ESTUDO DOS COMPONENTES DO
SISTEMA
Agora que estamos com os Componentes principais todos em cima da bancada é altura de os observarmos mais profundamente, conhecermos o que faz cada um deles no sistema e qual a sua importância.
Depois de termos desmontado o computador podemos verificar que são poucos os componentes que o englobam. Temos a Placa Principal, a Placa de Vídeo, a Controladora, o Disco Rígido, a Drive de Disquetes e a fonte de alimentação é claro. Afinal não é tão complicado assim, vamos ver o que faz cada um destes componentes no sistema.
Estudo dos Componentes de um 386 ou 486
Existem muitos modos de denominar a placa principal, uns chamam-lhe placa principal, outros placa mãe, Mother Board, Main Board, ou ainda System Board, termo utilizado pela IBM para denominar as suas placas dado que estas têm realmente todo o sistema incluído. No fundo todos estes nomes querem dizer a mesma coisa: a placa onde estão inseridos determinados componentes vitais ao sistema.
Qualquer placa principal que siga a arquitectura IBM, é ao mais baixo nível o coração de todo o sistema.
É a Placa Principal que determina a velocidade através do seu oscilador de relógio, é ela que contém o processador e os seus circuitos auxiliares, tais como o controlador do teclado, o sistema básico que permite ao processador começar a testar os seus circuitos e carregar o sistema operativo para a memória (BIOS), o co-processador matemático, a memória principal do sistema, e os não menos importantes Slots, ou encaixes de expansão.
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Qualquer componente desta placa principal não pode trabalhar sem ser em conjunto com os outros circuitos daí podemos concluir que estes componentes são a essência do computador.
Este é talvez o componente mais importante da placa principal, é ele que faz o processamento de informação e que determina qual a capacidade de processamento de todo o sistema e a velocidade com que a informação é processada, é ele também que nos vai dizer que tipo de linguagem podemos utilizar, ou melhor, que tipo de programas podemos usar no sistema.
Existem dois tipos de processadores, CISC e RISC. Nos processadores CISC (Complex Instruction Set Computer), o conjunto de instruções que o processador executa ao mais baixo nível é mais amplo e mais complexo, o que leva a que cada instrução demore bastantes ciclos de relógio a executar.
Ao contrário dos processadores CISC, os processadores RISC (Reduced Instruction Set Computer) têm um lote de instruções mais reduzido, mas com instruções melhor construídas (mais simples), o que consequentemente faz com que o processamento seja mais rápido, pois cada instrução demora menos ciclos de relógio a executar.
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Hoje em dia já quase não se fala nos processadores anteriores ao 80386, contudo se queremos compreender um pouco a evolução dos processadores
temos que recuar aos primeiros passos dos computadores pessoais.
Quando a IBM viu o potencial mercado dos computadores pessoais, já há muito tempo que existiam computadores acessíveis às bolsas de muitas pessoas, o problema era que aparentemente não existiam regras para poder existir um padrão.
Ao querer entrar no mercado dos "micro-computadores", a IBM quis fazê-lo sem correr o risco de prejuízo em termos de custos de desenvolvimento e pesquisa para fabricar algo a que não estava realmente habituada a produzir, computadores "pequenos". Para evitar riscos, a IBM procurou no mercado, produtos já acabados a vários fabricantes, e com a junção destes criou o primeiro PC (digno do nome).
Como este computador continha peças de diferentes origens, a IBM não pôde controlar o desenvolvimento de outros computadores por outros fabricantes, pois obviamente não pôde guardar só para si uma tecnologia que não era desenvolvida exclusivamente por ela.
Existiam nessa altura vários processadores disponíveis que poderiam ter equipado o IBM PC. A IBM escolheu o processador 8088 que tinha registos internos de 16 bit mas o seu barramento de dados externo era de 8 bit. Isto fez com que a IBM pudesse publicitar o seu computador como uma máquina de 16 bit (o dobro da largura dos registos dos processadores empregues nos computadores de então). Esta atitude levou a que a informática levasse um pouco mais tempo a arrancar para processadores mais rápidos. A IBM podia ter introduzido no seu computador um processador realmente de 16 bit (interna e externamente), pois tinha disponível pela Intel o processador 8086. O problema foi que os componentes de 16 bit são mais caros, e por isso a IBM escolheu o 8088 para que os restantes componentes fossem também de 8 bit.
Mais tarde surgiram o 80186 e 80188 mas tiveram muito pouca aceitação. No fundo estes processadores não eram mais que o 8086 e 8088 mas com melhorias o nível de circuitos internos do processador.
