Ásia, o maior dos continentes da Terra, quando aparece reunida com a Europa também é chamada de Eurásia. Incluídas as regiões insulares, estende-se por cerca de 44.936.000 Km2, isto é, um terço da superfície terrestre. Seus habitantes representam três quintos da população mundial.

Situada quase totalmente no hemisfério norte, faz divisa com o oceano Glacial Ártico, ao norte; a leste, com o estreito de Bering e o oceano Pacífico; ao sul com o oceano Índico e ao sudoeste com o mar Vermelho e o mar Mediterrâneo. A oeste encontra-se a fronteira convencional entre a Europa e a Ásia, marcada pelos montes Urais, que se estende para o sul pelo rio Ural até o mar Cáspio, prolongando-se para oeste pelas montanhas do Cáucaso até o mar Negro. Muitos geógrafos preferem considerar a massa formada pela Europa e pela Ásia como um só continente.

Ao sudeste do continente há um importante conjunto de arquipélagos e de ilhas que se estende para o leste até a Oceania, formado pela Indonésia, as Filipinas, Taiwan, as ilhas do Japão e Sakhalin. Sri Lanka e um grupo de ilhas menores como as Maldivas, as ilhas Andaman e Nicobar encontram-se no oceano Índico.

Por causa de sua diversidade cultural e sua extensão territorial, a Ásia se divide normalmente em cinco regiões: a região asiática da antiga União Soviética (conhecida como a Ásia Central Soviética), incluindo a Sibéria, a Ásia Centro-ocidental e o Cáucaso; Ásia Oriental, que compreende a China, o Tibete, a Mongólia, as Coréias do Norte e do Sul e o Japão; o sudeste asiático; Ásia Meridional, que abrange a Índia, Bangladesh, o Paquistão, Sri Lanka, Nepal e Butão; e o sudoeste asiático, que compreende o Afeganistão e os países do Oriente Próximo.

Entorno natural

O sistema fisiográfico asiático está centrado no Pamir; para oeste, avançando em curvas, se encontra o Hindu Kush e sua prolongação natural através do norte do Irã, os montes Elburz. Depois localizam-se as cordilheiras do Cáucaso, entre o mar Cáspio e o mar Negro, e os montes Pônticos, ao longo do mar Negro, na Turquia. A cordilheira Karakoram prolonga o Pamir para o sudeste, onde se encontra o maciço do Himalaia, que forma o contorno sul do extenso planalto do Tibete. Ao norte, são os montes Kunlun e Altun Shan os que delimitam a região tibetana. Esta linha de montanhas continua para o leste com menores altitudes, como no Nan Ling (Nan Shan), marcando a grande divisão climática entre a China Setentrional e a China Meridional. Do Pamir para o nordeste se localiza a grande cadeia de Tian Shan e, mais ao norte, os montes Altai prolongam-se até o interior da República da Mongólia. Para além estão as cordilheiras Sayan, Yablonovi e Stanovói, na Sibéria Oriental.

Ao norte do núcleo montanhoso central existem várias depressões estruturais importantes, todas em território chinês. Entre o Tian Shan e as cordilheiras Karakoram e Kunlun, encontra-se a enorme bacia do rio Tarim, na qual se localiza um dos maiores desertos de latitude média, o Takla Makan. Mais ao norte, entre o Tian Shan e os montes Altai, está a Dzungaria chinesa. Finalmente, para o sul e margeada pelo Kunlun e o Altun Shan, está a extensa bacia do Qaidam (Tsaidam).

A partir do núcleo montanhoso Pamir-Tibete, os grande rios correm em todas as direções: Lena, Ienissei e Obi, vão para o norte; rumo ao leste encontram-se os rios Ili, Syrdar'ya e Amu Dar'ya, que desembocam em mares interiores; para o sul, sudeste e leste, atravessando enormes planícies, estão os rios Indo, Ganges, Brahmaputra, Salween, Mekong, Yangtze, Amarelo (Huang Ho) e Amur.

