Na aula sobre coração isolado pudemos isolar um coração de um anfíbio (rã) e observá-lo durante vários minutos em atividade própria, mesmo fora do controle do animal. Pudemos constatar, então, que o coração realmente apresenta células auto-excitáveis, através das quais o mesmo desenvolve uma ritmicidade própria. Observamos também o seu controle intrínseco, isto é, recebendo um maior volume de líquido, imediatamente, um maior volume era bombeado pelas suas câmaras e recebendo um menor volume, o contrário ocorria.
Algo um tanto interessante, entretanto, foi observar o efeito de diversas substâncias químicas colocadas isoladamente no interior do coração: Várias dessas substâncias apresentavam a capacidade de alterar a frequência cardíaca, a força de contração ou mesmo ambas.
Sabemos
que o tecido cardíaco apresenta 2 tipos de receptores químicos:
receptores
b1
e
g
Substâncias b1 agonistas provocam um aumento na frequência cardíaca e um aumento na força de contração.
Substâncias g agonistas, ao contrário, provocam uma redução na frequencia cardíaca e uma redução na força de contração.
Vejamos,
na tabela abaixo, os efeitos observados pelas diversas substâncias
colocadas no interior de um coração isolado e seus respectivos
efeitos na força de contração e na frequência
rítmica do mesmo:
drogas/substâncias | receptores | força de contração | frequência cardíaca |
nor-adrenalina | a | - | - |
adrenalina | a = b1 = b2 | aumenta | aumenta |
acetilcolina | g | reduz | reduz |
isoproterenol | b1 = b2 | aumenta | aumenta |
salbutamol | b1 < b2 | aumenta discretamente | aumenta discretamente |
fenoterol | b1 < b2 | aumenta discretamente | aumenta discretamente |
terbutalina | b1 < b2 | aumenta discretamente | aumenta discretamente |
propanolol | b bloqueador | reduz | reduz |
atropina | g bloqueador | aumenta | aumenta |
cloreto de potássio | - | - | parada cardíaca |
gluconato de cálcio | - | aumenta | parada cardíaca |