Quando surgiu o processador 80286 em 1982, a informática deu um novo passo em frente. Este novo processador tinha registos internos e barramentos de dados de 16 bit ( tal como o 8086), mas operava a velocidades superiores. Enquanto o
8086 operava a uma velocidade de 4.77 Mhz o 80286 ascendia já a 6 Mhz. Mais tarde os 80286 foram redimensionados para operar a velocidades de 10, 12, 16 e 20 Mhz.
Outra das grandes inovações em relação ao 8086 foi o endereçamento da memória. Enquanto o 8086 tinha disponível 20 bit para o endereçamento, o que podia irganizar até 1 Mbyte de memória total. o 80286 tinha 24 bit para endereçamento podia ascender a 16 Mbytes.
Os processadores 80386 surgiram em 1985 e existem em duas arquitecturas, o 386 DX e o 386 SX.
A principal diferença entre estes dois tipos do 80386 é o seu barramento de dados externo. O 80386 DX tem um barramento externo de 32 bit enquanto o 80386 Sx tem um barramento externo de 16 bit.
O porquê desta diferença, ou se preferirem, o porquê de existirem duas versões do mesmo processador deve-se à necessidade que a Intel teve de tornar o 386 mais acessível às bolsas dos possuidores de sistemas baseados no 80286.
O primeiro processador da família 80386 não tinha designação DX ou SX. Era um processador que tinha registos internos de 32 bit, assim com os seus barramentos de dados. Outra inovação foi o endereçamento de memória que podia agora contar com 32 linhas de endereçamento (32 bit) o que podia endereçar até 4 Gigabytes.
Quando surgiu o irmão mais pobre do 80386, o primeiro adoptou o nome de 386 DX e o mais pobre a designação de 386 SX.
O 80386 SX chegou a ser conhecido ainda pelo seu nome de código P9, como um possível "overdrive", para os sistemas baseados no 80286. Se esta especulação algum dia teve fundamento a tentativa
falhou, pois a pinagem de um 286 é completamente diferente da pinagem de um 386. isto porque as ligações ao processador 80286 são multiplexadas e as de um 386 são do tipo PGA (Pin Gríd Array).
Contudo o 80386 SX é completamente idêntico ao seu irmão DX à excepção de um ter um barramento de dados de 16 bit e o outro ter um barramento de dados de 32 bit.
A designação DX e SX deriva do facto de em informática os conjuntos de 16 bit serem designados por "Single-Word". e os conjuntos de 32
bit serem designados por "Double-Word". Embora os registos do 386 SX sejam de 32 bit, estes só podem ser preenchidos com duas palavras de 16 bit devido ao seu barramento de dados ser de 16 bit, daí a associação da palavra "Single-Word", de onde deriva o sufixo SX. Como no 80386 DX ambos os registos e o barramento são de 32 bit, os registos podem ser preenchidos de uma só vez com uma "Double-Word".
0486 DX é basicamente a junção no mesmo invólucro do processador 80386 DX com um co-processador matemático 80387 DX e 8 Kbytes de memória cache interna. Desta mistura (saudável) resultou um dos processadores mais bem conseguidos pela Intel.
O 486 é quase idêntico a um 386 (poucas são as diferenças internamente), com a exepção de ter sido redesenhado para maiores velocidades.
A versão SX deste processador foi desenhada para aqueles que querem as melhorias do processador 486 DX mas não necessitam do co-processador matemático.
Um dos grandes problemas que se colocou aos fabricantes de placas principais foi dimensionamento das suas placas face a velocidades muito elevadas (até 50 Mhz), por isso a Intel desenvolveu uma tecnologia de multiplicação interna da velocidade de relógio, o que permite que embora as velocidades da placa principal situem entre os 25, 33, 40 e os 50 Mhz, a velocidade interna do processador 486 pode ir até aos 133Mhz.
Os processadores que usam esta tecnologia, têm na sua designação um número e indica o grau de multiplicação interna da velocidade. Os 486 DX2 66 por exemplo, são processadores que operam internamente a 66 Mhz enquanto que a velocidade gerada pela placa principal é de 33 Mhz. Os duplicadores de velocidade normalmente são conhecidos por SX2 e DX2 enquanto que os triplícadores são conhecidos por DX4. Um exemplo de um triplicador é o processador 486 DX4 100 disponível por vários fabricantes, em que a velocidade da placa principal é de 33 Mhz enquanto a velocidade do processador ascende aos 100 Mhz.
O último fôlego da familia dos 486 foi lançado para o mercado pela empresa AMD (Advanced Micro Devices), e o seu nome é 5x86 DX5 133 - P75. Este processador usa a mesma tecnologia dos 486 e ao quadruplicar os 33 Mhz da placa principal consegue chegar à perfomance de um Pentium 75, aliás na sua designação aparecem os caracteres P75.
