível à transmissão do parasita, confirmando preocupações de especialistas com a possibilidade do alastramento da doença.
                Os dados da pesquisa serão brevemente publicados em periódico da área médico-sanitária (Horácio M. S. Teles, com. pes., jan. 2000).
          Um dos problemas da introdução de Achatina fulica é que, além de ser transmissor potencial desses vermes, é criado para consumo, expondo, portanto, a população humana envolvida nessa atividade zootécnico-comercial, bem como usuários, ao risco de contrair as verminoses.

          Importante
          Esse risco pode ser muito aumentado pela possibilidade da invasão da criação por lesmas e caracóis comuns em hortas (eventualmente contaminados) e pela possível captura de indivíduos asselvajados para dar início a criações; esses indivíduos já podem estar contaminados por Angiostrongylus sp.

          Importante
          Fato já verificado pelo autor algumas vezes é a presença de indivíduos de Achatina em terrários de escolas, tendo sido coletados os exemplares em pelo menos um caso em área de vegetação natural.
              A simples manipulação dos caramujos vivos por crianças (como em áreas de favelas peri-urbanas) pode acarretar contaminação, pois os vermes podem ser encontrados no muco corporal dos caramujos (inf. Horácio M. S. Teles, com. pes., mar. 2000).

          Ao visitar hortas e pomares pode eventualmente contaminar verduras e frutas, e disseminar doenças das culturas (como comprovado experimentalmente).

          Importante
          O problema poderá ser intensificado, pois alguns criadores coletam indivíduos em vida livre) de Achatina para levá-los aos criadouros, sem saber se estão contaminados pela verminose.

          Importante
          Os pequenos agricultores das zonas tropicais do país já são cronicamente assolados por endemias e parasitoses: aftosa, ancilostomíase (“amarelão”) e mais verminoses intestinais, berne, esquistossomose (“barriga-d’água”), febre amarela, febre maculosa, leishmaniose (“úlcera-de-Bauru”), malária, mal-de-chagas, miíase (“bicheira”), pediculose (piolhos), escabiose (sarna) e muitas outras.
              Sua situação sanitária é agravada pelo descaso governamental, que inclui a debilidade e dificuldades do ensino rural.

          Agora os minifundiários (e funcionários de empresas rurais, peões, meeiros, agregados, castanheiros e mais coletores, seringueiros, indígenas e suas famílias) correm o risco de possíveis endemias de angiostrongiloidíase abdominal.
              Esta parasitose é muitas vezes fatal, incurável e de difícil diagnóstico e controle, por ter a Achatina populações asselvajadas em muitos ambientes vizinhos aos assentamentos rurais (áreas agrícolas, retiros, povoações, sedes de sítios).

          O fato de que animais domésticos (gado, galinhas, cães) também possam ser hospedeiros de agentes de endemias e nem por isso devam ser eliminados vem sendo utilizado por criadores de Achatina fulica como pretexto para que se tolere sua presença no Brasil sem qualquer controle governamental.
              A alegação carece de fundamento, pois todos os animais domésticos podem ser vacinados ou sacrificados, mas as populações de Achatina asselvajadas estão quase totalmente fora do alcance de eventuais ações preventivas.
              Caracóis e lesmas agrícolas e ratos domésticos, vetores e hospedeiros de Angiostrongylus, são relativamente fáceis de controlar com o uso de técnicas integradas modernas.

          Esse fato assemelha-se à polêmica criada nas décadas de 1970 e 1980, quando as campanhas de erradicação da febre-aftosa no Brasil esbarraram na resistência de muitos criadores de gado bovino à vacinação de seus rebanhos (nem sempre pequenos). Isso fez com que houvesse permanentemente focos da endemias em muitas regiões.
              Somente a ameaça da perda de receita pelo governo levou-o à ação enérgica, que agora inexiste com relação à Achatina e ao Angiostrongylus costaricensisis.


            Importante
            Achatina e febre-amarela

            Segundo Mead (1979:32) foi constatado que na Tanzânia conchas de Achatina fulica mortos, cheias por chuvas, hospedavam pequenas populações de Aedes aegypti, mosquito vetor da febre-amarela (e da dengue e dengue-hemorrágica, no Brasil), e de outras espécies de mosquitos.

            O fato foi confirmado pelo compilador desta página, tendo obtido larvas de Aedes sp. em conchas de Achatina mantidas cheias de água limpa (Campinas, São Paulo, área urbana, jan.-abr. 2001; dados em coleta) sob controle em laboratório.
                Constatou-se nesse período média de 0,22 larvas de Aedes sp. por concha em cada lote analisado; a média foi de até 0,5 em fevereiro e 0,12 em abril.

            Considerando-se que:
                1.acatinas morrem frequentemente com a abertura voltada para cima;
                2. nas regiões brasileiras onde a Achatina já se encontra em altas densidades ocorre tanto a dengue (endêmica – sempre negada – ou esporádica) quanto seus vetores Aedes aegypti e Aedes albopictus;
                3. essas regiões possuem estações com chuvas fortes e contínuas (planaltos do interior) ou regime de chuvas mais ou menos contínuo (litoral, Amazônia);
                torna-se viável a predição de que o fato possa ter em breve importância epidemiológica significativa, de controle problemático.



        F. Impacto sobre ambientes naturais

          Tentativas ulteriores de controle químico e biológico e a proliferação de eventuais inimigos naturais introduzidos poderão levar à depressão de populações de caramujos nativos, como os Megalobulimus spp. (aruás) e Orthalicus spp. (caramujos-do-café), de baixa densidade ecológica, crescimento lento, reduzida fecundidade e hábitos alimentares especializados.
              Sobre tentativas fracassadas de controle biológico de Achatina fulica, desastrosas para populações de moluscos nativos, leia-se Gould,
          1993 e IUCN, s. d.

          A D.ra Sonia Barbosa dos Santos (UERJ) comunicou-me (2 maio 2002) que indivíduos de Megalobulimus cf. oblongus mantidos nas mesmas gaiolas que Achatina fulica, em laboratório, entraram em letargia, interromperam qualquer atividade e morreram em 15 dias. Essa interação pode se repetir em ambientes naturais, quando o molusco invasor atingir densidades altas ou, mesmo em densidades menores, se existir fator químico (alelopatia) envolvido.

          Esse efeito, se confirmado em áreas naturais, pode levar à depressão de populações de espécies de Megalobulimus e de outras espécies nativas de moluscos, algumas delas, endêmicas e raras, antes mesmo de serem conhecidas pela Ciência.


          Importante
          Em laboratório constatou-se consumo de folhas e frutos de diversas espécies de plantas nativas do sudeste brasileiro (acantáceas, arecáceas, cactáceas, piperáceas, zingiberáceas) por indivíduos de Achatina fulica, prevendo-se o estabelecimento de populações desse molusco em áreas naturais, especialmente em bordas de florestas.

          O impacto da espécie sobre nossas florestas implantadas e naturais e outros biomas (cerrados, caatinga, manguezais, restingas, capoeiras, catanduvas, campos, brejos, Pantanal, etc.) é imprevisível.



        G. Responsabilidade do Estado e das associações livres

          G.1. Ações positivas

          G.1.1
          O
          processo 21000.001595/2002-61 do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal – DDIV do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, intitulado “Controle e Erradicação da Praga Achatina fulica no Brasil”, previu reunião (com pesquisadores e com defensores da praga), realizada a 12 e 13 de novembro de 2002 em Brasília no – DDIV/ MAPA.
              Participaram da reunião: eng.os agrônomos D.r Odilson Luiz Ribeiro e Silva, Eudes de Almeida Mousinho e Luiz Otávio de Queiroz Neves (DDIV/ Ministério da Agricultura e Abastecimento); D.ra Carla Medeiros y Araújo (Universidade de Brasília); D.ra Norma Campos Salgado (Museu Nacional); Eng.o agrônomo Celso do Lago Paiva (CMU/ UNICAMP); D.ra Silvana C. Thiengo (Instituto Oswaldo Cruz); William do Amaral (Fundação CEDIC).