O clima e a vegetação são tão variados quanto o relevo, indo desde as florestas equatoriais até a tundra ártica. Na sua maior parte, a zona setentrional está dominada pelo movimento das massas de ar polar continentais, que vão desde a Sibéria Ocidental até o norte do Pacífico. Os invernos são longos e rigorosos, os verões curtos e frios e as precipitações anuais e escassas. Um clima parecido é típico da planície do Tibete e de outras zonas altas. As regiões interiores têm um clima desértico de latitude média ou semi-árido, com invernos severos e verões entre temperados e cálidos.

Os extremos meridionais e orientais do continente se caracterizam pelos ventos monçônicos (ver Monção). Essas regiões da Ásia têm um inverno seco, que vai de gelado a frio, e um verão quente e úmido, com fortes precipitações nos meses de verão acompanhadas por tufões.

O sudoeste da Ásia possui um clima característico da zona mediterrânea. A média de chuvas por ano é baixa, predominando o clima das estepes e do deserto semi-árido. Esse clima se estende até o noroeste da península da Índia.

População

Na Ásia há maior diversidade de povos do que em qualquer outro continente. Tais povos se encontram muito concentrados numa pequena porção da área continental, basicamente no sul e no leste da Ásia. A densidade populacional das zonas setentrionais e das regiões interiores é menor, se comparada com a da Ásia Oriental, o sudeste asiático e a maior parte da Ásia Meridional, onde os habitantes se concentram em áreas relativamente pequenas, nas planícies ribeirinhas. A população, em 1990, era de 3,2 bilhões de habitantes.

Os povos mongólicos predominam na Ásia Oriental e na parte continental do Sudeste asiático, estendendo-se das áreas do Himalaia e do Tibet, passando pela Mongólia, até a Sibéria oriental, mas as etnias malaio-polinésias prevalecem em seus arquipélagos. No sul da Ásia, cerca de um terço da população é constituída por povos caucasóides, que são parecidos com os povos do Oriente Próximo, do sudoeste da Ásia e de grande parte da Ásia Central. Na Índia Meridional, os povos de pele mais escura, que falam línguas dravídicas (ver Línguas indianas), são o grupo predominante (ver Raças).

A cultura chinesa e outras culturas que sofrem sua influência e possuem suas próprias línguas são características da Ásia Oriental. Na Ásia Meridional os povos que habitam o norte falam uma variedade do hindi relacionada com as línguas indo-européias, mas no sul são mais importantes as línguas dravídicas dos povos nativos da península Índia. No sudoeste da Ásia as línguas mais importantes são o persa (farsi), o árabe, o turco e o hebreu, que identificam vários grupos étnicos. As línguas altaicas são numerosas na Ásia Central e na China Ocidental, embora hoje em dia o russo seja a língua dominante na Sibéria. Ver Línguas indo-iranianas; Línguas Semíticas.

A urbanização se desenvolveu rapidamente nas últimas décadas. A população urbana é maioria, exceto em alguns países do sudoeste e do centro do continente.

A taxa de população aumenta cerca de 1,8% ao ano. Vários países têm taxas de crescimento significativamente baixas, como Japão, China, Taiwan e Singapura. Mesmo que as previsões indiquem rápidos e grandes aumentos na população asiática, as taxas de crescimento na China, nas Filipinas e na Índia indicam que uma explosão demográfica é pouco provável. Porém, a população de todos os países asiáticos é jovem, o que faz prever que no futuro continue crescendo.

Religiões

Na Ásia são praticadas as principais religiões do mundo, mas também outras crenças menos difundidas. O judaísmo, o cristianismo, e o islã nasceram no sudoeste da Ásia; o budismo e o hinduísmo na Índia; e a chamada religião chinesa, que se compõe de elementos confucianos e taoístas, como também o culto aos antepassados, na China. Atualmente o cristianismo só é praticado por um pequeno número de asiáticos (sobre tudo nas Filipinas e na Coréia do Sul). Embora o budismo seja uma religião minoritária na Índia, seu país de origem, se estende sob duas formas muito diferentes pelo interior da Ásia e no sudeste asiático, onde constitui a principal religião: a doutrina do Theravada e o budismo Mahaiana. O islã domina o centro e o sudoeste da Ásia e tem grande importância na Ásia Meridional e na Indonésia.

Economia.

Muitas regiões da Ásia são economicamente subdesenvolvidas. A maioria da população dedica-se à agricultura, e grande parte da atividade agrícola é caracterizada por colheitas pobres e baixa produtividade. Há uma minoria que está empregada na atividade manufatureira.