Um chip co-processador liberta o processador de certas tarefas, tais como: cálculos com vírgula flutuante, (multiplicações, divisões, etc..). Hoje em dia os processadores já têm na sua arquitectura incluídos estes co-processadores. Um co-processador pode tornar um processador 5 a 10 vezes mais rápido em certas operações. Ex.: cálculos matemáticos.
A memória de um sistema é extremamente importante dado que é ela que vai fornecer ao processador a informação a processar, e consequentemente vai albergar os resultados desse processamento. A velocidade de acesso, e a capacidade total da memória principal do sistema é determinante na performance global do equipamento.
A memória pode ser de vários tipos. Actualmente o mais comum são os SIMM (Single In-line Memory Modules) e que podem ser de 30 ou 72 pinos. A diferença entre os dois tipos de SIMM, além da aparência, é o modo como o processador pode escrever e ler informação.
Um processador da família 486 tem um barramento de dados de 32 bit, por isso serão necessários bancos de quatro SIMM de 8 bit (30 pinos), para que o processador possa usar a memória. No mesmo processador um SIMM de 32 bit (72 pinos), pode ser colocado sem necessitar de se emparelhar com mais nenhum SIMM.
Os SIMM podem ter ainda um bit de paridade por cada 8 bit de dados. O bit de paridade vai permitir a detecção de erros e aumentar a fiabilidade da memória.
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É constituída por dispositivos de armazenamento de dados com velocidades superiores em relação à memória principal mas consequentemente muito caros e que servem de "acelerador" ás trocas de informação entre o processador e a memória principal. Este tipo de memória é usado para suprimir os estados de espera causados pelo facto da memória principal ser muito lenta em comparação com o processador.
Estes Circuitos Integrados de memória encontram-se na nossa placa principal e sob
a forma de DIP (Dual ln-line Package).
Sigla de Basic Input Output System, Sistema Básico de Entrada e Saída (de informação), que é uma memória na placa principal que contém os programas para as instruções básicas do sistema, e contém as informações
necessárias para que o computador carregue para a memória os dados
necessários ao seu funcionamento.
A BIOS indica também ao processador como deve fazer para se testar, e testar todo o sistema quando o computador é ligado (POST). O POST, Power On Self Test, ou seja Auto-Teste Quando Ligamos a Corrente, é o conjunto de procedimentos que o computador executa quando está a ser inicializado.
Estes testes são efectuados antes do sistema operativo ser carregado do disco para a memória principal. O processador vai efectuar um autoteste aos seus circuitos e verificar se todos os componentes estão a funcionar em perfeitas condições, e só então procede ao arranque do sistema. Isto torna-se muito útil pois sem este teste nunca poderíamos saber se o computador está ou não em boas condições.
Este conjunto de instruções está contido na BIOS. Esta memória é uma ROM (Read Only Memory), portanto apenas de leitura e permanente ou seja, quando se desliga o computador não perde a informação ao contrário da memória principal (RAM) que é volátil.
Esta memória contém programas que fazem parte do Hardware e que por esse motivo são considerados Firmware.
Estas ranhuras de encaixe proporcionam a possibilidade de comunicação com circuitos externos à placa principal, o que permite que o processador receba novos sinais do exterior e consequentemente os envie para qualquer dispositivo ou periférico.
ISA (Industry Standards Architecture):
Este barramento de dados consegue transferir até 8 Mb de informação segundo, e a sua via de dados é de 16 bits. A sua frequência é normalmente 8,25 Mhz.
EISA (Enhanced Industry Standards Architecture):
Consegue uma taxa de transferência de 33 Mb por segundo, com um barramento de dados de 32 bits e operando a uma velocidade de 8,25 Mhz.
Vesa LB ou VL Bus (Vídeo Eiectronics Standards Associatiou - Local Bus)
A largura da via de dados é de 32 bits mas a velocidade de trabalho é de 33 ou 40 Mhz. Com uma velocidade de 33 Mhz consegue uma taxa de transferência de 133 Mb por segundo e 148 Mb por segundo operando a 40 Mhz.
PCI (Peripheral Component Interconnect):
Trabalha com uma velocidade de relógio de 33 Mhz mas pode usar uma via dados de 32 ou 64 bits. Com estas características pode-se obter um desempenho de l32 Mb/seg com a via de 32 bits, e de 264 Mb /seg com a via de 64bits.
O processador basicamente processa informação, nada mais que isso, então necessita de circuitos que o ponham a trabalhar tais como: estabilizador de tensão, de alimentação , um circuito de relógio que dê uma frequência de trabalho tanto processador como à placa principal, um controlador que converta sinais vindos do teclado em instruções que o processador entenda, enfim um mundo de pequeno grandes circuitos que vão obedecer ao processador e aos programas de modo que as comunicações entre periféricos se possam fazer.
