versiones, versiones y versiones...renovar la aventura de compartir la vida con textos, imágenes y sonidosDirector, editor y operador: Diego Martínez Lora    Número: 49 / abril-mayo 2003


Delane Guimarães:

A escola do futuro


Vários professores brasileiros e estrangeiros, foram convidados a escreverem sobre a escola dos próximos 25 anos, portanto , a escola em 2028.

Todos ou a grande maioria, foi de opinião que é praticamente impossível  fazer uma previsão deste tipo , já que existem mais de 100 milhões de crianças fora da escola  no mundo todo e 900 milhões de adultos analfabetos.

Concordamos que a escola não pode agir sozinha. Propor igualdade, numa sociedade injusta e desigual seria praticamente impossível além de incoerente.

Talvez fosse o momento de refletirmos que a educação não pode estar isolada da cultura de um povo , aí reavaliaríamos os métodos usados , e também que seria interessante trabalhar estudando e não só estudar para trabalhar, visando só um futuro profissional.

Numa certa época, imaginei uma escola em que haveriam várias modalidades de artes: seria, na minha opinião, uma escola de música especial. Um verdadeiro centro de artes.

A diferença seria de que o aluno experimentaria todas elas, mesmo optando no final, por uma modalidade só.

O estudante de música experimentaria o teatro, a modelagem,  escultura.. dança .

Nesta escola haveriam todas as artes possíveis, desde a musica até fotografia, e sem deixar de lado os pincéis e até o artesanato.

No meu pensamento, este seria  o modo ideal do ensino das artes, já que a sensibilidade e a criatividade juntamente com o raciocínio, seriam experimentados em vários  aspectos.

Hoje, vejo na discussão sobre a escola dentro de 25 anos , uma citação sobre a escola que misturasse ciência  e arte.

Uma “Oficina de Arte e Ciência ” : os garotos teriam computadores, laboratórios, instrumentos musicais ou pincéis.

Esta oficina, segundo o professor Ennio Candotti, ofereceria ao aluno diferentes modos de observação e representação do mundo, enriquecendo assim suas possibilidades de escolha de significados e valores no mundo em que vivem.

Ela educaria para a curiosidade e imaginação: seria um elo entre o virtual e o real.

A minha esperança é de que o respeito, a curiosidade, o estímulo e a experimentação estejam juntos, nesta escola do futuro, e que, parafraseando Rubem Alves..: “que os experimentos pipoquem !”     


(*)Delane Guimarães, escritora brasileira.


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