Sacrifício
 

Grandes coisas só podem ser feitas através
de grandes sacrifícios.


Tudo deve ser sacrificado, se necessário,
por este único sentimento: universalidade.


Vão ao inferno, vocês mesmos, para comprar salvação para os outros.
Não há Mukti, na terra, que possa chamar minha.


A liberação destina-se somente àqueles
que abandonam tudo pelos outros, ao passo
que os que enchem seus cérebros dia e noite, cantado “minha salvação, minha salvação”, perambulam com sua verdadeira existência arruinada, tanto atual como progressiva,
e isto eu vi com meus próprios olhos, muitas vezes.


Não peçam nada; nada queiram em troca.
Dêem o que tem a  dar; voltará para vocês,
mas não pensem nisso agora.
Voltará multiplicado, milhares de vezes,
mas que sua atenção não se prenda a isso.
Vocês tem o poder para dar.
Dêem, e aí finaliza-se a história.
Não existe virtude mais elevada que a caridade.
O homem mais baixo é aquele cuja mão se estende para receber; e é mais elevado o homem cuja mão avança para dar. A mão foi feita para dar sempre. Dêem a última códea de pão que tenham, mesmo se passarem fome. Serão livres num instante se passarem fome até à  morte dando a outro. Imediatamente serão perfeitos; se tornarão Deus.


Quem se importa com nome? Fora com isso!
Se no esforço de levar pedaços de alimento a bocas esfaimada, nome, posses e tudo o mais sejam destruídos, três vezes serão abençoados.
É o coração que conquista, não o cérebro.
Livros e cultura, yoga e meditação e iluminação;
é tudo poeira comparado com o amor.


A Índia quer o sacrifício de no mínimo mil
de seus jovens; homens, e não animais.


A queda de uma seita religiosa começa
no dia em que a adoração ao rico penetra nela.


A coisa essencial é renúncia; sem renúncia
ninguém pode extravasar o coração
no trabalho para os demais.
O homem de renúncia vê todos com olhos equânimes, por que então alimenta a idéia
que esposa e filhos são mais seus que outros?
À soleira de sua própria porta Narayana em pessoa está morrendo de fome na forma de um mendigo!
Ao invés de lhe dar algo, satisfarão somente
os apetites de sua esposa e filhos com guloseimas? Ora, isso é próprio de animais!


Tudo que é egoísta é imoral;
e tudo que é inegoísta é moral.


Devemos manter presente em nossas mentes
que somos todos devedores ao mundo
e que o mundo nada nos deve.
É um grande privilégio, para todos nós,
podermos fazer algo pelo mundo.
Ajudando o mundo, realmente
ajudamos a nós mesmos.


O inegoísmo vale muito mais, só que as pessoas
não têm paciência de praticá-lo.


Não fiquem postados em um pedestal com alguns centavos na mão dizendo: “aqui está, meu pobre homem”,  mas sejam gratos que o pobre esteja ali, por isso podem dar-lhe algo.
Assim, estão ajudando a vocês mesmos.
Não é quem recebe, o abençoado, mas o que dá.


Sejam grandes.
Nenhum grande trabalho
pode ser feito sem sacrifício.
O próprio Purusha sacrificou-se para criar este mundo Rejeitem o conforto, os prazeres, os nomes,
fama ou posição, mais ainda, suas próprias vidas
e façam uma ponte de elos humanos sobre a qual milhões possam cruzar este oceano da vida.
Juntem todas as forças do bem.
Não se importeis com bandeira sob a qual marcham. Não se preocupem com a cor, verde, azul, ou vermelha, misturem todas e produzam o brilho intenso do branco, a cor do amor.
Nosso lema é trabalhar.
Os  resultados se cuidarão a si mesmos.


No mundo, tenham sempre atitude do doador.
Dêem tudo e não peçam recompensa.
Dêem amor, dêem ajuda, serviço, dêem
o que pouco tenham, mas excluam
qualquer idéia de permuta.
Não imponham condição
e nenhuma lhes será imposta.
Que nós possamos dar de nossa própria generosidade, da mesma forma que Deus nos dá.