No entanto, há muitas exceções. O Japão modernizou sua economia com sucesso, como também Israel, Taiwan, Coréia do Sul, Singapura, Hong Kong e, em menor grau, Indonésia, Malásia, Tailândia, Turquia e os estados petrolíferos da península arábica. Estimulada por investimentos estrangeiros de grande porte, a rápida privatização e a industrialização, a República Popular da China atingiu o crescimento mais rápido de toda a Ásia a princípios da década de 1990. O Vietnã e Laos, dois dos países mais pobres da Ásia, estão começando a atingir um significativo crescimento econômico e a captar investimentos estrangeiros consideráveis.

No sul, sudeste e leste da Ásia, a agricultura se caracteriza pelo cultivo de pequenas extensões de terra em planícies aluviais, cuja produção é basicamente destinada à subsistência, dependendo principalmente dos cereais e de tecnologias já ultrapassadas. O arroz é o alimento básico.

Os cereais de sequeiro, o pastoreio nômade e as culturas de irrigação nos oásis, são característicos das regiões mais áridas do interior e do sudoeste da Ásia. Porém, em sua grande maioria, os níveis de produção são baixos.

A indústria madereira é importante na maior parte dos países do sudeste asiático, como a Tailândia, onde o principal produto é a teca. O extrativismo vegetal e a agricultura itinerante, são atividades importantes nas áreas de florestas interfluviais do sudeste asiático, como também nas zonas mais distantes do úmido sul da Ásia e da China meridional.

A pesca marítima é extremamente importante. Japão é o primeiro país pesqueiro do mundo e a China o segundo. A indústria pesqueira também é relevante na Rússia, Tailândia, Indonésia e nas Filipinas.

A mineração é uma atividade importante na maioria dos países asiáticos e constitui um produto de exportação para outros: existe manganês na Índia, estanho na Tailândia e na Indonésia (os dois países são resposáveis pela maior produção de estanho do mundo), e nas Filipinas cromo. O mineral de exportação mais importante da Ásia é o petróleo; o sudeste asiático e principalmente o Oriente Próximo contém as maiores reservas petrolíferas do mundo, a exceção da Rússia. A mineração do carvão é também relevante na China, na Sibéria central e oriental, no noroeste da Índia, no Irã e na Turquia. Outros minerais significativos são o ferro, o manganês e o tungstênio na China; o enxofre, zinco e o molibdênio no Japão e o ouro no Uzbequistão e na Sibéria.

História

Enquanto a África é considerada o lugar onde a humanidade nasceu, acredita-se que a Ásia foi o berço da civilização, mesmo que esta não se desenvolvesse de maneira uniforme nem fosse a única a existir. Para encontrar mais informação sobre as regiões onde ela se desenvolveu, ver as seções de história dos artigos referidos às diversas culturas asiáticas: Ásia menor; Assíria; Babilônia; Civilização do Vale do Indo; Oriente Próximo; Pérsia; Suméria e China.

Além do antigo Egito, as primeiras civilizações conhecidas nasceram nos grandes vales fluviais do sudoeste da Ásia, noroeste da Índia e China meridional; apesar de suas diferenças, todas elas eram sociedades agrícolas que precisavam de estruturas sociais e políticas avançadas para poder manter os sistemas de irrigação e controle das cheias. O aumento das colheitas e o trabalho dos artesões facilitou a produção de artigos para o comércio, favorecendo o intercâmbio entre as culturas.

Mesopotâmia é considerada o berço da civilização. Já em 3000 a.C., os sumérios irrigavam os campos por meio de canais feitos com muita precisão, sendo sua escritura cuneiforme utilizada até o século IV a.C.

Mesmo que o reino sumério-acádio tivesse caído diante dos invasores do norte, a Mesopotâmia continuou sendo o centro da civilização da Ásia ocidental até o século VI a.C. Os babilônios (1900-600 a.C., aproximadamente), os assírios (séculos IX-VII a.C.) e os caldeus (séculos VII-VI a.C.) foram os últimos povos importantes que dominaram a região.