          O processo em questão foi motivado pelo documento elaborado pela Sociedade Brasileira de Malacologia (datado de 30 out. de 2001) intitulado “Moluscos exóticos introduzidos no país, principalmente Achatina fulica Bowdich, 1822”. Fonte: mensagem a 24 set. 2002 da D.ra Carla Medeiros y Araújo, do Departamento de Genética e Morfologia, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília e Coordenadora da Região Centro-Oeste da Sociedade Brasileira de Malacologia – yaraujo@unb.br.

          O parecer do DDIV/ MAPA, relatado pelo Eng.o agrônomo Eudes de Almeida Mousinho e apresentado na reunião, sugere a proibição da importação para o Brasil, criação e comércio de Achatina fulica no território nacional.


          Novo
          G.1.2
          Após vários anos de indiferença em relação à invasão por Achatina fulica, o IBAMA interessou-se pelo controle, segundo notícia veiculada oficialmente:
              “A Campanha de controle do caramujo africano Achatina fulica, foi lançada no último fim de semana em Parnamirim, Rio Grande do Norte, numa parceria entre a Prefeitura Municipal e a Gerência Executiva do Ibama/RN. Ao final do primeiro dia de campanha, cerca de meia tonelada de caramujos foi retirada da natureza. O dia C (combate ao caramujo) como ficou conhecida a data de 03 de abril mobilizou a comunidade reunindo cerca de 1.610 alunos, 170 agentes do programa de saúde da família, 101 agentes de endemias, além de dezenas de voluntários, que devidamente equipados com luvas e sacos plásticos saíram à cata do molusco em terrenos baldios, casas e áreas próximas a lagoas.” “Programa piloto de combate ao caramujo africano é lançado no Rio Grande do Norte” (fonte: http://www.ibama.gov.br/noticias/materia.htm?id=1565, 6 abr. 2004).

          Novo
          G.1.3
          “De autoria do Vereador Paulo Sérgio Trícoli Patara, Lider do PV e com o apoio técnico/ científico do IBH a Estância de Atibaia/ SP é o 1.o município no Brasil a sancionar uma Lei [n.o 3.377, de 30 de dezembro de 2003] proibindo os cursos, a criação, o comércio e o transporte de Achatina fulica... e outros moluscos invasores”.


          G.1.4
          O Exército brasileiro manifestou reiterado interesse na invasão por Achatina fulica, por motivos estratégicos e geopolíticos (abastecimento interno de alimentos, endemias em zonas de fronteira e contaminação de tropas) (Prof. José Luiz Moreira Leme, com. pes., fev. 2000).


          G.2. Ações negativas

          Novo
          G.2.1
          Mensagem recebida de William Amaral, da Fundação CEDIC (31 mar. 2004):
              “Assunto: Ministério da Agricultura divulga vídeo escargot
              Para que se preocupar com a saúde da população ou com que as pessoas invistam em algo realmente rentável e que lhes proporcionem segurança? Para que tanto dinheiro investido em pesquisas e orientações, reuniões com os Ministérios em Brasília. Nada mais tenho a comentar.
              O Ministério da Agricultura divulga no seu próprio portal, cursos para criadores de escargot em vídeo.
                      William
              http://www.agricultura.gov.br/portal/page?_pageid=36,130524&_dad=portal&_schema=PORTAL
              Agrocursos em Vídeo. Agrodata/Vídeo Par – Cursos Agropecuários em vídeo, tais como [...] escargot [...]”
              Resposta de Luiz Fontes (31 mar. 2004):
              William, é um despropósito. Gravei no site deles a mensagem:
              Com tanta campanha pelo banimento do caramujo Achatina fulica (por ser praga agrícola; praga dos cultivos de subsistência; praga de plantas urbanas; praga urbana pela proliferação excessiva e transtornos aos habitantes; espécie não nativa no continente, acarretando risco às espécies de caracóis nativos; transmissão de verminose a seres humanos e a animais; risco de urbanização de zoonose), agora vem o próprio Ministério da Agricultura apoiar a disseminação da praga.
              Às vezes, sinto vergonha de dizer que sou brasileiro. É falta de seriedade ou apenas desconhecimento da realidade? Por favor, informem-se sobre o assunto! O próprio IBAMA (com muito atraso) manifesta-se contra a criação e disseminação dessa praga, ingenuamente designada escargot. Basta consultar http://www.cedic.org.br.


          G.2.2
          A Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo e o Ministério da Saúde, alertados do problema que envolve a introdução e criação da Achatina fulica, praga agrícola e vetor de doenças de conhecimento mundial, até agora (março de 2002) não se manifestaram.

          Dessa forma organismos públicos que deveriam estudar, avaliar, esclarecer a população e tentar controlar a difusão desse organismo exótico danoso se eximem e apoiam iniciativas ligadas a sua criação e comercialização.

          G.2.3
          Apesar da abundante literatura que consigna Achatina fulica como praga agrícola e vetor de doenças humanas, Achatina fulica foi pesquisada e recomendada por Pedro Pacheco e Maria de Fátima Martins dos Santos Lima, pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP) em Piraçununga SP para fim de experimentação como sucedâneo de espécies de “escargot” (de clima temperado).

          G.2.4
          Desde 1995 a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) tem liberado financiamentos para projetos da equipe da FMVZ-USP, visando obtenção e desenvolvimento de procedimentos zootécnicos para a produção de Achatina fulica (http://www.fapesp.br/ciencia5113.htm).

          G.2.5
          Outros pesquisadores da USP estudam a cicatrização de tecidos tratados com o muco de Achatina fulica (http://www.fapesp.br/ciencia5113.htm).

          G.2.6
          A AEASP (Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo) e o Instituto de Pesca do Estado de São Paulo ministram cursos sobre criação de Achatina e vendem “matrizes” dessa espécie, contribuindo ativamente para a disseminação da praga.

          G.2.7
          Pesquisadora de uma dessas instituições coleta “matrizes” [sic] em vida livre no litoral para “pesquisas” [sic] e para venda a criadores.

          G.2.8
          Achatina foi
          recomendada para criação comercial em artigo em publicação da AEASP (Mundo Agrícola AEASP 1(3):24-25, ago. 1999, São Paulo) sem o devido esclarecimento sobre provável impacto negativo dessa espécie nos ambientes agrícolas brasileiros.

          G.2.9
          O Instituto Agronômico de Campinas (Secretaria da Agricultura) cede suas instalações para que empresa particular realize o curso “Criação e comercialização de escargot – uma carne em expansão de mercado” (ministrado por Paulo Chotoku Makabe) [Boletim Contagro 1(3), março 2001].
              Desconhecemos se durante o curso são repassadas aos alunos informações sobre os problemas potenciais e efetivos ligados a Achatina e sobre as restrições existentes contra essa atividade.


          G.2.10
          O Banco do Brasil, através de suas páginas sobre agronegócios, divulga texto (da autoria de José Walter de Barros Cruz) que recomenda enfaticamente a criação de Achatina fulica, sem mencionar o caráter de praga agrícola do molusco, nem os riscos sanitários de sua criação e dispersão (http://www.agronegocios-e.com.br/artigos/criar.asp).

          G.2.11
          A Prof.a Ana Tereza Mendonça Viveiro, pesquisadora do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras – UFLA, através das páginas da Sociedade Nacional de Agricultura, recomenda a criação de Achatina fulica, igualmente sem mencionar riscos agrícolas e sanitários (http://www.snagricultura.org.br/artitec-helicicul.htm).

          G.2.12
          A Universidade Federal Rural de Pernambuco oferece (2002) em seu campus de Recife, no bairro Dois Irmãos (zona oeste da cidade), cursos de criação de Achatina fulica, criada por professor dessa instituição.
              Essa criação tornou-se centro regional pioneiro de difusão de indivíduos escapados da espécie-praga, abundantes tanto no campus quanto nos arredores.

          G.2.13
          As centenas de criações existentes por todo o país, a maioria amadorística, não recebem fiscalização de qualquer forma pelos governos.

          G.2.14
          O SEBRAE disponibiliza ao público vídeo de treinamento intitulado “Como criar escargots – petit gris, gros gris e achatina fulica” (inf. Enedy Bolina).
              Note-se o uso indevido do termo “escargot”, neste caso plenamente aplicável apenas a petit gris e ao gros gris.

