Grupos de Interlocução
Estes grupos
foram se constituindo para abrirem espaços mais propícios para
interlocução e discussão de trabalhos. A idéia é que cada
participante formule seu(s) interesse(s) e, se quiser, poderá
juntar-se para debater com outros participantes que tenham
interesses semelhantes.
Cada tema
pode reunir várias propostas de trabalho.Novos grupos podem
surgir. Formule a sua proposta de trabalho. Venha debater
conosco.Procure o contato de cada grupo para outras informações.
Caraíbas dos Estados Gerais da Psicanálise
de São Paulo
O Grupo Caraíbas
reuniu-se pela primeira vez em 21/11/1998 e contou com a presença
das seguintes pessoas:
Maria
Teresa Martins Ramos Lamberti
Sara Helena Hassan
Beatriz Mecozzi
Maria de Fátima Siqueira
Ana Cleide Guedes Moreira
Paulo Roberto Ceccarelli
Mírian Chnaiderman
Maria Cristina Rios Magalhães
Propondo-se
aprofundar os temas dos textos: "Existe uma
Psicanálise Brasileira" (Miriam Chnaidermann) e "A Psicanálise e
a Arte de Perguntar" (Maria de Fátima Siqueira), a discussão iniciou-se
interessada na cultura antropofágica brasileira, na relação
colonizador/colonizado e na repercussão dessa relação para a
psicanálise.
Pode-se dizer
que existe uma psicanálise brasileira? O que isso significa?
Qual a relação entre psicanálise e política? Qual é a política
da psicanálise? Qual é a ética da psicanálise? A partir daí,
surgiu um desdobramento de opiniões: para alguns a política da
psicanálise diz respeito, necessariamente, ao aspecto social e
histórico do termo, à relação da psicanálise com o poder
instituído (Miriam). Para outros, a política da psicanálise
diz respeito à natureza de sua atividade, que traz, em si, sua
própria ética. Ou seja, a livre-associação pede e pressupõe
por princípio uma liberdade que impede, ou
dificulta muito, qualquer tipo de engajamento político-ideológico
(Cristina), sendo esta a característica de sua política.
Para outros,
a política da psicanálise diz respeito à posição que o
analista e a psicanálise ocupam no mundo moderno. Numa sociedade
consumista e imediatista, o lugar do analista e a busca de análise
por parte do sujeito explicitam um posicionamento ético e político
definidos, por si mesmos.
Ideologia,
política, ética ... a discussão não para aí. Participe dela
conosco.
Mensagens de apoio
Trabalhos
em discussão:
Este grupo
espera outras propostas e outros trabalhos relativos ao tema.
Contato:
Maria Cristina Rios Magalhães
Rua Itápolis, 1325
01245-000 - São Paulo
Tele/fax (011)256-3236 e 257-8694
crismagalhaes@uol.com.br
O Cotidiano da Clínica
É um grupo
em fase de organização. Este grupo, acolherá os debates à
respeito de questões específicas da clínica. O grupo solicita
outras propostas e trabalhos sobre o tema.
Contato:
Maria de Fátima Siqueira
Rua Fidalga, 260
05432-000 - São Paulo
Fone: (011) 815-3291
Fax: (011) 815-4530
E-mail: mfmarques@uol.com.br:
Psicofármacos e Psicanálise
Proposta de Trabalho de Rubens Coura
Envie-nos a
suas propostas e seus trabalho
Contato: Rubens Coura
Av. Paulista, 2073
01311-300 - São Paulo
Tele/fax- (011) 288-2775
E-mail: cecolli@usp.br
Relações da Clínica Institucional com
a Psicanálise
O grupo
aguarda outras propostas e trabalhos sobre o tema.
Contato:
Isabel Marazina
Rua Novo Horizonte, 145
04412-020 - São Paulo - SP
Tele/fax (011) 256-4758
E-mail: imarazina@nox.net
Efeitos Perversos da Transferência no
Setting Analítico
Proposta de Trabalho de Paulo Roberto
Ceccarelli
Envie também sua proposta.
Contato:
Paulo Roberto Ceccarelli
Rua da Consolação, 3064 - apto 71B
01416-000 - São Paulo - SP
Tele/fax: (011) 3064-3859
E-mail:
paulo@macbbs.com
A Psicanálise e a Mídia
Fernando Giuffrida "Com a Palavra"
Artigos
e Questões propostas por Marcia
Coutinho de Carvalho e
Carmem Cerqueira Cesar
Contatos:
Marcia
Coutinho de Carvalho
E-mail: lalah@uol.com.br
Eliana
Zmetek Naconecy
Rua Baceúnas, 262
03127-060 - São Paulo - SP
Tele/fax: (011) 6914-1430
Carmen
Cerqueira Cesar
Rua Wanderley, 312- apto 81
05011-000 - São Paulo - SP
Fone: (011) - 825-0519
Fax (011) 826-9139
" Feminilidade e Menopausa"
Em
Agosto de 1998 esteve em Sâo Paulo a psicanalista Dra.
