versiones, versiones y versiones...renovar la aventura de compartir la vida con textos, imágenes y sonidosDirector, editor y operador: Diego Martínez Lora    Número 52 - octubre-noviembre 2003


Rodrigo Costa(*):

Caro Papa e outro poema


Caro Papa

Realmente me ausentei tive que faze-lo, Hollywood me enganou direitinho me
disse que era perfeito e bonito,
Um ser enganado, subestimado assim é liberto dos enfermos de uma idéia não
muito sublime, e acaba fugindo para lutar.
Disparado numa imensa direção corre de seus `` desistas `` e chora, chora
por que não desiste de gritar dentro de sua mente só que nada ouve então se
tranca e se manca, não podes desistir homem! não estais doente ou algo
parecido, mas nunca deixe de chorar pelo suicídio , e nem deixe de chorar
pelo deserto.
Faça tudo por mim, não vá!  eu vou lá com você amanhã, quando o sol vier  eu
vou te fazer feliz, não chame o amor que você não conhece, deixe as ondas
baixarem e entraremos na água ,e um novo caminho se abrirá agora nos seus
olhos, pare e vá , vá e pare,  vá para os seus olhos e não saia de lá sem eu
lhe mandar a caixa que  prometi  chegar e não pare de andar em direção aos
seus olhos e diga ao apito para não parar por cinco anos,  não mais que isso
, grite pelo lindo dia que chegou, às vezes sempre vou por cima da
plantação, vou colher o quase certo e mesmo assim eu tento não mais gritar
ao ver o sol, talvez meus filhos não entrem nas árvores amigas que eu por
vezes entrei pra ver os meus euntes queridos, e o velho tempo.
Quero correr por cima da areia acreditando que você ainda me ama, mesmo 
estando do outro lado do reflexo, ambos estamos felizes com o ar de
descanso, esquecimento, e ver, ver, ver , ver , ver o sim , o sim realmente
me desespera não posso acreditar na tamanha irrealidade que existe, ela é
dona do nada que existe dentro do meu ouvido, escuto o sim ecoar pelos
labirintos, paro um tempo e escuto Frank Sinatra me dizer que Deus esta
sendo justo conosco.
Temo continuar essa sandice toda, mas quando escuto a voz da escravidão
mergulho no não escuro  peito teu e não saio  de lá até achar o amor que
perdi por você , e não saio de lá até achar o amor que aprendi com você, e
quando a lua vier vou gritar e subir envolto no sempre amor que vou ter por
você, e longe o amor irá com você, só com você e andará com você até a
juventude.
Feche seus olhos e me dê a sua mão, sinta o meu entender e o meu sonho
entrar pela porta e diga meu nome antes que eu me deite, porque a luz da
vida não desiste de ir lá.
Feche seus olhos e me dê a sua mão, e a tão fácil vida, agora entendida,
pulará em torno dos teus pés.


Cinza de amor poema



Coração mal agradecido, desalmado nunca me amou realmente.
Vai, segue tua fria razão usa toda crua sinceridade.
Perdão.  Jamais vou pedir! não quero ser magoado.
A dor, pertence apenas a mim .

Me  transformo em vento, pelo menos sou frio, invisível  e sigo mais rápido,
Inconsolável meus olhos não enxergam mais nada,
Não é  possível ser infeliz sozinho, não quero te dar aconchego.
A vida não tem segredo, sou rapaz cego de rajadas violentas.

O nosso Passado ninguém quer saber, só  aquele que um dia vai nos fazer ser
passado.
Não se pode viver sem ela, não há remédio, ninguém tem culpa da nossa
separação.
Transtornado é o nosso filme, o amor fugiu, assim como a felicidade.
O nosso mal é o nosso bem, sem ter ninguém para tocar nele.

Sinto tudo ao mesmo tempo, não quero parar de viver exaustivamente, a vida é
como uma ópera , incessante, inacabada, infinita,  todos os acordes na mesma
hora, não distingo  os instrumentos todos viram um só instrumento, o som vem
pra cima ,como um maremoto, tento absorve-lo ,  viro naúfrago, pela melodia
harmoniosa da canção bem composta
do meu cansado e desesperançoso coração,  que um dia será tudo o que a
lembrança quiser que ele seja. Nem que esse pobre seja só  ilusão e solidão
e que nunca tenha vivido uma paixão.

Coração mal agradecido, mal tratado, mal amado e triste, muito triste.
Odiado e amado. Já virou brasa, e todas as labaredas  se foram,  como
recordações, e nada podemos fazer a não ser chorar, o que um dia chegou a
ser nossa aparência, hoje é uma insistente primavera. Uma cinza de amor.


(*)Rodrigo Costa, brasileiro. Mora em Recife.


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