Algumas placas principais, hoje em dia trazem já algumas faculdades que permitem só por si fazer com que todo o sistema funcione sem a ajuda de circuitos adicionais. Por exemplo existem placas principais no mercado Português que não necessitam de placa de vídeo, apenas um adaptador para ligação com o monitor, outras que além desta característica permitem ter na própria placa principal pelo menos uma porta paralela e outra série, e controladores para memória de massa (Drive de Disquetes Disco Rígido e CD-ROM).
Um dos Circuitos Integrados auxiliares é o controlador de interrupções. Este circuito permite que o processador suspenda o seu processamento sempre que algum periférico necessite da sua atenção imediata. Assim podemos atribuir um IRQ (Interrupt line ReQuest) a um periférico para que quando este necessite de recorrer ao processador possa efectuar o processamento necessário. Existem dois tipos de interrupções, Hardware e Software. Os IRQ de Hardware são sinais especiais enviados ao controlador de interrupçõcs pelo periférico, por Software são apenas pequenos programas que fazem com que o processador suspenda o que estava a fazer e "salte" para uma outra zona de memória.
TABELA DE IRQ DO AT |
IRQ 0 |
Timer Output 0 |
IRQ 1 | Teclado (Buffer Full) |
IRQ 2 | Usado em conjunto com IRQ 9 |
IRQ 3 | Porta Série 2 (COM 2) e Porta Série 4 (COM 4) |
IRQ 4 | Porta Série1 (COM 1) e Porta Série 3 (COM 3) |
IRQ 5 | Porta Paralela 2 (LPT2) |
IRQ 6 | Drive de Disquetes |
IRQ 7 | Porta Paralela 1 (LPT1) |
IRQ 8 | Real Time Clock |
IRQ 9 |
Redireccionado por Software p\ o enderço OA (HEX); Vídeo; Redes |
IRQ 10 | Disponível para o Utilizador |
IRQ 11 | Disponível para o Utilizador |
IRQ 12 | Disponível para o Utilizador |
IRQ 13 | Co- Processador |
IRQ 14 | Controlo do Disco Rígido |
IRQ 15 | Disponível para o Utilizador |
Placa
de Vídeo
A placa de vídeo é o circuito que converte sinais digitais vindos do processador em sinais de vídeo visíveis no monitor. Esta placa de expansão comunica com a placa principal através de uma das ranhuras de expansão existentes nela, na qual a placa de vídeo se encaixa.
A comunicação com o monitor faz-se através de uma conexão do tipo "D" que está situada na placa de vídeo na parte que fica voltada para o exterior da caixa.
Esta placa de vídeo tem como nome completo "Monochrome Display Adapter and Parallel Printer adapter, e foi lançada em 1981 juntamente com o primeiro PC da IBM.
Esta placa não provida de recursos gráficos e foi projectada para trabalhar apenas com uma cor. Esta placa deu vida durante muito tempo aos famosos monitores de cor verde que a IBM lançou para o mercado.
Estas placas de Vídeo podem apenas trabalhar com monitores MDA enão são compatíveis com outros monitores monocromáticos compostos.
Esta placa encontra-se actualmente obsuleta.
A placa de vídeo CGA (Color Graphics Adapter) foi lançada em 1982 e já podia gerar 16 cores. Esta placa operava em vários modos gráficos, com várias resoluções diferentes, dispunha de modo texto.
Dispunha de 16 Kbytes de memória de vídeo para armazenar as imagens e que podiam ser directamente acedidas pelo processador
A placa de vídeo CGA tornou-se pouco nítida devido ao uso das cores e modos gráficos, por isso foi lançada a placa Hércules (Graphics Adapter). Esta placa foi desenvolvida com o apoio da Lotus Development Corporation e na altura a única coisa que justificava a aquisição de uma placa Hércules eram os gráficos do programa Lotus 123.
Esta placa dispunha de 64 Kbytes de memória vídeo, distribuídos em dois bancos de 32 KBytes. Esta placa encontra-se acualmente obsoleta.
O sistema EGA (Enhanced Graphics Adapter) aumentou a resolução e o número de cores passando a ter 64 tons de cores à sua disposição. Esta placa permitia uma resolução máxima de 640 x 350.
Através de DIP switches ( pequenos interruptores) podíamos configurar o monitor ao qual estávamos ligados, isto era possível porque a IBM quis que este adaptador fosse compatível com os outros modelos lançados até então.
O sistema VGA ( Video Graphics Array) surgiu com base em todos os sistemas até então desenvolvidos.