          G.2.15
          Apenas a SUCENSuperintendência de Controle de Endemias, ligada à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, se mobilizou, estando vários de seus pesquisadores estudando ativamente Achatina como vetor de doenças nesse Estado, bem como divulgando informações sobre o problema.

          G.2.16
          Importante
          O impacto negativo do molusco invasor Achatina fulica sobre a agricultura (já realidade no litoral leste brasileiro) ainda não mereceu estudos (pesquisas, avaliações) por parte das faculdades de Engenharia Agronômica, Zootecnia, Medicina e dos institutos e órgãos oficiais de pesquisa agrícola e assistência técnica (CATI, EMBRAPA, EPAGRO, IAC, IAPAR, IEA, IZ e outros) e médica.

          Importante
          Insere-se no quadro da responsabilidade estatal o fornecimento de educação de qualidade, especialmente no meio rural, incluindo campanhas permanentes de higiene e de medicina preventiva.


          Importante
          O descaso dos governos municipais, estaduais e federal pela situação e o incentivo desses governos à criação do molusco contribuem ativamente para o agravamento da invasão por Achatina fulica, dos danos agrícolas e da possibilidade da angiostrongilíase abdominal se tornar endemia rural e urbana.
              Os governos atuam, assim, contra os interesses da população e devem ser por isso responsabilizados.


          A passividade geral, aceitando tudo o que é deletério e prejudicial, mais uma vez reforça as forças oligárquicas representadas nos governos, alheias aos interesses gerais.

          Cabe à população se mobilizar e cobrar providências. Os funcionários governamentais esclarecidos com certeza se sensibilizarão, cumprindo seu papel de servidores.



          Novo
        H. Como controlar a praga

          O primeiro passo para controle de indivíduos livres (invasores) de Achatina fulica é identificar o animal. Sempre envie algumas conchas para um malacólogo (especialista em Moluscos). Escreva para Celso do Lago Paiva, Editor desta página, para que seja informado do especialista mais próximo
              Uma vez identificada por especialista, o controle deve ser envidado sem demora.

          O método recomendado de controle de Achatina fulica envolve:
              1. catação manual (com luvas descartáveis ou sacos plásticos) de moluscos e de seus ovos;
              2. embalagem em sacos plásticos e
              3. incineração.

          Esse é o único método de controle empregado em todo o mundo.

          Em locais sujeitos à infestação devem ser colocadas iscas das plantas preferidas por eles, umedecidas, ao lado de montes de palha grossa e de telhas emborcadas, nos quais os caramujos se refugiarão no fim da madrugada, e onde serão coletados de manhã.
              Pedaços de reboco com caiação ou de cal extinta, endurecida, podem agir como atrativos, ao lado dos vegetais.

          A catação deve ser repetida com frequência, ao longo do ano, sem interrupção (dada a grande fecundidade da espécie e sua atividade no inverno em regiões úmidas) e deve incluir áreas urbanas, áreas agrícolas (especialmente hortas e roças), áreas agrícolas abandonadas, capoeiras e bordas de matas e de brejos.

          As áreas ao redor dos criadouros de Achatina (onde se originam as invasões) devem ser privilegiadas nas campanhas de catação. A fotografia e a filmagem dessas atividades nessas áreas poderão ser usadas em ações populares contra os criadores especialmente irresponsáveis.

          Importante
          É aconselhável coletar espécimes de acatina de varias idades (em álcool) como provas datadas em eventuais processos judiciais contra criadores de acatina e perícias, bem como fotografar e filmar os estragos (com datas). A identificação por zoólogo especialista poderá ser solicitada, justificando a coleta de exemplares. Também a análise dos moluscos visando identificação de infestação por Angiostrongylus é possibilitada pela coleta de exemplares.

          Caso inexista incineração de lixo hospitalar, cerâmicas ou metalúrgicas na região, os animais coletados poderão ser enterrados em local apropriado, com cuidados devidos. Mas essa solução é desaconselhada. Sugere-se incineração parcial em tambores e/ ou adição de hipoclorito (cloro) antes do enterramento (com os cuidados devidos).

          De forma alguma devem ser utilizadas iscas moluscicidas (à base de metaldeído) ou outros venenos por seu elevado risco de envenenamento do lençol freático, de animais domésticos, de crianças e de deficientes mentais. Esses acidentes são fatais e esperados quando essa iscas são usadas, mesmo com todo controle. Além disso espécies nativas de moluscos podem ser atingidas, o que caracteriza crime ambiental.

          O uso de sal de cozinha (cloreto de sódio) é desaconselhado, por ser ineficiente, impedir coletas futuras, atrair animais domésticos e selvagens e salinizar o solo.

          Medidas destinadas a desestimular a criação dessa praga devem ser tomadas, através de campanhas, folhetos, palestras, visitas a criadores, reportagens em jornais, etc., ressaltando seu caráter de praga e de potencial veiculo de doenças graves.

          O Procurador do Meio Ambiente e os juízes de direito locais devem ser informados do problema, das responsabilidades e das tentativas de controle, bem como a Secretaria Municipal de Saúde, a Casa da Agricultura (agrônomos regionais), associações civis de ativismo ecológico e associações e cooperativas de produtores rurais.

          O pessoal envolvido no controle deve ser treinado e informado dos riscos e de sua responsabilidade.



          I. Bibliografia
          impressa


          As publicações marcadas com <> fazem referência a Achatina fulica como praga agrícola (destruidora de plantas de interesse econômico), embora possam tratar também de questões médico-sanitárias.

          O marcador “Importante” indica publicações que indicam Achatina fulica como hospedeiro dos nematóides Angiostrongylus spp., causadores de parasitoses humanas.


        1. <> ABBOTT, R. T. March of the Giant African Snail. Natural History 58:68-71, 1949.

        2. ABBOTT, R. T., 1951. Operation Snailfolk. Natural History 60:280-285.

        3. ALICATA, J. E., 1962. Observations on the occurrence of the rat lungworm, Angiostrongylus cantonensis in the New Caledonia and Fiji. Journal of Parasitology 48:595.

        4. ALICATA, J. E., 1962. Angiostrongylus cantonensis (Nematoda, Metastrongylidae) as a causative agent of eosinophilic meningoencephalitis of man in Hawaii and Tahiti. Canadian Journal of Zoology 40(1):5-8.

        5. ALICATA, J. E., 1962. Observations on the method of human infection with Angiostrongylus cantonensis in Tahiti. Canadian Journal of Zoology 40:744.

        6. ALICATA, J. E., 1963. Incapability of vertebrates to serve as paratenic hosts for infective larvae of Angiostrongylus cantonensis. Journal of Parasitology 49(5, sect. 2):48.

        7. ALICATA, J. E., 1963. The incidence of Angiostrongylus cantonensis (Chen) among rats and molluscs in New Caledonia and nearby islands and its possible relation to eosiniphilic meningitis, Noumea, New Caledonia. South Pacific Comm. Tech. Paper 139:1-9.

        8. ALICATA, J. E., 1963. Morphological and biological differences between the infective larvae of Angiostrongylus cantonensis and those of Anafilarioides rostratus. Canadian Journal of Zoology 41:1179.

        9. ALICATA, J. E., 1964. Pigs and calves as carrier hosts for the infective of Angiostrongylus cantonensis. Journal of Parasitology 50(3, sect. 2):39.

        10. ALICATA, J. E., 1964. Parasitic infections of man and animals in Hawaii. Technical Bulletin of the Hawaii Agriculture Experimental Station 61:1.

        11. ALICATA, J. E., 1964. Land crabs as probable paratenic hosts for the infective larvae of Angiostrongylus cantonensis. Journal of Parasitology 50(3, sect. 2):39.

        12. ALICATA, J, E., 1965. Biology and distribution of the rat lungworm Angiostrongylus cantonensis and its relationship to eosinophilic meningoencephalitis and other neurologic disorders of man and animals. Advances in Parasitology, p. 223-48.

          Importante
        13. ALICATA, J. E., 1966. The presence of Angiostrongylus cantonensis in Islands of the Indian Ocean and probable role of the giant African snail, Achatina fulica, in dispersal of the parasite to the Pacific Islands. Canadian Journal of Zoology 44:1041.

