A Chosen Faith

John Buehrens e Forrest Church
Resenha por Bruno Maronezi

O livro é dividido em 7 partes, cada uma com dois capítulos: um do Forrest Church e outro do John Buehrens, sempre nessa ordem. Cada uma das partes é dedicada a uma das sete fontes da tradição, descritas nos "Princípios e Objetivos". Há ainda uma introdução, assinada por Forrest Church, e antes ainda, dois prefácios: um "Foreword" de Robert Fulghum (autor de "Tudo o que eu devia saber sobre a vida aprendi no jardim da infância") e um "Preface" de Denise Taft Davidoff.

A primeira parte trata de experiências religiosas, e faz mais sentido a estadunidenses, por descrever experiências de personagens famosos da história dos EUA. A segunda parte, dedicada a "Palavras e feitos de homens e mulheres de visão profética..." tem um capítulo de Forrest Church intitulado "Deeds not creeds". Isso me chamou a atenção. Particularmente a afirmação de que "[m]uito freqüentemente nós não temos nenhum dos dois, enquanto eles [os religiosos fundamentalistas] têm ambos" (p. 51). De fato, é uma coisa sobre a qual devemos refletir. Eu me pergunto como fazer para mudar isso.

Na terceira parte, dedicada à "Sabedoria das religiões do mundo...", há um texto de Forrest Church que traz a imagem da "catedral do mundo", que procura mostrar os conceitos de Unitarismo e Universalismo de uma maneira bastante poética. A imagem é realmente bonita, e alerta para um erro muito cometido: "Toda religião é meramente um conjunto de variações a partir da regra de ouro" (p. 87). Eu vejo isso por toda parte: pessoas dizendo que as religiões são apenas maneiras diversas de dizer a mesma coisa. Eis aí outro problema sobre o qual devemos refletir.

Esses foram os trechos que mais me chamaram a atenção. O restante do livro também apresenta idéias interessantes, como o capítulo sobre ensinamentos humanistas e belas reflexões sobre a espiritualidade centrada na natureza, algo muito importante aqui no Brasil.

Uma ressalva que faço é que o livro (especialmente o início) é mais dedicado à cultura estadunidense, como já mencionei anteriormente, mas ainda assim traz contribuições importantes. Ainda pretendo reler o livro com mais atenção em outros trechos. Me pergunto também se não seria interessante trabalhar numa tradução para o português (já há tradução para o espanhol).

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