Como todos os outros seus produtores anteriores a IBM dotou o VGA de várias resoluções e modos gráficos. Este sistema conseguia, com 256 Kbytes de memória de vídeo obter uma resolução de 640 x 480 pixels com 16 cores, e com uma resolução de 320 x 200 pixels conseguia 256 cores diferentes.
Todas as placas a partir deste padrão seguem os sistema VGA, só incrementando memória de vídeo, resoluções, e cores possíveis.
O passo de gigante em termos de velocidade surgiu com o aparecimento do padrão VESA criado quase apenas a pensar na perfomance do vídeo.
Placa Controladora (Portas Serie e paralela e Unidades de Disco Rígido e Drive de Disquetes)
Placa que controla as entradas e saídas de informação no sistema, assim como as trocas de informação entre a Memória de Massa e a Memória Principal.
Esta placa contém o CHIP que controla as portas de comunicação SÉRIE (COM1 e COM 2) e a porta PARALELA, LPT1 vulgarmente conhecida por porta da impressora. As porta de série são portas de comunicação onde podemos conectar os RATOS, as Track Balls, os modems, etc...
A comunicação desta placa com a Placa Principal faz-se do mesmo modo que a Placa de Vídeo.
Sistemas Baseados no Processador Pentium
3.4.1 A Placa Principal
As placas principais projectadas para os processadores da família Pentium e seus equiparáveis, são cada vez mais a prova de que a integração da maioria dos componentes do sistema numa só placa é a opção de futuro dos computadores standard. Esta arquitectura das placas principais para os Pentium vem reduzir o custo dos sistemas e vem melhorar a performance dos circuitos de apoio pois permite a partilha dos recursos "onboard" disponibilizados pelos cada vez mais poderosos chips empregues nas placas principais.
São necessários apenas meia dúzia de componentes, para que um computador seja montado com um processador Pentium. Deixaram de existir aqueles problemas que atormentavam quem quisesse colocar mais placas de expansão do que o número de slots disponíveis da placa. Não pense que era muito difícil preencher completamente os slots com placas de expansão, aliás ainda hoje não o é, mas o facto é que para que um computador 486 ou inferior funcionasse eram necessários à partida 2 slots: um para a placa de vídeo e o outro para a controladora Input-Output. Imaginem agora que é necessário instalar uma placa de som, uma placa controladora para um leitor de CD-ROM (imaginem que é um SCSI), etc..
Algumas placas principais para Pentium trazem já (além do interface EIDE, das portas série com o chip UART 16C550, da porta paralela de alta performance, da porta para rato PS2, da ligação para um modulador de infra vermelhos, e conexão para USB - Universal Serial Bus), um módulo de som incorporado e todo o circuito de vídeo "onboard". Um exemplo de placas deste tipo são as ADVANCED 'EV da Intel.
As placas para processadores Pentium têm já uma série de componentes na própria placa, que permitem uma maior simplicidade na montagem do computador, um incremento nas velocidades de transferência entre os dispositivos e mais possibilidades de upgrade pois estas placas além de fazerem baixar o custo do sistema, integrando os circuitos vitais numa só placa, estão geralmente preparadas para todos os processadores da família Pentium.
O problema que surgiu nos tribunais relativamente ao nome 386, e cuja decisão de que o nome 386 é uma designação de um tipo de produto e não pode ser referido como um produto exclusivo da Intel, levou a que esta, neste processador tenha preferido mudar o nome para Pentium. Esta mudança fez com que os processadores "clones" do Pentium não possam ser confundidos com o original.
O Pentium destaca-se dos anteriores processadores por ter um barramento de 64 bits enquanto os processadores 486 têm um barramento de 32 bit. Outra inovação em relação aos processadores 486 é a do aumento da memória cache interna para 16 Kb. A memória cache do Pentium está dividida em duas partes de 8 Kb uma para instruções e outra para dados.
A compatibilidade com os processadores das famílias anteriores foi observada no Pentium, como já é regra da Intel.
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O
Processador Pentium,
apesar de ser um
processador de 64 bit. usa
tecnologia de 32 bit. Isto
deve-se ao facto de,
internamente, o Pentium
ser
constituído por vários chips 486
ligados entre si por controladores que dividem o trabalho entre eles.
A velocidade do Pentium é também um factor a ter em conta nas diferenças entre os seus antecessores. A Intel continua a utilizar
uma tecnologia de multiplicação interna, da velocidade fornecida pelos osciladores da placa principal. A diferença está nas velocidades base da placa principal e que vão desde 50 a 66Mhz.