        14. ALICATA, J. E., 1967. Effect of freezing and boiling on the infectivity of third-stage larvae of Angiostrongylus cantonensis present in land snails and freshwater prawns. Journal of Parasitology 53:1064.

        15. ALICATA, J. E., 1967. Absence of Angiostrongylus cantonensis among rodents in parts of Central and South America. Journal of Parasitology 53:1118.

        16. ALICATA, J. E.; McCARTHY, D. D., 1964. On the incidence and distribution of the rat lung-worm Angiostrongylus cantonensis in the Cook Islands with observations made in New Zeland and western Samoa. Canadian Journal of Zoology 42:605.

        17. ALICATA, J. E.; NISHIMURA, K., 1965. On the presence of Angiostrongylus cantonensis among wild rats in Okinawa. Journal of Parasitology 51: 822.

        18. <> AMARAL, William do, 2002. Programa nacional de saneamento ambiental da invasão da Achatina fulica - preocupação nacional. Atibaia, Fundação CEDIC, 95 p., il. Exemplar pode ser solicitado ao autor.

        19. <> AMARAL, William do, 2002. Programa nacional de saneamento ambiental da invasão da Achatina fulica - preocupação nacional [Documentos]. Atibaia, Fundação CEDIC, [35 p.], il. Exemplar pode ser solicitado ao autor.

        20. ANDERSON, R. C., 1971. P. 81-126 in: DAVIS, J. W.; Anderson, R. C., ed.s. Lungworms in parasitic diseases of wild mammals. The Iowa State University Press.

        21. ASH, L. R., 1962. Observations on the helminth parasites of rats in Hawaii. Journal of Parasitology 48:66.

        22. ASH, L. R., 1967. Observations on the role of mollusks and other invertebrates in the transmission of Angiostrongylus cantonensis infection to man in New Caledonia. In: South Pacific Comission Seminar on Helminthiasis and Eosinophilic Meningitis, Noumea, New Caledonia June 5-16.

          Importante
        23. BISSERU, B., 1971. The prevalence of Angiostrongylus cantonensis larvae collected from the giant African snail, Achatina fulica in west Malaysia and Singapore. Southeast Asian Journal of Tropical Medicine & Public Health 2(4):523-26.

        24. BOYLE, P. R., 1981. The Giant African Snail Achatina fulica. P. 37-39 in: Molluscs and man. London, Edward Arnold.

        25. BUNNAG, T., 1991. Angiostrongylus cantonensis. P. 767 In: STRICKLAND G. T., ed. Hunter’s tropical medicine. 7.ed. Philadelphia, W. B. Saunders.

        26. <> CARACOL já infesta 21 Estados. Jornal do Commercio, Recife, 21 jul. 2001, caderno Cidades, p. 6.

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        29. CARNEY, W. P.; STAFFORD, E. E.; PURNOMO; TANUDJAJA, S., 1978. Angiostrongyliasis in Indonesia: additional geographic and host occurrence records. Southeast Asian Journal of Tropical Medicine & Public Health 9(4):516-9.

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              Abstract:
              “The giant African snail (Achatina fulica) was intended as a food source for humans but became an agricultural pest.”
              Versão em pdf disponível no endereço http://www.issg.org/booklet.pdf


          Importante
        56. KLIKS, M. M.; KROENKE, K.; HARDMAN, J. M., 1982. Eosinophilic radiculomyeloencephalitis: an angiostrongyliasis outbreak in American Samoa related to the ingestion of Achatina fulica snails. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene 31(6):1114-22.

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              * rachel@ccb.ufsc.br
              Excertos:
              “Este molusco é uma praga agrícola [...] causando [...] grande prejuízo para o agricultor [...]
              esta nova ocorrência acrescenta Santa Catarina na área de distribuição dessa praga agrícola.”


        63. MALEK, Emile A., 1980. Nematodiases transmitted by snails: angiostrongyliasis. P. 281-297 in: Snail-transmitted parasitic diseases. Vol. II. Boca Raton, CRC.

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              * Instituto de Zoología Tropical, Facultad de Ciencias, Universidad Central de Venezuela, Apartado Postal 4758, Caracas 1041-A
              ** emarmo@cantv.net
              Abstract:
              “The present note is based on the capture of one specimen of Achatina fulica (Mollusca? Gastropoda – Achatinidae) in the neighborhood of Altamira, Municipality of Chacao (State of Miranda), located northeast of Caracas.
              To the present, this finding is the first case reported in the country about the introduction and dispersion of the Giant African snail (Achatina fulica) that is worldwide recognized as a potential harmful plague to the agriculture and public health.”


        66. <> MEAD, A. R., 1961. The Giant African Snail: a problem in economic malacology. Chicago, Univ. of Chicago Press.

          Importante
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          Disponível na rede mundial.

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              Excertos:
              “A. fulica [...] é atualmente uma das espécies mais adaptadas às diferentes regiões do Brasil, tornando-se uma verdadeira praga para olericultura, por apresentar alta prolificidade e ganho de peso [...]
              Este é o primeiro relato da ocorrência de A. fulica na região norte do Brasil, com menção especial para a cidade de Belém.”


        74. <> PETITJEAN, M., 1966. Le contrôle biologique des mollusques nuisibles. Année biologique 5:271-295.

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              Importante e completa síntese sobre moluscos como hospedeiros de Angiostrongylus cantonensis e de Angiostrongylus costaricensis em todo o mundo, com diversas referências a Achatina fulica.

        82. ROSEN, Leon, 1975. Angiostrongyliasis. P. 567-571 in: HUBBERT, William T.; MCCULLOCH, William F.; SCHNURRENBERGER, Paul R., eds. Diseases transmitted from animals to man. Springfield, Charles C. Thomas.

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        90. YEN, C. M.; CHEN, E. R.; CHENG, C. W., 1990. A survey of Ampullarium canaliculatus for natural infection of Angiostrongylus cantonensis in south Taiwan. Journal of Tropical Medicine & Hygiene 93(5):347-50.

        91. YONG, W. K.; WELCH, J. S.; DOBSON, C., 1981. Localized distribution of Angiostrongylus cantonensis among wild rat populations in Brisbane, Australia. Southeast Asian Journal of Tropical Medicine & Public Health 12(4):608-9.


          Referências bibliográficas adicionais sobre Achatina estão disponíveis nas obras listadas acima e nas páginas digitais a seguir.



          J. Bibliografia digital


            Informe o autor desta página se algum dos vínculos (“links”) abaixo não estiver funcionando.

            Listas nacionais de quarentena proibindo entrada de Achatina fulica:
              1. Austrália
              2. Canadá
              3. Canadá
              4. China
              5. Israel



          1. Achatina fulica - Caramujo gigante africano - SUCEN SP.
          http://www.sucen.sp.gov.br/
          caramujo.htm

              Excertos:
              “Este caramujo terrestre foi introduzido no Brasil em 1988 [...]
              Esses caramujos transmitem verminoses: Angiostrongylus cantonensis causa uma meningite (não há casos descritos no Brasil) e Angiostrongylus costaricensis acarreta a angiostrongilíase abdominal, que pode ser fatal e ocorre nas regiões central, sudeste e sul do país, com dezenas de casos confirmados.
              Outras espécies de caramujos terrestres, lesmas e caramujos aquáticos, presentes no Brasil, também transmitem esses parasitas.
              O homem contrai a doença ao ingerir caramujos infectados ou larvas do verme encontradas no muco que o caramujo secreta em verduras, legumes e frutas.
              Medidas de prevenção e controle [...]”

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          2. ANGIOSTRONGYLUS in the infant at Reunion and Mayotte, apropos of three cases of eosinophilic meningitis including one fatal radiculomyeloencephalitis with hydrocephalus.
          http://mobiletel2.mobiletel.com/~abdk/vntemail.htm

          “We report the first case of Angiostrongylus cantonensis infection in the French island of Mayotte (Comoro Islands) and we confirm the presence of this disease in Reunion island. In this Indian Ocean area, eosinophilic meningitis occurs most of the time in infants with sometimes severe radiculomyeloencephalitic forms. The origin of these occasionally massive infections is the giant African snail Achatina fulica.”