Marie-Christine Laznik, e entre os trabalhos
desenvolvidos, proferiu a palestra "Sexualidade feminina na
menopausa: uma saída do Complexo de Édipo?" Tema curioso e
inusitado em Psicanálise, acabou por atrair o interesse de uma
platéia que se constituía quase que exclusivamente de
psicanalistas dosexo feminino, a maioria delas de idade madura,
procurando ouvir e também buscando a parceria necessária para o
intercâmbio entre o que é observado na clínica, o que é
experimentado enquanto mulher e enquanto psicanalista do sexo
feminino. Nesta ocasião, algumas das participantes viram
relevada a importância doestudo deste tema pela Psicanálise,
procurando ir em busca do aprofundamento das questões levantadas
e da compreensão a respeito da feminilidade na maturidade,
quando advém a menopausa, determinante biológico inevitável
que promove amplas repercussões no universo pessoal da mulher.
Freud
em 1912 apontou " a possibilidade de que os processos de
desenvolvimento biológico podem produzir alterações no equilíbrio
dos processos psíquicos, produzindo então rupturas neuróticas
nas fases-chave do ciclo vital como a puberdade e a menopausa"
(Freud, 1969, p.235) Neste final de século XX, quando a Medicina
tem feito enormes avanços, em direção à longevidade e à
melhoria da qualidade de vida, cabe também aos psicanalistas se
ocuparem da questão da sexualidade da mulher madura. A população
feminina desta faixa etária tem aumentado mundialmente, ao mesmo
tempo em que vem sendo registrada uma preocupação crescente em
enfrentar o envelhecimento em boas condições psíquicas. São
as mulheres, as pacientes mais assíduas da clínica psicanalítica,
e como assinalou Bemesderfer (1996), o tópico da menopausa não
pode permanecer fora de análise. Por outro lado, Gueydan (1991)
aponta que a perda da capacidade reprodutiva para as mulheres de
várias décadas atrás, sob a supremacia da maternidade como função
principal em suas vidas, certamente não se configura do mesmo
modo para as mulheres que enfrentam a menopausa nos dias atuais.
A
discussão sobre esta etapa no desenvolvimento da sexualidade
feminina, envolvendo seja o clássico complexo de castração fálica,
seja a ansiedade de castração feminina, representa um fértil
terreno para os psicanalistas desenvolverem idéias, sejam eles
homens ou mulheres. É deste modo que, tendo por base a teoria
psicanalítica, o Grupo "Feminilidade e menopausa"
procura criar desde Setembro de 1998 um espaço para pensar e
trocar, espaço este de fertilização de idéias que emerge com
toda a força e significado para aqueles que enxergam a Psicanálise
não podendo ficar alheia nem à determinação biológica, nem
à inserção sócio-cultural em nossos tempos. Encontra-se
aberto este espaço de intercâmbio, visando uma produção científica,
onde pela participação em " Estados Gerais da Psicanálise"
certamente ocorrerá ainda mais amplamente a fecundação
criativa, que gera novas idéias e procura cada vez mais
compreender os problemas que afligem o ser humano, escolha máxima
dos que optaram por ser psicanalistas.
Bibliografia
Bemesderfer,
S. A revised psychoanalytic view of menopause. Journal of the
American Psychoanalytic Association, 1996; vol. 44 (suppl.) pp
351-369
Gueydan, M. Femmes en ménopause; les transformations psychiques
d'une étape
de vie. Toulouse, Editions Érès, 1991.
Freud, S. Tipos de desencadeamento da neurose. In: Obras
Completas, vol.
XII. Rio de Janeiro, Imago Editora, 1969, pp 291-299.
Contatos:
Eliane Michelini Marraccini
Tel. cons: (011) 257-3790
Telefax: (011) 815-9521
E-mail: eliane-marraccini@dialdata.com.br
Maria Cristina Rios Magalhães
Rua Itápolis, 1325
01245-000 - São Paulo - SP
Tele/Fax: (011) 256-3236 e 257-8694
E-mail: crismagalhaes@uol.com.br
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