Quando surgiram os Pentium de primeira geração (60 e 66 Mhz), surgiu com eles um problema que levou a Intel a tomar medidas drásticas na substituição dos chips. Este problema situava-se ao nível do co-processador matemático (FPU), e foi devido ao facto de uma das maiores inovações do Pentium em relação ao seu antecessor, o 486, ter sido a introdução de um novo conceito de
co-processamento, reprojectando todo o circuito de apoio às operações de
vírgula flutuante (Floating Point
Unit).
Este "bug", ficou resolvido com a chegada do Pentium 75. Nos Pentium de Segunda geração (100, 120, 133, 166 e 200
Mhz) este problema já não ameaçou os
cálculos dos clientes da Intel. O Pentiuni 75 surgiu
como um elo de ligação entre as duas gerações pois
foi ele que trouxe a performance Pentium sem
"bugs" pela primeira vez.
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A memória RAM que as placas principais para Pentium usam, é do tipo SIMM de
72 contactos ou ainda do tipo DIMM de 168 contactos. O mais usual actualmente
são os SIMM de 72 contactos. Os SIMM podem ter ou não paridade, portanto
podem ser de 32 ou 36 bit (um bit de paridade por cada 8 bit de dados).
Os SIMM EDO (Extended Data
Output) surgiram para aumentar a performance das transferências de informação, especialmente nos sistemas
Pentium. Um SIMM EDO pode ser 20 % mais rápido do que um SIMM normal.
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A cache de 2º nível (L2) ou cache externa, está situada na placa
principal. Embora as primeiras placas para Pentium ainda usassem cache do tipo normal (Dual
In-Line Pin). cedo se começou a mudar para um novo tipo de concepção de memória
cache. A cache mais usada actualmente é do tipo "Pipeline Burst" e pode
estar situada na placa principal ou num módulo de cache em separado, que poderá
ser encaixado num socket CELP, disponível nas placas principais para Pentium.
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Este tipo de cache é mais rápido que o Convencional e é aconselhado para todos
os sistemas Pentium ou equivalentes.
As placas para Pentium têm apenas dois tipos de slots. Os slots ISA permitem a compatibilidade com as placas de 16 e 8 bit (placas de som, modems, etc.), e os slots PCI permitem a ligação ao sistema de placas de 32 bit e 64 bit (normalmente placas de vídeo, adaptadores SCSI ou placas de rede).
Cada vez mais se pensa em integração total dos circuitos e aqui está uma prova disso, já não se pensa em controladores EIDE fora da placa principal. O facto do controlador EIDE estar integrado na placa principal, torna possível um maior controlo dos dispositivos por parte do BIOS, o que é muito benéfico pai capacidades "Plug-and-Play" da placa.
Adeus às complicações quando precisávamos de desactivar uma das portas ou mudar o seu endereço. O BIOS consegue activar ou desactivar qualquer das portas série bastando para isso entrarmos no BIOS-Setup.
Os chips usados para as portas série das placas Pentium são os UART 16C550 que permitem velocidades altas de comunicação. Os modems externos podem ser ligados ao sistema sem a ajuda de portas série especiais.
A porta paralela pode ser configurada para os modos SPP, LPP e ECP.
Já deve ter reparado com certeza no número de fichas diferentes que encontra na parte de trás do seu computador, é uma confusão dos diabos... perdão, de cabos. Já pensou se tivesse apenas um tipo de ficha onde pudesse ligar o seu teclado, o seu rato, o seu joystick e até uma linha telefónica ao PC?
Pois bem, encontrou-se uma solução para uma grande parte dos problema utilizadores, saber onde ligar o quê.
O USB vem uniformizar as ligações dos periféricos ao seu computador sobretudo os periféricos mais comuns como o teclado, o rato, etc..
Nas placas para processadores Pentium existe
uma diferença que mal se nota, o tipo de chipset. Os chipsets das placas principais definem as capacidades das placas e são muito importantes.
Os tipos de chipset mais comuns pertencem à família Intel 430 e são os tipos FX,
VX e HX.
Descrição | 430 FX | 430 VX | 430 HX |
Tipo de Processamento | Simples | Simples | Simples ou Múltiplo |
Tipo de cache | Assíncrona, Burst,Pipeline Burst | Assíncrona, Pipeline Burst Global, | Pipeline Burst Global, |
Tamanho Max. da Cache | 512 | 512 | 512 |
Max. DRAM | 128 | 128 | 512 |
Tipo de DRAM | EDO, FPM | SDRAM, EDO, FPM | EDO, FPM |
Paridade | NÃO | NÃO | SIM |
USB | NÃO | SIM | SIM |
O disco rígido é um dispositivo de Memória Magnética, não amovível, de
grande capacidade e de acesso muito rápido, cuja comunicação com a placa principal
é feita através da placa controladora das unidades de memória magnética.
Este tipo de memória tem a vantagem de ser permanente e de grande capacidade.