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          3. ASQUITH, Adam, 1995. Alien species and the extinction crisis of Hawaii’s invertebrates. Endangered Species UPDATE 12(6).
          http://eelink.umich.edu/ESupdate/ESupdate.alienHA.html

          “In 1956, the predatory snail, Euglandina rosea, was introduced from Florida to Hawaii as a biological control agent for the giant African snail, Achatina fulica. While it has not been demonstrated to control the target pest, it has been documented to completely exterminate populations of endangered Achatinella.”

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          4. BIOLOGICAL control statistics [in Hawaii], s. d.
          http://www.hawaiiag.org/212e2a2.htm.

          “Seventeen species of predatory snail were introduced [in Hawaii] for pestiferous snail control, including 14 species against the giant African snail, Achatina fulica.”

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          5. COLTRO, José, 1997. Achatina fulica (Bowdich, 1822): a new old problem.
          http://coa.acnatsci.org/conchnet/colt697.html

          “Some months ago a small town at the Sao Paulo State, called Miracatu, had to ask for help to try to control an agricultural pest. A giant snail was destroying most of the crops around the town, eating large areas of lettuce, beans, corn, etc. Recently news reached us about another problem in one of our most popular beaches, Praia Grande: a giant snail invading houses. Guess which shell was the culprit in both situation? Achatina fulica, of course! In another four states, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Parana and Santa Catarina, specimens are found in quantity.”

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          6. CROSS, John H., s. d. Central nervous system (CNS) parasites. Phasmidea Order: Strongylida. Angiostrongylus cantonensis.
          http://www.cdfound.to.it/HTML/ang.htm

          A. cantonensis: several species of terrestrial snails (Achatina fulica, the Giant African snail), acquatic snails (Pila spp., Viviparus javanica), or slugs (Veronicella alte and V. siamensis) may act as intermediate hosts for the development of the larvae to third stage.”

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          7. HINZ, E., s. d. Parastrongylus infections in rats and snails in northeast Thailand. Abstract.
          http://www.hyg.uni-heidelberg.de/TROPMED/research/parasit2.htm#18

          “Among the 12 species of the nematode genus Parastrongylus described so fare, three are known to occur in Thailand... Examination of 1,000 intermediate snail hosts gave the following prevalences... Achatina fulica - 36.4 %.”

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          8. INTERPORT Cargo Services, s. d. Quarantine.
          http://www.interportcargo.com.au/quarmain.htm

          Achatina fulica is considered by most authorities to be the most damaging land snail in the world. Originally a native of Eastern Africa, this voracious agricultural pest is now present virtually everywhere in the Indo-Pacific except for Australia and New Zealand.”

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          9. MILLER, Scott E., 1994. Dispersal of plant pests into the Virgin Islands.
          http://www.fcla.edu/FlaEnt/
          fe77p520.html.
          Publicado originalmente em Florida Entomologist 77(4):520...

          “The recent spread of two giant African snails, Achatina fulica Bowditch and Limicolaria aurora (Jay), to Martinique is a stark example of the problem of continued pest dispersal (Mead & Palcy 1992).”

          Retorna



          10. MILLER, S., HYSLOP, E., KULA, G., and BURROWS I, s. d. Status of biodiversity in Papua New Guinea.
          http://ww3.datec.com.pg/CRC/CHAPTER6statusofbiodiverstiy.html

          “Other prominent examples of deleterious effects from non-indigenous species in Papua New Guinea include the cane toad (Bufo marinus), the African giant snail (Achatina fulica), water hyacinth (Eichhornia crassipes), and salvinia (Salvinia molesta).”

          Retorna



          11. PAIVA, Celso do Lago, 1999. Introdução de Achatina fulica (Mollusca, Achatinidae) no Brasil: responsabilidade profissional e informação técnica. P. 29 in: BOVI, Marilene L. A.; BETTI, Juarez A.; VEIGA, Renato F. A., 1999. I Encontro sobre Educação Ambiental na Agricultura, 9 e 10 de setembro de 1999. Campinas, Instituto Agronômico, 56 p.

              “Diversas denúncias dos riscos da proliferação da nova praga agrícola [Achatina fulica] no Brasil foram ignorados pelos governos federal e estadual e pelas instituições de pesquisa e ensino agrícola, o que facilitou a introdução deliberada da espécie em boa parte do Brasil.”

              http://www.oocities.org/lagopaiva/achat_tr.htm

          Retorna



          12. SIMBERLOFF, Daniel, 1996. Impacts of introduced species in the United States. Consequences 2(2).
          http://www.wco.com/~nsn/simberloff.html

          “The giant African snail, Achatina fulica... is seen as a serious agricultural pest, and predatory snails such as Euglandina rosea that were introduced to attack it have only added to the problem by extinguishing many native snail species. It was, however, eradicated in Florida – although neither easily nor cheaply.”

          Retorna



          Novo
          13. SIMONE
          , Luiz Ricardo L. de, s. d. O caramujo gigante em tamanho e problemas.
          http://www2.uerj.br/~sbma/caramujogiganteempropblemas.htm

          “O caramujo girante-africano invasor, Achatina fulica, é grave problema de saúde pública, importante praga agrícola e responsável pelo extermínio e extinção de espécies nativas em todos os locais do mundo onde foi introduzido. No Brasil não está sendo diferente.”

          Retorna



          14. TELES, Horácio Manuel Santana; FONTES, Luiz Roberto, 1999. Angiostrongilíase e escargot: nova ameaça à saúde pública.
          http://www.intermega.com.br/acracia/angiost.htm.
          Publicado originalmente em Secretários de Saúde, no 30, pp. 24-26, 1998.

          Achatina fulica é imputada como a espécie mais suscetível de infecção por Angiostrongylus, e como uma importante praga de agricultura nos países aonde foi introduzida. Uma vez livres na natureza, esses caramujos proliferam intensamente em plantações de frutas, hortas, áreas de armazenamento de grãos e cereais, e em terrenos baldios. Seu porte avantajado impõe estragos severos às culturas e armazéns atacados. A título de ilustração, cabe destacar que a criação, transporte e introdução do gigante africano foram proibidas por lei nos EUA.”

          Retorna



          15. TELES
          , Horácio Manuel Santana; FONTES, Luiz Roberto, 1999. Escargot: mais um perigo à mesa. Nova ameaça à saúde pública e à agricultura.
          http://www.intermega.com.br/acracia/achatina.htm.
          Publicado originalmente em Vetores & Pragas 1(1):4-8, 1998

          “O caramujo gigante Achatina fulica é o principal transmissor do verme designado Angiostrongylus cantonensis, comum no pulmão de ratos e capaz de causar, no homem, uma meningoencefalite eosinofílica, doença que acomete o sistema nervoso central.”

          Retorna



          16. TELES, Horácio M. S.; VAZ, Jorge F.; FONTES, Luiz Roberto; DOMINGOS, Maria F., 1999. Registro de Achatina fulica Bowdich, 1822 (Mollusca, Gastropoda) no Brasil: caramujo hospedeiro intermediário da angiostrongilíase.
          http://www.intermega.com.br/acracia/achatin1.htm.
          Publicado originalmente em Revista de Saúde Pública 31(3): 310-312, 1997.

          “A introdução de Achatina fulica é assinalada [em abril de 1996] em Itariri, [Estado de] São Paulo, Brasil. Essa espécie de caramujo terrestre foi importada para cultivo, visando a comercialização para consumo humano como “escargot”. O encontro de exemplares em vida livre mostra a dispersão de A. fulica e, consequentemente, o risco de transmissão de Angiostrongylus cantonensis, nematóide parasita do homem e de outros vertebrados. Além disso, o caramujo é uma praga importante da agricultura.”

          Retorna



          17. VAN DRIESCHE, R. G., Editor, 1996. Partula reintroduction: correcting biological control mistakes.
          http://ipmwww.ncsu.edu/
          biocontrol/iobc/spring96.html.
          Publicado originalmente em International Organization for Biological Control, Nearctic Regional Section Newsletter, Volume 18(1).

          “During the summer of 1994... on the island of Moorea in French Polynesia... Four universities, two zoos and local government combined efforts to return three species of Partula to their native habitats... The need for such reintroduction arises from the extinctions in the wild caused on Moorea of these land snails by the introduction to the island of the predatory snail Euglandina rosea, which was released to suppress another exotic snail, the giant African snail, Achatina fulica...”