Já no ano 2300 a.C., uma avançada civilização localizada no Vale do Indo, ao noroeste da Índia, comerciava com a Mesopotâmia seu algodão e seus tecidos. Da mesma forma que na Mesopotâmia, a irrigação gerava excedentes nas colheitas e levou à elaboração de um avançado sistema social e político. As principais cidades eram Mohenjo-Daro e Harappa. Os povos indostânicos utilizavam a escrita, dirigiam carros de rodas e tinham um alto nível de criatividade.

Entre 1500 e 1200 a.C., povos indo-europeus que vinham da Ásia central destruíram as cidades do Indo e se estabeleceram no vale do Ganges. A forma mais antiga que até hoje se conserva de sua língua é o sânscrito védico (ver Língua sânscrita, literatura sânscrita; Veda). Entre os anos 900 e 500 a.C. estabeleceram-se em cidades-estado, governadas por monarcas absolutos. A religião hindu estabeleceu a divisão hierárquica da sociedade através de um complexo sistema de castas.

Entre os anos 3000 e 1600 a.C., a planície do rio Huang Ho abrigou grandes comunidades de agricultores que criavam o bicho-da-seda e teciam seus fios, para confeccionar tecidos que enviavam através das rotas de camelos da Ásia central. Possuiam uma sociedade avançada, embora os documentos escritos não aparecessem até o século XVI a.C., sob a dinastia Shang, que governou uma série de reinos constituídos por cidades-estado confederadas.

Durante a dinastia Chou, que substituiu os Shang, três importantes vertentes do pensamento chinês surgiram: o confucianismo, o taoísmo, e o legalismo (ver Filosofia chinesa).

No decorrer de onze séculos, desde ano 500 a.C. até o ano 600 d.C., as primeiras civilizações se expandiram e relacionaram entre si. Os monarcas conquistadores como Alexandre Magno facilitaram o intercâmbio cultural. Já no ano 500 d.C. as principais religiões e filosofias do mundo, a exceção do islã, tinham-se propagado bem longe de seus lugares de origem. (Ver Pérsia; Dinastia Selêucida; Império Bizantino.).

Do século VII ao XV, duas forças dominaram os acontecimentos asiáticos: a nova religião islâmica, levada pelos conquistadores árabes, e posteriormente a expansão dos mongóis, que conquistaram grande parte da Ásia e ameaçaram a Europa.

Novos impérios

Com a queda dos mongóis, os impérios asiáticos rivais lutaram pelo poder: os turcos otomanos, os iranianos, os mongóis da Índia e os chineses das dinastias Ming e Tsing (ou manchu) criaram um quadro de desintegração política que acabou com o comércio terrestre. Nesse momento, enquanto os novos países da Europa entravam numa fase de expansão e colonialismo, os turcos otomanos isolaram o extremo ocidental do continente, prejudicando também as rotas marítimas para o Oriente. O resultado foi uma rivalidade internacional pelo comércio que submeteu a Ásia à invasão européia.

Colonialismo europeu

Em meados do século XIX, os poderes coloniais dominantes na Ásia eram a Grã Bretanha e a Rússia. Os holandeses controlavam as Índias Orientais (atual Indonésia), e também o lucrativo comércio de especiarias que tinham tomado dos portugueses. Por outro lado, a Espanha governava as Filipinas e os franceses dominavam a Indochina. Os portugueses, que foram os primeiros em evitar o obstáculo dos turcos ao navegar ao redor da África, perderam a maioria de suas fortalezas. A Ásia foi o grande teatro da rivalidade entre as potências européias.

O colonialismo e o imperialismo significaram novos problemas para os asiáticos, que anteriormente tinham absorvido sucessivas vagas de invasores estrangeiros. Os novos invasores visavam atingir o poder político e econômico dos governos locais. O resultado final, com a exceção de Sião e do Japão, e parcialmente da China, foi a anexação e o governo direto pelos europeus.

No fim da década de 1950, os movimentos em favor da independência, ativados pela intensificação do nacionalismo, tinham acabado com a maioria dos governos coloniais da Ásia.