Interfaces (ou normas de transferência de dados)
Um interface é uma via de comunicação que separa o Hardware do
Software. Esta via de comunicação pode obedecer a várias normas.
ST506/412
É
um interface ao nível de dispositivo e está completamente obsoleto nos computadores actuais. Na altura em que foi desenvolvido os computadores eram muito lentos o que fazia com que fosse um bom interface, pois podia mover dados do disco para a memória mais rápido que qualquer computador da época hoje computadores estão muito mais rápidos pelo que é inviável usar este interface.O ST506 usava uma velocidade de trabalho de 5 Mhz e uma taxa de transferência menos de 1 Mb por segundo.
ESDI
Este interface usa conexões iguais às do ST506 mas funciona com uma velocidade de 10 Mhz, foi aliás criado para melhorar as performances de ST506, no entanto estes dois interfaces não são compatíveis. O ESDI é também um interface ao nível do dispositivo, e consegue uma taxa de transferência de 2,5 Mb/seg.
IDE,
AT ou ATA( Integrated Device Electronics)
Ao contrário do ESDI e do ST506 que funcionam ao nível do dispositivo, este interface funciona ao nível do sistema , o que permite uma maior transferência de dados, mesmo com uma velocidade de trabalho igual a um interface de nível de dispositivo. Este interface é o mais
utilizado e permite uma transferência de dados de 4 Mb por segundo.
Dada a complexidade dos sistemas baseados nos interfaces ESDI e ST506, em que era necessário usar um controlador separado para o dispositivo, o que trazia por vezes problemas de incompatibilidade, surgiu a necessidade óbvia de juntar o circuito controlador ao próprio dispositivo, e assim diminuir o fluxo de informações de controlo nos cabos. Com a diminuição das informações de controlo a largura do bus de dados pôde aumentar, aumentando assim as taxas de transferência.
Com a evolução dos discos rígidos para capacidades superiores a 528 Mb, o IDE foi forçado a evoluir, dando assim origem àquele que é hoje o interface mais usado nos computadores pessoais. O EIDE (Enhanced IDE) como é denominado, vem
melhorar as características do interface IDE, tornando assim possível trabalhar
com discos de capacidade superior a 528 Mb (limitação conhecida do interface IDE).
Este interface suporta discos com interface Fast-ATA, o que permite uma maior taxa de transferência, permite controlar até quatro dispositivos IDE, e suporta outros dispositivos IDE, não sendo necessariamente discos. (CD-ROM, Tapes, etc..)
O interface EIDE suporta discos até 8.4 Gb e taxas de transferência até 16.6 Mbps.
O ATA ou AT-Attachement é o protocolo usado para a transferência de dados a todos os níveis entre o dispositivo e o resto do sistema. Para que seja possível controlar outros periféricos que não os discos IDE, foi inserido o ATAPI (AT Attachement Packed Interface). O ATAPI é uma extensão do protocolo
ATA e contém as instruções específicas das unidades de CD-ROM.
SCSI
(Sinali Computer System Interface)
Desenvolvido no início dos anos oitenta este interface, à semelhança do inter IDE, junta o dispositivo ao seu controlador. Como o próprio dispositivo não tem capacidade para comunicar com o computador necessita de um "host adapter", que lhe permita fazer a ligação.
Este interface é um interface de sistema e é o mais rápido de todos os interfaces para dispositivos. O SCSI ou também conhecido por "SCUZZI", não pode apenas ser visto como a ligação entre um dispositivo SCSI e o computador; de facto funciona um pouco como um bus secundário pois os dispositivos SCSI podem trocar dados entre si sem o auxílio do processador.
Um interface SCSI suporta até sete dispositivos ligados ao mesmo controla cada um com um ID (identificação) diferente. Os ID vão desde o 0 até ao 7 estando o 7 normalmente ocupado pelo adaptador.
SCSI original trabalhava a uma velocidade de 5 Mhz e tinha uma taxa de transferência de 5 Mbps (8 bit).
Existem vários tipos deste interface, o SCSI- 1, SCSI-2, SCSl-3. Dentre estes tipos existem ainda o tipo Fast SCSI-2 e Wide SCSI.
Unidade de Disquetes ou Floppy Disk Drive, é a designação do dispositivo de leitura e escrita em discos flexíveis, magnéticos ou ópticos e que permitem armazenar, quantidades de informação mais pequenas que nos discos rígidos com tempos de acesso muito superiores.
A vantagem deste tipo de memória permanente é o seu fácil transporte e consequente flexibilidade em trocas de informação com outros computadores mesmo em cópias de segurança.