          Retorna


          Se você souber de outras páginas sobre Achatina fulica e seus impactos negativos, ou tiver observado a espécie em vida livre no Brasil ou em outros países americanos, informe-me escrevendo para Celso do Lago Paiva.

          Importante
          Envie-nos fotos e conchas da espécie, se as tiver, para registro, pesquisa e documentação museológica.



          Foto por © Luiz R. Fontes

          Achatina fulica descendo parede vertical. Foto por © Luiz R. Fontes.



          K. Campanha
          pelo
            banimento de Achatina fulica

          Os pesquisadores e técnicos seguintes (e outros) participam ativamente da Campanha pelo banimento de Achatina fulica

            Aimê Rachel Magenta Magalhães, D.ra (UFSC) (rachel@ccb.ufsc.br)

            Antonio Celso Guimarães Prado (Conquiliologistas do Brasil) (conquibr@netmogi.com.br)

            Celso do Lago Paiva (CMU/ UNICAMP) (Celso.Lago@ibama.gov.br)

            Eliana de Fátima Marques de Mesquita, D.ra (UFF) (eliana@esquadro.com.br)

            Emilio Carlos Coutinho (FUNASA – Serviço de Campo do Municipio de Aimorés MG) (secadm@aimores-mg.com.br)

            Flávio Luiz de Souza Jr., D.r (Departamento de Parasitologia, Instituto de Ciências Biomédicas – USP) (jubileu@osite.com.br)

            Horácio Manuel Santana Teles, D.r (SUCEN SP) (horacio@sucen.sp.gov.br)

            José Luiz Moreira Leme, D.r (USP)

            Luiz Roberto Fontes, D.r (SUCEN SP) (lrfontes@uol.com.br)

            Luiz Ricardo Lopes de Simone, D.r (USP) (lrsimone@usp.br}

            Norma Campos Salgado, D.ra (Departamento de Invertebraados, Malacologia, Museu Nacional (UFRJ) (nsalgado@openlink.com.br)

            Silvana Carvalho Thiengo, D.ra (Fundação Oswaldo Cruz) (sthiengo@ioc.fiocruz.br)

            Sonia Barbosa dos Santos, D.ra (UERJ) (sbsantos@uerj.br)

            William do Amaral (Instituto Brasileiro de Helicicultura/ Fundação CEDIC) (cedic@cedic.org.br)


          A campanha visa:

          1. a proibição legal pelos Estados e pela União da importação, transporte, criação e comercialização de Achatina fulica e de outras espécies de moluscos exóticos vivos (e seus ovos) no Brasil, através de legislação pertinente;

          2. a inclusão de todas as espécies de Achatina, Euglandina e quaisquer outros moluscos exóticos vivos e seus ovos na categoria Espécies proibidas da Lista Oficial de Quarentena para aeroportos, portos marítimos e fronteiras terrestres brasileiros.

          3. a proibição da importação e introdução no Brasil de organismos para controle biológico de Achatina;

          4. divulgação de informações impressas e digitais sobre Achatina e seu impacto econômico, ecológico e sanitário;

          5. o esclarecimento da opinião pública, da comunidade acadêmica, de professores do ensino básico, de agricultores e dos atuais criadores do molusco;

          6. o acompanhamento da marcha de invasão de sistemas naturais, agrícolas e urbanos pelo molusco;

          7. a implementação de um plano nacional de controle e monitoração das populações em vida livre de Achatina;

          8. intensa fiscalização governamental dos criadouros de “escargot” e similares.

          9. protesto contra o incentivo que cursos, reportagens, artigos e anúncios promovidos por particulares, por meios de divulgação (imprensa) e por entidades de classe fazem à importação, transporte, criação e comercialização de Achatina.

          10. interrupção e extinção do apoio oficial do governo do Estado de São Paulo à acatinicultura (criação de Achatina) (dado através de cursos e venda de matrizes por institutos e faculdades oficiais, como o Instituto de Pesca).

          11. interrupção e extinção do apoio direto e indireto do Instituto de Pesca do Estado de São Paulo e da Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo (AEASP) à criação de Achatina (dado através de cursos ministrados e venda de matrizes).

          12. envolvimento e mobilização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

          13. envolvimento e mobilização do Ministério da Agricultura (MAPA).

          14. envolvimento e mobilização do Ministério da Saúde.

          15. envolvimento e mobilização das Secretarias Estaduais de Agricultura, Meio Ambiente e Saúde.

          16. envolvimento e mobilização das Universidades.

          17. envolvimento e mobilização das Cooperativas agrícolas.

          18. envolvimento e mobilização das Superintendências de Controle de Endemias em todo o país.

          19. envolvimento pessoal e profissional de engenheiros agrônomos, zootecnistas, médicos, sanitaristas e biólogos.

          20. implementação de campanhas e planos para coleta e destruição de indivíduos de Achatina em liberdade em áreas naturais, agrícolas e urbanas, com instrução e monitoração de institutos de pesquisa e universidades.

          21. regulamentação dos termos aplicáveis comercialmente às criações de moluscos terrestres comestíveis: “escargot” e “helicicultura”, com relação a Helix spp. e “caramujo-gigante-africano”, “acatina” e “acatinicultura”, com relação a Achatina spp. (sem que isso implique em permissão oficial da criação de acatinas).

          22. adesão dos veículos jornalísticos de extensão agropecuária (revistas, jornais e informativos, comerciais, de cooperativas e publicados pelos governos) à campanha de esclarecimento sobre os problemas ligados à acatina, efetivos e potenciais, quando até hoje apenas haviam estimulado a acatinicultura.

          23. esclarecimento dos pesquisadores, professores, graduandos, pós-graduandos e estagiários das faculdades de Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, Biologia e Medicina e dos institutos de pesquisa e empresas de difusão agronômica ligados aos governos (CATI, EMATERs, EMBRAPA, Instituto Agronômico de Campinas – IAC, Instituto Florestal, INPA e outros).

          24. esclarecimento dos profissionais de medicina quanto à sintomatologia das angiostrongilíases e sua relação com vetores e hospedeiros (moluscos e roedores).

          25. envolvimento dos serviços de difusão e de assistência técnica das cooperativas agrícolas no esclarecimento dos cooperados e em campanhas de controle.


          Desde o início das atividades do grupo (em maio de 1999) os itens 4, 5, 6, 9, 12, 13, 18 e 20 já estão sendo parcialmente implementados; diversos criadores já desistiram da criação da espécie, destruindo suas matrizes; alguns destes criadores já participam ativamente da campanha.


          Os participantes do Grupo declaram-se contrários à introdução deliberada de organismos exóticos sem o devido estudo de previsão de impactos ambientes, muito especialmente quando esses organismos já forem constatados como pragas e vetores de doenças em outros continentes (como era sobejamente conhecido com relação a Achatina).


          Esta página foi aprovada pelos pesquisadores acima como Manifesto informal do Grupo.


        L. Agradecimentos

        O compilador desta página agradece a:

        1. Adriana Carla Betioli (professora, Campinas, São Paulo) pelo fornecimento de material conquiliológico e indivíduos vivos de Achatina fulica, provenientes de área ripária nesse Estado (município de Paulínia, no planalto).

        2. Aimê Rachel Magenta Magalhães, Prof.a D.ra (Laboratório de Mexilhões, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina) pelo fornecimento de informações inéditas e pelo engajamento na Campanha pelo banimento de Achatina fulica.

        3. Alceu Deves, por seu engajamento ativo na luta contra Achatina fulica.

        4. Álvaro Silveira (Sumaré, SP) por informações inéditas acerca da infestação na áreacentral dessa cidade do planalto paulista.

        5. Ana Cláudia Pavani por informações inéditas acerca da infestação em Ilhabela, litoral paulista.

        6. Ana Mitidiero (Florianópolis, Santa Catarina) por informações inéditas acerca da infestação nesse município catarinense (“ [...] foi uma pessoa ali perto que começou a criar e não tendo para quem vender resolveu soltar.”).

