Rachel Carson
Rachel
Louise Carson, escritora, cientista e ecologista norte-americana, nasceu em
1907 na cidade rural de Springdale, Pensilvânia. Devemos a ela o livro
que marcou o início da revolução ecológica nos
Estados Unidos: The Silent Spring
(A Primavera Silenciosa), trazendo uma série de advertências
sobre o meio ambiente. Ainda hoje, a obra é considerada uma das mais
importantes do século, ajudando a desencadear uma mudança de
postura dos EUA e de outros países do mundo em relação
aos pesticidas e poluentes.
Rachel publicou seu primeiro trabalho aos 10 anos, numa revista literária
infantil.A paixão que tinha pelo mundo natural foi acesa pela Biologia.
Especializou-se em zoologia e iniciou sua carreira no governo federal como
cientista e editora, em 1936, tornando-se editora-chefe de todas as publicações
do departamento de Pesca e Vida Silvestre dos EUA.
Seus primeiros livros abordavam temas ambientais, principalmente o mar. A obra The Sea Around Us (O Mar à nossa volta) recebeu a medalha John Burroughs, o prêmio nacional do livro nos EUA. Em um ano, foram vendidos mais de 200 mil exemplares. Em A Primavera Silenciosa, Rachel afirmava que o uso indiscriminado de agrotóxicos, além de acarretar sérios riscos de câncer e outras doenças, prejudicaria o planeta a ponto de os pássaros deixarem de cantar na primavera.
Raquel Carson foi combatida pela indústria química e até
por representantes do governo, que a consideravam alarmista. Corajosamente,
porém, continuou sua luta, lembrando que todos somos parte vulnerável
do mundo natural, sujeitos aos mesmos danos que o resto do ecossistema. Perante
o Congresso americano, em 1963, Rachel clamou por novas políticas de
proteção à saúde humana e ao ambiente. Juntamente
com o biólogo René Dubos,
Rachel Carson foi uma das pioneiras da conscientização de que
os homens e os animais estão em interação constante com
o meio em que vivem.
Apesar de nem todas as advertências do livro A
Primavera Silenciosa terem se concretizado, ele tornou-se um
best seller de projeção internacional. A morte de Rachel, em
1964, no entanto, privou a autora de acompanhar a revolução
que seu livro causou. Logo depois de publicá-lo, ainda em 1962, ela
escreveu a um amigo:
"Sei que ajudei pouco o meio ambiente. Afinal, não seria muito realista pensar que um livro poderia mudar algo no mundo."
Rachel certamente subestimou sua influência. Seu testemunho em favor da beleza e da integridade da vida continua inspirando novas gerações a lutar pela preservação do mundo vivo e de todas as suas criaturas.
Revisada em 24.09.2003