Conforme foi dito no capítulo anterior, o coração, num adulto jovem saudável e em repouso ejeta, a cada minuto, aproximadamente 5 litros de sangue através de cada câmara ventricular.
Mas acontece que, ao se praticar alguma atividade física mais intensa, com a dilatação acentuada de diversos vasos sanguíneos na musculatura esquelética, uma quantidade bem maior de sangue passa a retornar ao coração. O coração então, nessas ocasiões, passa também a ejetar a mesma quantidade através de seus ventrículos e evitando assim a ocorrência de uma estase sanguínea. Em determinados momentos, com atividade física intensa, o volume de sangue que retorna ao coração chega até a aproximadamente 25 litros por minuto e, ainda assim, muitas vezes o coração é capaz de bombear todo este volume.
Lei
de Frank-Starling:
Estabelece
que o coração, dentro de limites fisiológicos, é
capaz de ejetar todo o volume de sangue que recebe proveniente do retorno
venoso.
Podemos então concluir que o coração pode regular sua atividade a cada momento, seja aumentando o débito cardíaco, seja reduzindo-o, de acordo com a necessidade.
Vejamos, portanto, de que forma o coração controla sua atividade:
Controle da Atividade Cardíaca:
O controle da atividade cardíaca se faz tanto de forma intrínseca como também de forma extrínseca.
Controle
Intrínseco:
Além do controle intrínseco o coração também pode aumentar ou reduzir sua atividade dependendo do grau de atividade do Sistema Nervoso Autônomo (SNA).
O Sistema Nervoso Autônomo, de forma automática e independendo de nossa vontade consciente, exerce influência no funcionamento de diversos tecidos do nosso corpo através dos mediadores químicos liberados pelas terminações de seus 2 tipos de fibras: Simpáticas e Parassimpáticas.
As fibras simpáticas, na sua quase totalidade, liberam nor-adrenalina. Ao mesmo tempo, fazendo também parte do Sistema Nervoso Autônomo Simpático, a medula das glândulas Supra Renais liberam uma considerável quantidade de adrenalina na circulação.
Já
as fibras parassimpática, todas, liberam um outro mediador químico
em suas terminações: acetilcolina.
Copyright - 1999 - Milton Carlos Malaghini
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