        7. Antônio Alberghini (jornal A Tarde, Arraial d’Ajuda, Porto Seguro, Bahia) por seu envolvimento ativo na campanha pela erradicação da praga.

        8. Antonio Celso Guimarães Prado (Conquiliologistas do Brasil, Mogi das Cruzes, São Paulo) pelo fornecimento de material bibliográfico e de informações inéditas e por sua participação ativa na Campanha pelo banimento de Achatina fulica.

        9. Calixto Neto (Universidade Federal do Mato Grosso, Guiratinga, Mato Grosso) pelo relato de invasão preocupante dessa praga em Guiratinga, MS.

        10. Carlos Eduardo dos Santos Diniz (Secretaria Estadual de Educação, Casimiro de Abreu, RJ) por informações inéditas acerca de infestação seríssima nesse município carioca.

        11. Cláudia Tartaglia Reis (Coordenadora de Epidemiologia na Secretaria Municipal de Saúde, Cataguases, Minas Gerais, em 2001) pelo relato de invasões sérias de Achatina fulica em Cataguases (“Em dois sítios, a espécie foi levada pelo pai dos proprietários, dois médicos, como sendo escargot. Em uma casa, no centro da cidade, uma pessoa está criando a espécie e incentivando e divulgando a outros.”) e em Itamarati de Minas.

        12. Claudia Terdiman Schaalmann (Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais – DEPRN, São Paulo, SP) pelo fornecimento de informações inéditas.

        13. Denise M. E. Formaggia (Diretora Técnica, Núcleo Regional de Saúde de Caraguatatuba, DIR XXI da Secretaria de Estado da Saúde, Caraguatatuba SP) pelo fornecimento de informações inéditas.

        14. Edilson Matos, Prof. (Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, Belém, Pará) pelo fornecimento de informações inéditas.

        15. Emília Itakawa (bióloga, São Paulo, São Paulo) pelo fornecimento de informações inéditas.

        16. Emilio Carlos Coutinho (FUNASA – Serviço de Campo, Aimorés MG) pelo fornecimento de informações inéditas e participação na Campanha pelo banimento de Achatina fulica.

        17. Enedy Bolina (Resende, Rio de Janeiro) pelo fornecimento de informações inéditas.

        18. Enrique Martínez M. (Venezuela), pelo envio de referência bibliográfica recente, informando ocorrência de Achatina fulica em vida livre nesse país.

        19. Fabiana Patucci (educadora em saúde pública, Prefeitura Municipal, Registro, São Paulo) pelo fornecimento de informações inéditas.

        20. Flávio Luiz de Souza Jr., Prof. D.r (Departamento de Parasitologia, Instituto de Ciências Biomédicas – USP) por sua participação na Campanha pelo banimento de Achatina fulica.

        21. Frederico Faé (Americana, São Paulo) pelo relato de invasão urbana pelo molusco (“[...] estão por todas as casas da vizinhança e que a alguns anos atrás um dos ex-moradores iniciou uma criação, que logo foi abandonada.”).

        22. Helio Minoru Takada (Instituto Biológico, Laboratório de Sanidade Animal e Vegetal de Pindamonhangaba, SP) pelo fornecimento de informações inéditas.

        23. Horácio Manuel Santana Teles, D.r (pesquisador de moluscos de interesse médico-sanitário, SUCEN, São Paulo, SP) pelo fornecimento de informações inéditas e por sua participação na Campanha pelo banimento de Achatina fulica.

        24. Jaime Machado Filho (Secretário de Agricultura e Meio Ambiente do Município de Cairu, Bahia, até 2000) pela informação de infestação seríssima de Achatina fulica nesse município baiano.

        25. José Carlos Nascimento de Barros, Prof. D.r (Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife PE) pela informação da ocorrência de Achatina fulica em vida livre em Pernambuco.

        26. José Carlos Tarasconi (Santa Catarina) pela informação da ocorrência de Achatina fulica em vida livre em Navegantes (SC).

        27. José Coltro J.r (São Paulo, SP) pelo fornecimento de informações inéditas e por sua participação na Campanha pelo banimento de Achatina fulica.

        28. José Luiz Fernandes da Motta (São Paulo, SP) pelo relato da ocorrência da espécie-praga em Peruíbe, litoral paulista.

        29. José Luiz Moreira Leme, Prof. D.r (Seção de Moluscos, Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo – MZUSP, São Paulo, SP) pelo fornecimento de informações inéditas.

        30. Luiz Otavio Guimarães (Manaus, Amazonas) pelo fornecimento de informações inéditas sobre invasão do município da capital amazonensee pela Achatina fulica.

        31. Luiz Ricardo L. Simone, D.r (Seção de Moluscos, Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo – MZUSP, São Paulo, SP) pelo fornecimento de material bibliográfico e de informações inéditas e por sua participação na Campanha pelo banimento de Achatina fulica. Autor de artigo sobre Achatina fulica e da obra citada:
            SIMONE, Luiz R. L., 1999. Mollusca: species introduced in Brazil. São Paulo, manuscrito, 8 p.

        32. Luiz Roberto FontesD.r, (biólogo e médico, pesquisador de organismos-praga de interesse médico-sanitário, SUCEN, São Paulo, SP) pelo alerta inicial ao autor sobre a introdução de Achatina fulica no Brasil, pelo oferecimento das fotos que ilustram esta página, com sua autorização, pelo fornecimento de material conquiliológico de Achatina fulica, coletado no Estado de São Paulo (município de Praia Grande) e por sua participação na Campanha pelo banimento de Achatina fulica.

        33. Marcelo Nucci (Itariri, SP) pela confirmação de que Achatina fulica, descoberta oficialmente em vida livre em Itariri, havia realmenten se tornado praga nesse município paulista, confirmando previsões de pesquisadores de invasões biológicas.

        34. Marcus Maculan Sodré (Cuiabá, Mato Grosso) por sua participação na campanha contra a invasão.

        35. Maria Aparecida Alves da Silva, Prof.a (UNESP, São Vicente, SP) pela informação de infestação de Achatina fulica em vida livre nesse município litorâneo paulista.

        36. Maria Luiza Dutra da Fonseca (Arraial d’Ajuda, Porto Seguro, Bahia) por seu envolvimento ativo na campanha pela erradicação da praga

        37. Maria Martha Argel-de-Oliveira, D.ra (São Paulo, SP) pelo fornecimento de informações inéditas.

        38. Mauricio Dainese, (Peruíbe, SP) pela informação de infestação seríssima de Achatina fulica em vida livre nesse município litorâneo paulista.

        39. Mônica Mendes (Arraial d’Ajuda, Porto Seguro, BA) pelo engajamento na luta contra a invasão.

        40. Osmar Domaneschi, Prof. D.r (Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Laboratório de Malacologia, Universidade de São Paulo – IBUSP, São Paulo SP) pelo fornecimento fornecimento de material bibliográfico e de de informações inéditas.

        41. Paulo Araújo (Angra dos Reis, Rio de Janeiro) pelo relato de infestação seríssima nesse município litorâneo carioca.

        42. Paulo José Gouveia (Santa Rita do Ribeira SP) pela informação de infestação seríssima de Achatina fulica em vida livre no Vale do Ribeira (SP).

        43. Pedro José Francelino Azevedo (Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Cairu, Bahia) pelo fornecimento de informações inéditas.

        44. Pedro Pacheco, Prof. D.r (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo – FMVZ-USP, Universidade de São Paulo, Pirassununga, São Paulo) pelo fornecimento de informações inéditas.

        45. Rita Redaelli (geóloga, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro) pelo fornecimento de material conquiliológico de Achatina fulica, proveniente de criador desse Estado, e pelo seu envolvimento ativo no combate à invasão.

        46. Roberto Alegria (Peruíbe, São Paulo) pelo fornecimento de numerosas informações inéditas, especialmente sobre plantas econômicas atacadas por Achatina.

        47. Roberto S. Kekeny (Ubatuba, São Paulo) pelo fornecimento de informações inéditas.

        48. Rodrigo Ortega, Eng.o (Ubatuba, São Paulo) pelo fornecimento de informações acerca da invasão desse município litorâneo paulista pelo molusco.