A rivalidade pós-guerra entre as ideologias capitalista e socialista, parte do confronto global entre os Estados Unidos e a União Soviética, teve importantes reflexos na Ásia. O comunismo atraiu muitos asiáticos que ansiavam a independência, governos participativos e reformas sociais. O comunismo triunfou na China, na Coréia do Norte, no Vietnã (Guerra do Vietnã), Laos e Camboja (Khmer Vermelho). Nenhum país da Ásia pode permanecer alheio à confrontação que trouxe a Guerra Fria.

A expansão econômica e industrial tornou alguns países asiáticos líderes mundiais em riqueza e produção industrial. No sudoeste da Ásia, as exportações de petróleo geraram enormes riquezas, e embora grande parte dessa riqueza acabasse em mãos privadas outra porção, também grande, se utilizou em programas sociais e de modernização.

O petróleo também se tornou uma importante arma política. Após a guerra de Iom Kipur, as nações exportadoras de petróleo aumentaram seu preço provocando uma séria inflação e recessão nos países importadores do produto, o que levou ao aumento da dívida externa de muitos dos países em vias de desenvolvimento. A guerra Irã-Iraque, na década de 1980, que num primeiro momento parecia ameaçar a produção de petróleo, acabou gerando uma redução no seu preço no mercado internacional, já que fomentou a desunião entre os países produtores do Oriente Próximo.

Apesar do conflito entre ambições e ideologias e dos problemas locais, na década de 1980 e princípios de 1990, amplos setores da população asiática cresceram economicamente, implantaram regimes democráticos e conseguiram melhorar seus níveis de vida.

 

Civilização do vale do Indo, 2500 a.C.

Na área do vale do Indo conhecida hoje como Paquistão surgiu, por volta do ano 2500 a.C., uma avançada cultura da Idade de Bronze que se prolongou durante mil anos. Os eruditos não sabem como começou, nem se estes povos tinham alguma relação com os atuais habitantes do sudoeste da Ásia. No ano 1500 a.C. um povo nômade, o indo-ariano, invadiu o vale do Indo, provavelmente procedente da região norte do mar Cáspio. A cultura ariana dominou a região e apagou a memória dos seus predecessores.

 

Ásia

Ásia abrange uma terceira parte da superfície terrestre, o que a torna o maior continente do mundo. Na Ásia habitam mais de 3,2 bilhões de pessoas, aproximadamente tres quintos da população mundial. O ponto mais alto da superfície terrestre, o monte Everest (8.848 m), e o mais baixo, o mar Morto (395 m sob o nível do mar) encontram-se na Ásia.

 

Ásia Menor, região que corresponde aproximadamente à atual Turquia asiática, ou península de Anatólia. Alguns dos primeiros povoados neolíticos do Oriente Próximo foram encontrados na Ásia Menor. Um dos mais importantes, em Çatal Hüyük, próximo à atual Konya, data de 9000 a.C.

A cultura anatólia mais importante, a dos hititas, floresceu, durante a Idade do Bronze, por volta de 1900-1200 a.C. Foi destruída por invasores conhecidos como povos do mar, que arrasaram a Ásia Menor e a Síria no final do século XII a.C.

Um dos chamados povos do mar, o frígio, estabeleceu um reino que se tornou o poder anatólio dominante durante os séculos IX e VIII. Por volta de 700 a.C., o reino frígio foi invadido e destruído pelos cimérios, povo nômade que viveu a oeste da Ásia Menor. No século VII a.C., os lídios também apareceram perto da costa grega, onde fundaram um reino cuja capital era Sardes.

Desde meados do século VI até 333 a.C., a grande parte da Ásia Menor pertenceu ao Império Persa, mas, no século IV a.C., o poder persa declinou e, depois de 333 a.C., foi suplantado pelo Império Macedônio de Alexandre Magno. Depois da morte deste, seus domínios foram parar nas mãos dos reis Selêucidas da Síria, excetuando-se Lícia e Cária, que foram governadas pelos Ptolomeus. Nos séculos II e I a.C., a Ásia Menor foi gradativamente conquistada pelos romanos.

Depois da divisão do Império Romano, no século IV d.C., a Ásia Menor tornou-se parte do Império Romano do Oriente ou Bizantino, cuja capital era Constantinopla. Durante os séculos XIV e XV, os turcos otomanos conquistaram toda a península, que passou a fazer parte do Império Otomano até o estabelecimento da República da Turquia, em 1923.