As disquetes existem em dois tamanhos, 3.5 e 5.1/4 polegadas, diferindo em capacidade. Assim temos as disquetes de 3.5 com capacidades de 720 Kbytes (baixa densidade) e de 1.44 Mbytes (alta densidade) e temos as disquetes de 5.1/4 com capacidades de l80 Kb, 360 Kb (baixa densidade), e 1,22 Mb (alta densidade).
3.7.5 O Padrão ATX
Á medida que a informática tem vindo a evoluir, a tendência tem sido a de uniformizar os computadores nomeadamente em termos de arquitectura. O que há poucos anos separava um computador dos fabricantes mais poderosos, dos computadores fabricados por pequenas empresas, é hoje uma recordação do passado. De facto a contínua uniformização e introdução de padrões no mercado, tem vindo a forçar o aumento da qualidade dos computadores das pequenas lojas.
Podemos verificar que as placas principais para o processador Pentium e compatíveis, têm já um grande nível de integração de circuitos na placa principal. Todas as placas para Pentium têm os circuitos de Input - Output, os controladores EIDE, inclusive em algumas placas podemos encontrar até funções multimédia.
A juntar a estas inovações foi recentemente implementado no mercado um novo padrão de fabrico, o ATX. Este padrão visa melhorar a construção dos computadores e consiste numa série de especificações inovadoras para a arquitectura das placas principais.
O novo padrão ATX vem revolucionar por completo a concepção de computador pessoal dos dias de hoje, ao ser um padrão que visa facilitar a vida ao utilizador final. Quem é que nunca experimentou dificuldades ao fazer um "upgrade" de memória RAM a um computador, principalmente quando temos caixas pouco espaçosas?, e quem já tentou trocar o processador dentro de uma caixa Mini-tower?. Pois é, o padrão ATX redesenhou as placas principais e colocou os "sockets" para o CPU e os SIMM de modo a não termos que fazer "contorcionismo" para conseguir trabalhar dentro das caixas.
Outra das inovações deste novo padrão é a colocação directamente na placa das I/O e USB, e a possibilidade de integrarem também outras importantes tais como entrada e saída de som, vídeo comunicações.
O ATX obrigou a que se redesenhassem novamente as caixas, e colocou as fichas da drive de disquetes e dos dispositivos IDE mais próximos dos suportes para estes dispositivos, para deste modo possibilitar o uso de cablagem mais curta e diminuir assim a emissão e captação de ruído. Outra inovação foi a de deslocar slots de expansão para que não existam mais problemas com o comprimento das placas.
Todas estas inovações são de facto importantíssimas para uma melhoria de qualidade de fabrico dos computadores.
Quais são as vantagens do ATX?
O ATX traz grandes vantagens para os fabricantes de placas principais integradores e pequenos "assembladores" de computadores. As vantagens destas novas regras no que diz respeito aos fabricantes são óbvias devido à redução d custos de fabrico dos computadores. Um maior nível de integração é o segredo pois, como as placas principais têm um maior número de componentes "onboard", os custos de montagem são menores. O número de cabos a utilizar menor do que nas antigas placas principais. Outro factor positivo é o de permitir mais slots de expansão livres o que em conjunto com a deslocação do CPU e dos SIMM para posições de mais fácil acesso permite uma mais fácil actualização computador aos utilizadores finais.
Uma outra grande novidade é a de ser apenas necessária uma ventilação para toda a placa principal, o que é também um factor de redução de custos.
As vantagens para os utilizadores Finais são enormes, pois a possibilidade de "upgrade" e de expansão são reais. Será mais fácil adicionar placas de expansão "fuíl length" pois o desenho das novas placas principal assim o permite. Outra vantagem muito importante é a deslocação da posição dos SIMM e do CPU para facilitar o acesso.
O ATX é mais caro que os sistemas actuais?
O preço é comparável dado que o nível de integração das placas ATX é grande. Uma placa normal pode ter um preço inferior mas são necessários mais componentes adicionais, que já estão integrados nas placas ATX.
Em termos de montagem o custo também baixa devido à facilidade de acesso aos componentes chave do sistema.
Em conclusão, o preço de uma placa ATX é praticamente o mesmo de uma placa actual com os mesmos componentes "onboard".
Não será o ATX abondonado no futuro?
Não creio que isso possa acontecer pois praticamente todos os principais fabricantes mundiais estão a mudar para o formato ATX.
O que é necessário para montar um computador ATX?
É necessário comprar uma caixa ATX, pois devido ao formato das placas principais isso é aconselhável. Algumas caixas ATX não incluem fonte de alimentação, que pode ou não, ser ATX, portanto deve procurar caixa e fonte em conjunto. As placas principais são como é óbvio o mais importante portanto deve pesquisar o mercado para procurar a melhor opção.
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