        49. Ronaldo Fiuza Horta (Lagoa Santa, Minas Gerais) pelo fornecimento de informações acerca de invasão desse município mineiro pelo molusco.

        50. Ronaldo Pfaff (Peruíbe, São Paulo) pelo fornecimento de informações inéditas.

        51. Silvana Carvalho Thiengo, D.ra (Fundação Oswaldo Cruz, R. Janeiro, RJ) pelo fornecimento de informações inéditas e pelo engajamento na Campanha pelo banimento de Achatina fulica.

        52. Sonia Barbosa dos Santos, Prof.a D.ra (Laboratório de Malacologia, Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ, Rio de Janeiro, RJ) pelo fornecimento de informações inéditas e por sua participação na Campanha pelo banimento de Achatina fulica.

        53. Theresinha M. Absher, Prof.a D.ra (Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná, Pontal do Sul, Paraná) pelo fornecimento de informações inéditas.

        54. Thiago Paiva Flores (Governador Valadares, Minas Gerais) pela informação de infestação séria em hortas em área rural nesse município mineiro.

        55. Wagner Avelar, Prof. Dr. (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, USP, Ribeirão Preto SP) pela informação de infestação séria em vida livre nesse município paulista.

        56. Walcyr Teixeira Júnior (Vargem Alegre, Rio de Janeiro) pelo fornecimento de informações inéditas e por seu engajamento ativo na Campanha pelo banimento de Achatina fulica.

        57. William do Amaral (Atibaia, São Paulo) pelo fornecimento de informações inéditas e por sua participação ativa na Campanha pelo banimento de Achatina fulica.



          Nota
            Nomes científicos devem ser grafados em itálico, ex.:
            Achatina fulica, Helix aspersa, Angiostrongylus costaricensis.
                Essa regra é imposta pelo Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, acertado em convenções internacionais de especialistas (sistematas, taxonomistas).
                No entanto, por motivo de legibilidade, muitas vezes nesta página os nomes científicos foram grafados com itálico e negrito:
                Achatina fulica, Helix aspersa, Angiostrongylus costaricensis.


          Achatina fulica. Foto por <sup>©</sup> Luiz R.
Fontes

          Achatina
          fulica (adulto coletado no litoral médio paulista; Foto por © Luiz Roberto Fontes, publicada em Teles e Fontes, 1998).

          © Essa e as demais fotos publicadas nesta página são de propriedade intelectual do D.r Luiz Roberto Fontes, sendo vetado seu uso em outras páginas na rede mundial e em trabalhos impressos ou inéditos, sem a autorização expressa e por escrito desse pesquisador, que detém os direitos de cópia e os negativos fotográficos respectivos.







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        Referência bibliográfica desta página

            PAIVA, Celso do Lago, ed., 1999/ 2003. Achatina fulica: praga agrícola e ameaça à saúde pública no Brasil. Fontes de informação impressas e digitais. Disponível na rede mundial: http://www.oocities.org/lagopaiva/achat_tr.htm. 10 maio 1999 (criação); 25 abr. 2004 (atualização).



Palavras-chave adicionais: Mollusca moluscos Achatinella Euglandina Euglandina rosea Megalobulimus Strophocheilus Strophocheilidae acatina achatine achatine d'afrique African snail escargot géant d'Afrique giant African snail Giant African Snail giant snail giant west African snail giant-African-snail caramujo-gigante-africano caramujo gigante africano caracol gigante africano caramujo gigante caracol gigante escargo-gigante escargo gigante criador de escargot criadores de escargot criadores de escargots escargot-gigante escargot gigante escargot-africano escargot africano rainha da Africa rainha-da-Africa escargot criacao de escargot helicicultura escargots escargo caracol chines escargo chines escargot-chines escargo-chines escargot chines Caracol Chinês caracol-chines Caracol-Chinês Gros-Gris gros gris petit gris petit-gris escargôs escargô escargo escargot escargots mollusques nuisibles introduced pest carne de escargot escargot frances escargo frances escargot-frances helicicultores criadouros de escargots criadouros de escargot helicicultor introduced pests D. Godan Pest slugs and snails Adam Asquith John H. Cross E. Hinz Daniel Simberloff invasão biológica invasoes biologicas pragas agricolas Pedro Pacheco Pacheco, Pedro Maria de Fatima Martins Augusto Teixeira Mendonca Jose Roberto Pereira Silva Gerson Lopes Palhares Carlos Funcia Elias Santana Helicicultura Kapiatan Cristiane Raszl Angela Biazzotto abrace ABRACE Ferenc Polena Frenc Polena Mauricio Cardoso escargot Jose Carlos Ribeiro Marcelo Bogsan Geraldo Pacheco Osmar Domaneschi Vera Lobao Vera Lucia Lobao Vera Lobão Vera Lucia Lobão heliario Instituto de Zootecnia helicicultura escargot produtores de escargot produtor de escargot producao de escargot Pará Para Estado do Para Estado do Pará Eduardo Arima Horácio Manuel Santana Teles Maria F. Domingos Maria Domingos Jorge F. Vaz Jorge Vaz praga agricola Helix Helix aspersa Strophocheilus Megalobulimus zoonoses zoonose endemia endemias nematelmintos parasitose verminose verminoses verme vermes angiostrongilíase angiostrongiliase meningoencefalite eosinofilica meningoencefalite méningite à éosinophiles caramujo gigante angiostrongilíase meningoencefálica angiostrongilíase abdominal angiostrongilose Superintendência de Controle de Endemias Superintendencia de Controle de Endemias superintendencia de controle de endemias botulismo Fontes,Luiz Roberto Fontes,Luiz R. Luiz Roberto Fontes Luiz R. Fontes Luiz Fontes animais-praga peste praga ecologia florestal Itariri Vale do Ribeira Praia Grande Guarujá Santos Baixada Santista pesq-pag pesque-pague pesq pag pesque pague pesq e pag pesque e pague pesque-e-pague pesque-pague pesca pescaria pesqueiro pesqueiros isca isca para pesca isca para pescaria isca viva isca-viva iscas vivas pesque e pague pesque-e-pague como criar escargot como criar escargo crie escargot criacao de escargot criacao de escargots helicicultura heliciculture ganhe dinheiro com escargot Borgonha Polena Helipar helicicultores do Parará helicicultor Cooperativa dos Criadores de Escargot de Rio Claro - COCERCLA Cooperativa dos Criadores de Escargot de Rio Claro COCERCLA Funcia, Carlos Alberto Fonseca Funcia Sylvio Cesar Rocco APACE Associacao Paulista dos Criadores de Criadores de Escargot IBH Instituto Brasileiro de Helicicultura CEDIC Centro de Experimentacao e Divulgacao Cientifica matriz de escargot matrizes de escargot COOPHEMS ronaldo schramm Jose Walter de Barros Cruz gigante chines gigante-chines Caracol & Cia. Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo associacao dos engenheiros agronomos do estado de sao paulo AEASP Helix spp. Helix aspersa Hélix aspersa Helix pomatia Bourgogne helice vigneronne Gros-Gris heliario tipos de escargots maxima Gros-Gris Escargot de Bourgogne escargot des vignes Escargot-de-Bourgogne Helix pomatina Helix lucorum maruzzea french escargot Helix pisana escargot martens Helix naticoides tapadata Helix vermiculata Helix ligata Helix mazzulii Helix hortensis escargot des jardins Helix nemoralis escargot des buissons Helix secernenda Helix arbustorum escargot des arbres Hélicidès escargot turco escargot-turco Escargot's Chinês febre amarela dengue hemorrágica dengue hemorragica CONTAGRO Serviços Agropecuários Direcionados servicos agropecuarios direcionados caramujo invasor caracol invasor molusco invasor molusco nocivo moluscos nocivos molusco vetor moluscos vetores rainha da Africa rainha-da-Africa escargot criacao de escargot escargots escargo caracol chines Caracol Chinês caracol-chines caracol gigante africano caramujo gigante caramujo-gigante-africano caramujo gigante africano Achatina fulica, African snail, giant African snail, giant snail Gros-Gris escargôs escargô escargot escargots gros gris gros-gris Gros-Gris escargôs escargô escargot escargots Itariri Vale do Ribeira Praia Grande Guarujá Santos Baixada Santista